quinta-feira, 24 de junho de 2010

Vitaminas na infância



As vitaminas são elementos nutritivos essenciais e, embora todas sejam muito importantes, cada uma desenvolve diferentes papéis de acordo com a faixa etária. Algumas são fundamentais quando ingeridas na infância, para o perfeito desenvolvimento da maioria das funções de nosso organismo ao longo de toda a vida.

Na fase neonatal, alguns cuidados são imprescindíveis, tanto para os bebês como para as mamães, sobretudo com a ingestão de vitaminas do complexo B e, com elas, o ácido fólico.

A história da Vitamina B12 e suas funções estão intimamente ligadas ao ácido fólico. Até por isto é também denominada de "vitamina da futura mamãe". A falta de ácido fólico está relacionada à alta incidência de crianças com malformações congênitas do sistema nervoso, lábio leporino e fissura palatina nesta situação. Estudos indicam que adicionar ácido fólico na alimentação das recém-gestantes diminuiria em 70% a incidência de malformações congênitas, assim como pode reduzir os partos prematuros. Isto porque é justamente no início da gestação que a suplementação de ácido fólico é importante. Porém, toda reposição de Vitamina B12 deve ser feita sob a supervisão e orientação de um médico.

As principais fontes de vitamina B12 e ácido fólico são carnes, verduras escuras, cereais, feijões e batatas, além de suplementos. No Brasil, como em outros países, o ácido fólico já vem sendo acrescentado à farinha de trigo de uso doméstico.

Na infância, a Vitamina D tem muita importância, sobretudo nos últimos anos. Algumas pesquisas demonstram que a carência de Vitamina D pode estar associada ao Diabetes Tipo 1, entre outros problemas de saúde.

Há cerca de 10 anos pesquisadores do departamento de epidemiologia pediátrica e bioestatística do Instituto de Saúde Infantil de Londres anunciaram que a Vitamina D atua como um agente imunossupressor e que sua falta na infância pode desenvolver o diabetes. Os pesquisadores indicaram que uma elevada, porém controlada, quantidade de suplementos de vitamina D na infância pode impedir o Diabetes Tipo 1. Há evidências de que o uso materno de óleo de fígado de bacalhau durante a gravidez pode reduzir a freqüência deste mesmo tipo de diabetes em crianças. O mesmo estudo apontou ainda que crianças que tomaram a suplementação regular de vitamina D tiveram o risco de Diabetes Tipo 1 reduzido em cerca de 80%.

Embora as vitaminas A e D sejam encontradas em diversos alimentos, convencionou-se ser mais seguro a sua administração via solução oral medicamentosa para crianças de 0 a 2 anos. A falta de tempo dos pais e a industrialização dos alimentos sugerem ser mais eficaz a ingestão destas vitaminas por gotas. E, embora estejamos num país tropical, onde o sol é rica fonte de vitamina D, poucos têm a chance de desfrutar da natureza em tempo e forma adequada para suprir as suas necessidades diárias.

A vitamina A também é conhecida por executar papel importante no corpo humano, da fase ultra-interina à terceira idade. Seus benefícios são a formação dos ossos, da pele, cabelos e unhas, proteção da retina, principalmente para a visão noturna, e no desenvolvimento embrionário.

Igualmente importante é a Vitamina B6, fundamental para o crescimento dos jovens, por interferir no metabolismo das proteínas e gorduras, atuando na produção de hormônios e como estimulante das funções defensivas das células. Sua carência pode provocar convulsões e edema de nervos periféricos, distúrbios do crescimento e anemia.

Enfim, as vitaminas agem na principal essência da medicina, que é a prevenção, a proteção e o desenvolvimento à saúde, sendo a maneira mais eficaz de se garantir uma longevidade de qualidade.

Fonte: Blog do Pediatra - Dr. Sylvio Renan

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