domingo, 17 de fevereiro de 2008

Semana de Arte Moderna de 22 queria "mexer" com a estrutura cultural da época

Abaporu, de Tarsila do Amaral, uma das obras marcantes da Semana de 22

Em 1995, o colecionador argentino Eduardo Constantini arrematou, em leilão, a tela "Abaporu" por US$ 1,3 milhão, na Christie's, casa de leilões de Nova York (EUA). É até hoje o valor mais alto pago por uma obra de arte brasileira.





do Banco de Dados UOL

Realizada no Teatro Municipal de São Paulo nos dias 13, 15 e 17 de fevereiro de 1922, a Semana de Arte Moderna não representou um universo de consideráveis modificações na arte brasileira, mas sim um descontentamento que, por meio de longo processo, acabou se disseminando em todos os campos da arte no país.

Os modernistas de 22 tinham como objetivo destruir, fazer escândalo e acordar o Brasil da pasmaceira cultural da época.

A Semana de Arte organizada por intelectuais como Mário de Andrade, Oswald de Andrade, Menotti del Picchia, Manuel Bandeira, Tarsila do Amaral, Villa-Lobos e outros, marca o advento do modernismo brasileiro e é o ponto de encontro das várias tendências modernas que vinham, desde a Primeira Guerra Mundial (1914-18), se firmando em São Paulo e no Rio de Janeiro.

Também foi um acontecimento que acabou, com o passar do tempo, consolidando certos grupos e suas idéias, os quais passaram a possuir um espaço cativo em livros, revistas e manifestos.

Essas idéias, porém, só seriam completamente aceitas depois de alguns anos, quando chegaram a outros Estados brasileiros. Em Minas Gerais, foi acolhida por artistas como Carlos Drummond de Andrade, Pedro Nava, Emílio Moura, Abgar Renault e João Alphonsus.

No Rio Grande do Sul, Mário Quintana, Augusto Meyer, Pedro Vergara e Guilhermino César acabariam aderindo às idéias modernistas. E também no Nordeste, onde surtiu efeito nas obras de José Américo de Almeida, Jorge de Lima e outros.

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