sábado, 5 de novembro de 2011

A sustentabilidade humana



Por: Antonio Gabriel Cerqueira Gonçalves


O homem busca, em desespero, mas antes tarde do que nunca, a preservação do que sobrou neste Planeta. Não é impossível, até porque atitudes simples têm o poder de mudar o rumo de coisas importantes. Mas eis o impasse: por que não se começa a educar para o equilíbrio da ecologia humana? Quanto custa o esforço por um abraço, por um sorriso, pela demonstração de afeto?

A Escola gasta quase todo o tempo destinado a ela, resolvendo equações de primeiro e segundo graus e a criança vive refém de deveres de casa. Não há tempo nem espaço para brincar, ao sol. Dirão muitos que a concorrência exige tudo isso na corrida desenfreada ao mercado de trabalho: passar nos concursos, brilhar nos vestibulares e arranjar emprego estável! Nessa guerra da sobrevivência só quem sabe mais equação e rebimboca da parafuseta alcança o sucesso. Será? Claro que não.

Certa vez perguntaram a uma famosa atriz, centenária, o que a levou ao sucesso nos palcos do teatro e ela nem pestanejou: a fome. Estudar não lhe fez falta? Perguntou o repórter, e ela disse que não, porque a professora só ensinava algarismos romanos até 100.

A educação tem os recursos pedagógicos para transformar a humanidade. Quem falhou? Ao invés de se ensinar só doutrinas, porque não se ensinam valores? Fé, amor, paz, união, misericórdia, fraternidade, solidariedade? Ensinar ao homem a ser bom é um grande desafio. Todas as guerras do Planeta têm origem nas doutrinas.

O maior desafio da educação é ensinar a viver e preservar a vida!

Preservar é insistir na luta pela vida, é ajudar a garantir às gerações a dádiva de viver! O cidadão comprometido com a vida é capaz de interagir e ajudar a deter o poder de destruição ao redor, mesmo sem ter nas mãos as prometidas verbas públicas. Ele pode exercer a cidadania de uma forma pacífica, inteligente e gratuita: indignar-se.

Para preservar é preciso formar cidadãos sentinelas da vida, que saibam intervir no momento certo para se evitar o desperdício, o mau uso, o abuso, mas, sobretudo, formar o educador do meio ambiente, capaz de ensinar “a tempo e fora de tempo” como viver sem deixar um rastro de morte por onde passa.

Quando o homem reflorestar as ideias, podar os galhos secos da ira, regar as raízes no manancial da fé, vai colher os frutos de um mundo oxigenado de amor. Aí, sim, o homem equilibrado vai equilibrar o Planeta!


Fonte:http://diariodoverde.com

4 comentários:

Sérgio Almeida Franco disse...

Bala matéria. O grande desafio da humanidade nos próximos anos será realmente alcançar uma melhor qualidade de vida. E sem a sustentabilidade, o planeta não suportará a falta de consciência dos seus habitantes, que, por acaso, esta semana atingiu 7 bilhões de seres ditos humanos. Será que todos são?

Vera disse...

É meu primo, realmente temos dúvidas se são todos humanos, das características humanas a que mais se aproxima da Humanidade é o respeito, principalmente pela vida. Isso é uma coisa que vemos diariamente ser tratada com discaso.
Vera

Antonio Gabriel Cerqueira Gonçalves disse...

Olá Vera, obrigado por republicar o artigo do Diário do Verde. Só uma observação: o artigo foi escrito, na verdade, pela Ivone Boechat, eu (Antonio Gabriel) apenas publiquei o artigo lá no blog. Abraços!

Consultora em Educação disse...

A sustentabilidade humana

Ivone Boechat (autora)

O homem busca, em desespero, mas antes tarde do que nunca, a preservação do que sobrou neste Planeta. Não é impossível, até porque atitudes simples têm o poder de mudar o rumo de coisas importantes. Mas eis o impasse: por que não se começa a educar para o equilíbrio da ecologia humana? Quanto custa o esforço por um abraço, um sorriso, pela manifestação de afeto, pela demonstração do perdão?
A Escola gasta quase todo o tempo destinado a ela resolvendo equações de primeiro e segundo graus e a criança vive refém de deveres de casa. Professores desesperados ensinam anos e anos a encontrar o valor de X e o jovem sai, na maioria das vezes, sem encontrar o valor dele mesmo. Dirão muitos que a concorrência exige tudo isso na preparação para a corrida desenfreada ao mercado de trabalho: passar nos concursos, nos vestibulares e arranjar emprego, porque, geralmente, só passa quem sabe mais equação e rebincoca da parafuseta.
A educação tem os recursos pedagógicos para orientar a humanidade, ajudando a transformar conceitos. É possível mudar comportamentos. Quem falhou? Ao invés de se ensinar só teorias, conteúdos, doutrinas, porque não se ensinam valores? Fé, amor, paz, união, misericórdia, fraternidade, solidariedade, preservação? Ensinar ao homem a ser bom é também um grande desafio à educação. Todas as guerras do Planeta têm origem nas doutrinas.
Quando o homem reflorestar as idéias, podar os galhos secos da ira, regar suas raízes no manancial da fé, vai colher os frutos de um mundo oxigenado de amor. O homem equilibrado vai equilibrar o Planeta!

http://www.cenedcursos.com.br/a-sustentabilidade-humana.html