terça-feira, 16 de novembro de 2010

O PEIXE


Tendo por berço o lago cristalino,

Folga o peixe, a nadar todo inocente,

Medo ou receio do porvir não sente,

Pois vive incauto do fatal destino.


Se na ponta de um fio longo e fino

A isca avista, ferra-a insconsciente,

Ficando o pobre peixe de repente,

Preso ao anzol do pescador ladino.


O camponês, também, do nosso Estado,

Ante a campanha eleitoral, coitado!

Daquele peixe tem a mesma sorte.


Antes do pleito, festa, riso e gosto,

Depois do pleito, imposto e mais imposto.

Pobre matuto do sertão do Norte!


Patativa do Assaré


Fonte:www.recantodasletras.uol.com.br

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