Paulo Ramos é jornalista, professor e consultor de língua portuguesa do Grupo Folha-UOL.
Trata-se de
Há alguns problemas de escrita que são recorrentes. Por isso, vale sempre voltar ao tema. Um deles ocorre no exemplo abaixo:
- Ao verem os aparelhos, os auditores não tiveram dúvidas de que se tratavam de máquinas de jogos de azar.
Se o verbo precisar de preposição e estiver acompanhado de "se", fica na terceira pessoa do singular.
O "se", nesse contexto, funciona para indicar que o sujeito da oração é vago (sujeito indeterminado).
Há alguém que faz a ação do verbo. Não se consegue identificar quem é. Alguns casos:
- Assiste-se a filmes de terror (e não: assistem-se)
- Obedece-se a pessoas graduadas (e não: obedecem-se)
- Não se refere a questões políticas (e não: se referem)É a mesma situação do "trata-se de " lido no início desta coluna.
Logo:- Ao verem os aparelhos, os auditores não tiveram dúvidas de que se tratava de máquinas de jogos de azar
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