segunda-feira, 20 de outubro de 2008

A difícil missão do economista




Antes uma piadinha:


Sabem por que a grande maioria dos economistas é constituída de homens carecas ???


- Simples. É de tanto colocar as mãos na cabeça e gritar : Meu Deus, errei de novo ! ! !




Fonte : Coluna Econômica -


Não está fácil a vida de analista econômico nos dias atuais.
Para os que gostam do jogo do xadrez, a análise econômica se assemelha em muito a ele. Há circunstâncias, em que a economia parece tranqüila e previsível, que os jogadores de menor fôlego sempre podem se valer das mesmas aberturas e variantes.
Por exemplo, antes da eclosão da crise, o jogo de xadrez era tão simples que parecia de dama. As fontes em permanente disponibilidade (aquelas sempre e invariavelmente ouvidas pela mídia) montavam um modelo que tinha sempre a mesma abertura e mesmas variantes.
Analisava-se o comportamento passado da inflação. Depois, aplicava-se um modelito estatístico que julgavam definir o “PIB potencial” – isto é, o nível de crescimento possível, nas condições dadas, sem pressionar os preços.
Montavam-se, também, cálculos pegando a inflação passada, projetando para o futuro e definindo qual a taxa Selic necessária para se atingir o centro da meta de inflação.
Enfim, um jogo que não exigia uma qualidade fundamental do economista: a capacidade de perceber desdobramentos de processos, de fenômenos ainda não quantificados. Para isso, o economista precisa de imaginação, conhecimento teórico e da realidade econômico, conhecimento múltiplo (sobre macro-economia, sistema bancário, sistema de crédito, agricultura, renda etc.)
No quadro atual, existem três espécies de analistas:
Os que continuam falando sobre inflação, Selic e gastos públicos, na falta do que falar.
Os que analisam o quadro atual (epicentro do terremoto) e projetam para frente.
Os que conseguem vislumbrar cenários alternativos, mas dependendo do desenrolar dos acontecimento.
Em suma, o máximo que dá para fazer é analisar cenários alternativos.

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