domingo, 4 de julho de 2010

Veríssimo

Não tem nada pior do que ser hipocondríaco num país que não tem remédio.
Eu tomo um remédio para controlar a pressão.
Cada dia que vou comprar o dito cujo, o preço aumenta.

Controlar a pressão é mole. Quero ver é controlar o preção.
Tô sofrendo de preção alto,
O médico mandou cortar o sal.
Comecei cortando o médico, já que a consulta era salgada demais.
Para piorar, acho que tô ficando meio esquizofrênico. Sério!

Não sei mais o que é real.
Principalmente, quando abro a carteira ou pego extrato no banco.
Não tem mais um Real.
Sem falar na minha esclerose precoce. Comecei a esquecer as coisas:
Sabe aquele carro? Esquece!

Aquela viagem? Esquece!
Podem dizer que sou hipocondríaco, mas acho que tô igual ao meu time: nas
últimas.
Bem, e o que dizer do carioca? Já nem liga mais pra bala perdida...

Entra por um ouvido e sai pelo outro.

Enviado por Arlindo de Almeida Simões, Fortaleza/Ce

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