sexta-feira, 14 de agosto de 2009




Vida

Filho de Manuel José Amoroso Lima e de Camila da Silva Amoroso Lima, cursou o Colégio Pedro II, formou-se em Ciências Jurídicas e Sociais pela Faculdade Livre de Ciências Jurídicas e Sociais do Rio de Janeiro (1913), atual Faculdade Nacional de Direito da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). O paraninfo de sua turma foi o professor de filosofia do Direito Silvio Romero. Estagiou e advogou no escritório do advogado João Carneiro de Sousa Bandeira, que foi seu professor na Faculdade de Direito. Adotou o pseudônimo Tristão de Ataíde, ao se tornar crítico (1919) em O Jornal. O pseudônimo servia para distinguir a atividade de industrial da literária: Alceu então dirigia a fábrica de tecidos Cometa, que herdara de seu pai.

Casou-se com Maria Teresa de Faria, filha do escritor Alberto de Faria,que também foi membro da Academia Brasileira de Letras. O escritor e acadêmico Octávio de Faria era irmão de Maria Teresa e cunhado de Alceu Amoroso Lima e o escritor e Acadêmico Afrânio Peixoto era casado com uma irmã de Maria Teresa de Faria, sendo assim concunhado de Alceu Amoroso Lima
Aderiu ao modernismo em 1922.

Após publicar seu primeiro livro, o ensaio Afonso Arinos em 1922, travou com Jackson de Figueiredo um famoso e fértil debate, do qual decorreu sua conversão ao catolicismo em 1928. Tornou-se um líder da renovação católica no Brasil. Em 1932, fundou o Instituto Católico de Estudos Superiores, e, em 1937, a Universidade Santa Úrsula. Após a morte de Jackson de Figueiredo, o substituiu na direção do Centro Dom Vital e da revista A Ordem.
Em 1941, participou da fundação da Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro, onde foi docente de literatura brasileira até a aposentadoria em 1963.

Foi representante brasileiro no Concílio Vaticano II, o que o marcaria profundamente. Foi um dos fundadores do Movimento Democrata-Cristão no Brasil. Publicou dezenas de livros sobre os temas mais variados. Morou na França e nos Estados Unidos no início da década de 50, onde ministrou cursos sobre civilização brasileira em universidades inclusive na Sorbonne e nos Estados Unidos.

Tornou-se símbolo de intelectual progressista na luta contra às transgressões à lei e à censura que o regime militar após 1964 iria impor ao povo brasileiro. Denunciou pela imprensa a repressão que se abatia sobre a liberdade de pensamento em sua coluna semanal no Jornal do Brasil e na Folha de São Paulo. Patrocinou em múltiplas ocasiões as cerimônias de formatura de estudantes de diversas especializações que rendiam tributo à sua luta constante contra os regimes de caráter autoritário.

Obras

Impõem-se ao olhar de quem lê os seus textos os termos interligados de pessoa, ser, liberdade, eterno e moderno. Estas palavras são recorrentes em muitos de seus livros.

Estudos — Segunda série (1927)
Política (1932)
Idade, sexo e tempo (1938)
Elementos de ação católica (1938)
Mitos de nosso tempo (1943)
O problema do trabalho (1946)
Meditações sobre o mundo interior (1953)
O existencialismo e outros mitos de nosso tempo (1951)
O gigantismo econômico (1962)
O humanismo ameaçado (1965)
Memórias improvisadas (1973), um livro muito importante, produto de um diálogo com o jornalista Cláudio Medeiros Lima
Os direitos do homem e o homem sem direitos (1975)
Revolução suicida (1977)
Tudo é mistério (1983)
Fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/Alceu_Amoroso_Lima

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