quarta-feira, 25 de novembro de 2009

Diploma deixa de ser garantia de bom emprego


Por muito tempo um diploma na mão era sinônimo de se conseguir um bom emprego. Mas os tempos mudaram, e ter uma formação profissional já não é garantia de obtenção da tão sonhada vaga. De uma maneira geral, o diploma, atualmente, mal garante uma colocação. Daí a necessidade cada vez maior de as pessoas buscarem uma melhor qualificação como forma de progredir profissionalmente. O tempo do generalista acabou. Para o especialista em recursos humanos Jorge Dias Souza, “um generalista é alguém que sabe um pouco de tudo, de nada”: – Você não pode mais ser um generalista. Tem que ser um multiespecialista, agregando diariamente novos conhecimentos à sua atividade. Você poderá descansar, mas não muito, senão o seu concorrente ficará melhor preparado para te engolir e fazer você virar pó – ele diz. Segundo o especialista e autor do livro As chefias avassaladoras, é necessário que as pessoas procurem constantemente turbinar suas carreiras com o conhecimento de novas tecnologias, determinação e comprometimento. – Não podemos parar de aprender. A gente pode fazer a diferença e alcançar os melhores cargos na carreira. Mas lembrando sempre que, mesmo estando no topo, poderá cair a qualquer momento por uma simples distração, por um esquecimento, por um detalhe, por falta de um pingo no 'i' – alerta Jorge Dias Souza. Estudar é tarefa para sempre - O especialista em gestão do capital humano Roberto Recinella destaca que o aprimoramento profissional é indispensável. Na sua avaliação, é preciso acabar com a ilusão de que uma vez concluída a faculdade não se precisa estudar. – Esta é uma ilusão estudantil. Ao contrário, temos que estudar ainda mais. O conhecimento é dinâmico e necessita de atualização frequente. Faça cursos, pós-graduações, MBAs, participe de grupos de discussão. Teste sempre que possível seu conhecimento e adquira outros, aprenda a mudar de ideia e abrir a mente para novas formas de pensar e fazer. Recicle-se diariamente, não deixe seu cérebro enrijecer – adverte o especialista. Cultivar um círculo de relacionamentos, se dedicar a auxiliar quem estiver ao seu alcance e estar disposto a conhecer pessoas novas são outras orientações que podem ajudar na carreira. – Nunca saia de casa sem seus cartões de visita e lembre-se que ninguém alcança o sucesso sozinho. Peça ajuda, não tenha vergonha de aprender dizendo “eu não sei” quando necessário e procure ter um padrinho ou mentor, alguém com quem possa aprender e que possa lhe ajudar a crescer profissionalmente. Pode ser um professor, colega, uma pessoa na qual você confie – ensina Recinella. Segundo o consultor de RH, o autoconhecimento é essencial, pois a pessoa poderá utilizar seus pontos fortes de uma maneira mais positiva e desenvolver aquilo que considera negativo em sua atuação como profissional.

Fonte: Jornal do Brasil, 23/11/2009 - Brasília DF

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