segunda-feira, 28 de julho de 2008

Pesquisa feita com pacientes do Reino Unido mostrou correlação entre saúde e otimismo.

Pesquisa feita com pacientes do Reino Unido mostrou correlação entre saúde e otimismo.


Quem acreditava ter risco abaixo da média realmente acabava tendo menos problemas.


Luis Fernando Correia

O pesquisador Robert Gramling, do Centro Médico de Rochester, descobriu que os homens que acreditavam ter um risco abaixo da média para doenças cardiovasculares experimentaram realmente uma incidência três vezes mais baixa de morte por ataques cardíacos. Os dados não apóiam a mesma conclusão entre mulheres.

Luis Fernando Correia é médico e apresentador do "Saúde em Foco", da CBN

Uma explanação possível para a diferença entre os sexos, segundo os investigadores, é que o estudo começou em 1990. Nessa época acreditava-se que as doenças cardíacas eram primeiramente uma ameaça aos homens. Conseqüentemente, os julgamentos das mulheres sobre a freqüência com que os ataques cardíacos ocorrem entre elas eram desproporcionais.

O estudo, que vem sendo feito há 15 anos, no Reino Unido, envolveu 2.816 adultos, com idades entre 35 e 75 anos, sem histórico de doença no coração. Os investigadores coletaram dados nos anos de 1990 a 1992. Os números para comparação foram obtidos através dos registros de índice nacionais da morte, até dezembro de 2005.


Percepção do otimismo

Os pesquisadores estavam interessados na medição da percepção de otimismo do risco. Essa análise permitirá que se entenda como os povos se protegem, lidando com comportamentos relacionados ao medo (alimentos, conforto, comer demais, consumo de álcool ou evitar o doutor) e com o estresse associado com doenças do coração. A pergunta inicial da pesquisa era: “Comparado com as pessoas de sua própria idade e sexo, como você avaliaria seu risco de ter um ataque cardíaco nos próximos 5 anos?".

As opiniões dos homens eram mais discordantes. Quase metade dos homens que autoavaliaram seu risco como “baixo” seriam classificados por testes médicos objetivos como tendo risco “elevado” ou “muito elevado". A maioria de mulheres que avaliaram seu risco como “baixos” eram mais exatas do que os homens nessa autoavaliação. Os médicos devem explicar exatamente os riscos aos pacientes.

É importante que eles compreendam e percebam os riscos de saúde.

Enviado por Maria Luíza de Abreu Sobral, Fortaleza/Ce

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