Com base em GPS do celular, serviço estima horas gastas em casa e no trabalho e exibe viagens feitas; informações são privadas
FOLHA DE SÃO PAULO TEC
Em maio, você passou em média 44 horas semanais no trabalho. Ficou 51 horas em casa nos últimos sete dias.
Esteve na altura do número 2.000 da avenida Paulista nos dias 11, 15 e 27 de maio -este, aliás, é um dos lugares que você mais frequenta.
Viajou para o Rio de Janeiro entre 22 e 24 de maio.
O local mais longe de casa onde você esteve foi Barcelona, em fevereiro.
Com o novo recurso painel (google.com/latitude/apps/history/dashboard), lançado na semana passada, usuários do serviço Latitude, do Google, passaram a dispor de informações detalhadas como essas sobre as próprias vidas.
Em meio a acalorados debates sobre privacidade na rede, o Google já adianta: tais dados só podem ser vistos pelo próprio usuário.
Inaugurado em fevereiro de 2009, o Latitude permite compartilhar sua localização exata com amigos e ver em tempo real onde eles estão em um mapa.
Essas informações são obtidas por meio do GPS de telefones celulares ou por triangulação de antenas.
O Latitude já contava com o recurso histórico de locais, que mostra em um mapa os lugares em que você passou e em quais dias e horas -informações que ficaram mais organizadas com o painel.
Usuários do Latitude que pretendem ver o painel precisam antes ativar o histórico de locais (google.com/latitude/apps/history/view).
Não é possível informar ao Latitude o endereço da sua casa ou do seu trabalho, mas ele estima esses dados por meio de uma análise simples de seus hábitos: se, de segunda a sexta-feira, você fica das 9h às 18h em um determinado local, é quase certo que lá é o seu local de trabalho.
O Google observa, porém, que "as informações do painel estão em estágio beta e serão aprimoradas ao longo do tempo".
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