segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011

Soneto do amigo


Enfim, depois de tanto erro passado
Tantas retaliações, tanto perigo
Eis que ressurge noutro o velho amigo
Nunca perdido, sempre reencontrado.

É bom sentá-lo novamente ao lado
Com olhos que contêm o olhar antigo
Sempre comigo um pouco atribulado
E como sempre singular comigo.

Um bicho igual a mim, simples e humano
Sabendo se mover e comover
E a disfarçar com o meu próprio engano.

O amigo: um ser que a vida não explica
Que só se vai ao ver outro nascer
E o espelho de minha alma multiplica...

Vinicius de Moraes

2 comentários:

vera lúcia Pinheiro disse...

Essa Postagem é em especial para nosso Primo Arlindo, que tem se mostrado sempre disposto a nos ajudar na manutenção deste Blog, e que muito nos envaidece com sua AMIZADE.
Vera

Sérgio Almeida Franco disse...

Endosso as palavras de Vera. Arlindo é uma das pessoas mais fascinantes de nossa valiosa família. Ele é possuidor de uma sabedoria rara e o melhor é que compartilha seu saber com seus semelhantes, no nosso caso nos mandando contribuições tão valiosas para o nosso Blog.