Do final dos anos 70 aos dias de hoje, a área da imunização deu um salto de qualidade científica e técnica incomparável na história da humanidade. Para se ter uma ideia, no século passado as grandes descobertas biomédicas (BCG, vacina da poliomielite) tiveram papel fundamental na cura de diversas doenças. Em pouco mais de 30 anos, o Brasil multiplicou o conhecimento nesta área, contemplando uma vasta lista de doenças que foram extintas. Como a varíola, cuja vacinação provocou a extinção do vírus no planeta.
Diversos programas governamentais foram cruciais para que a imunização atingisse um grande número de crianças (e também de adultos) em todo o País. A campanha anual contra a poliomielite, a introdução no calendário das vacinas contra o rotavírus e influenza são exemplos clássicos, mas não únicos.
Há algumas décadas era comum a internação de crianças com diarréia e pneumonia. Hoje, o volume destes casos nas enfermarias pediátricas é muito reduzido, graças à evolução da imunização. Neste período, a vacinação mais do que duplicou e tivemos um aumento de mais de 100% no número de vacinas aplicadas, o que resultou na queda no número de internações hospitalares.
Em pouco mais de 30 anos a imunização no Brasil passou de 20 para 39 vacinas nos dois primeiros anos de vida, sendo que, além destas, ainda se aplicam doses contra influenza, para prevenção de gripe sazonal.
Ainda assim é necessário conscientizar os pais sobre a importância das vacinas. A grande maioria está incluída no programa do SUS e por isso é gratuita. Mas, por outro lado, aos que podem investir um pouco nas vacinas extra calendário, oferecidas pelos serviços privados, lembro que o custo benefício vale a pena. Afinal, prevenir é muito mais barato do que remediar.
Poliomielite
Este é o 21º ano sem paralisia infantil no País e o 31º de campanhas nacionais. Desde 1989 o Brasil não tem registro de casos de poliomielite. Mas a vigilância é contínua para evitar a reintrodução dos poliovírus selvagens em razão dos casos importados de países em que a doença é endêmica.
Por Dr. Sylvio Renan Site do Pediatra
terça-feira, 29 de junho de 2010
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário