segunda-feira, 24 de agosto de 2009

Milho é bom, sô!

Cultivado há mais de 7 mil anos, o alimento é bastante consumido em forma de farinha




O grão é rico em vitaminas, ferro, potássio e fibras, além de contribuir para retardar o envelhecimento
por Rodrigo Gallo


Se você é daqueles que só come milho (Zea mays) em época de Festa Junina, saiba que está perdendo uma ótima oportunidade de melhorar a saúde. O grão, que poderia ser incluído com mais ênfase no cardápio do brasileiro é rico em nutrientes que ajudam na prevenção de catarata, câncer e até mesmo de doenças cardiovasculares.

E, embora poucas pessoas conheçam a importância do alimento, que é cultivado nas ilhas do Golfo do México há mais de 7 mil anos, vale a pena incluí-lo no cardápio. Pena que o Brasil ainda esteja longe disso. O país é um dos maiores produtores de milho do continente, mas boa parte da safra é destinada à alimentação animal. Segundo estimativas da Associação Brasileira das Indústrias do Milho (Abimilho), a nação produziu quase 41 milhões de toneladas do grão em 2007. De acordo com a União Brasileira de Avicultura (UBA), menos de 15% deste total foi destinado ao consumo humano.

Além disso, normalmente o alimento chega aos consumidores de forma indireta, por meio da farinha de milho – opção para quem possui doença celíaca, pois não contém glúten. Um dos motivos que justifica isso é a cultura alimentar brasileira: nas refeições, as pessoas preferem privilegiar outros tipos de grãos mais populares, como arroz e trigo (principalmente por meio do pão francês).

Deixá-lo de lado é abdicar de inúmeros nutrientes, como as vitaminas A e do complexo B. Elas, explica a nutricionista Eliana Cristina de Almeida, da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), protegem o globo ocular e ajudam na digestão, respectivamente. Além disso, o alimento também é rico em fibras, importantes para o bom funcionamento da flora intestinal.

Muitos povos do passado, aliás, já sabiam desses benefícios à saúde. Tanto que, na Antigüidade, o grão fazia parte da alimentação de astecas, olmecas, maias e incas, na América Pré-Colombiana. O próprio nome deriva de uma palavra de antigos idiomas, que significava “sustento da vida”. Para se ter idéia, apenas 50 gramas de farinha de milho fornecem a mesma quantidade de proteínas que um pão francês com o mesmo peso, com a diferença de ter 33% a mais de calorias, ou seja, sustenta mais, porém, se consumido em excesso pode engordar. Então, seja moderado: comer uma bandejinha de cereal matinal à base de milho de manhã já ajuda a manter a saúde mais equilibrada.
Fonte: Site REVISTA VIDA NATURAL

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