Virtude saudável
por Maria Emilia Kubrusly
Fazer o bem faz bem? Místicos, filósofos, psicólogos e religiosos garantem que sim. Mas é preciso agir na medida certa. "Só se faz o bem quando há uma troca e é isso que vitaliza as pessoas, pois trocar é o princípio da vida", diz o rabino Nilton Bonder. Se você ajuda uma criança, vai receber, no mínimo, o afeto ou um sorriso. "Toda vez que for generoso sem receber nada em troca, cruza a linha do orgulho; e aquele que apenas recebe, sem poder retribuir, se sente humilhado", diz ele.
Para o budismo tibetano, a generosidade é a mais importante das seis paramitas ou perfeições, que nós já possuímos, mas que precisam ser desenvolvidas. As outras cinco são moralidade, paciência, vigor, concentração e sabedoria. Ao sermos generosos, estamos plantando sementes para vidas futuras. Essa é a lei do karma, que, em sânscrito, significa "ação". Este princípio estabelece que toda ação gera uma reação, seja positiva ou negativa, que acaba por afetar a quem provocou a ação.
Dom Pedro Luiz Stringhini, bispo-auxiliar da Arquidiocese de São Paulo, ensina que a missão primordial do católico é praticar a caridade e que essa virtude deve ser cultivada permanentemente. Mas reconhece que ela não é uma exclusividade da crença católica: "Não é porque a pessoa é boa ou porque é pecadora que ela pratica a caridade. É porque é humana". Essa virtude cabe em qualquer lugar e começa pela cordialidade com todos ao nosso redor. "Essa generosidade no dia-a-dia faz parte da inclusão na sociedade", diz o psicólogo Niraldo de Oliveira Santos, do Hospital das Clínicas, de São Paulo. "Ela corresponde aos códigos culturais de um grupo."
Fonte : site Vida Simples
Enviado por Maria Luíza de A. Sobral, Fortaleza/Ce
domingo, 14 de outubro de 2007
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