Foto: FreeDigitalPhotos/Clare Bloomfield
Uma dúvida muito comum das mamães é se o choro é consequência de cólicas ou fome. O juiz pode ser a balança. Como assim? Uma criança mal alimentada, no caso, por falta de leite materno, não apresentará ganho de peso adequado. Portanto, se seu bebê chora demasiadamente, converse com seu pediatra. Ele a orientará e dirá se há a necessidade de pesá-lo para verificar se seu leite está ou não sendo suficiente para o bebê.
Também pode ser cólica, sim. Mas observe: seu bebê pode fazer vários movimentos, com os bracinhos, as perninhas, com o tronco, com a boca, parecendo querer mamar, mesmo que ele tenha mamado há pouco e esteja sem fome. Isso não quer dizer que você não deva amamentá-lo. Pelo contrário, a sucção do seio pode acalmá-lo devido ao contato com você, melhorando as cólicas. Por outro lado, os bebês têm um reflexo de sucção muito acentuado e, ao toque da boca com qualquer objeto, seja uma blusa, um dedo ou um cobertor, imediatamente dirigem os lábios para o objeto e o sugam. Isto não é fome; é um reflexo natural.
Quanto às cólicas, até os 3 meses o mais comum é o seu bebê mamar ao seio, o que provoca poucas cólicas, e não é aconselhável oferecer chás. Estes, além de induzirem a desmame indesejável, podem provocar mais cólicas devido à presença de açúcares que são acrescentados a eles. Os açúcares fermentam, provocando gases, o que piora a dor.
Às vezes, por recomendação caseira, geralmente propostas por avó, sogras, amigas que são mães experientes, um solução contra as cólicas do seu bebê é a ingestão de chás ou da funchicória, um pó obtido da erva-doce ou funcho, que é adocicada e tem consistência semelhante à do açúcar. Alguns afirmam que ela tem efeito relaxante e sedativo, podendo ser benéfica no tratamento sintomático da cólica. Contudo, nada disso foi ainda confirmado cientificamente, e seu uso excessivo pode ser prejudicial, havendo relatos esporádicos de sedação excessiva, inclusive com paradas respiratórias. Não deve ser utilizada sem supervisão médica, sob o risco de prejudicar a saúde do bebê. Alguns trabalhos científicos recentes têm tentado comprovar que o açúcar em si pode ter algum efeito “analgésico”, mas são ainda poucos os estudos – e pouco comprobatórios.
Por Dr. Sylvio Renan
Blog do Pediatra
2 comentários:
Isso é muito interessante. Ajuda muitas mulheres que tem medo de ter filhos e não saber o que fazer.
Olá blogueiro,
Dê ao seu filho o que há de melhor. Amamente!
Quando uma mulher fica grávida, ela e todos que estão à sua volta devem se preparar pra oferecer o que há de melhor para o bebê: o leite materno.
O leite materno é o único alimento que o bebê precisa, até os seis meses. Só depois se deve começar a variar a alimentação.
A amamentação pode durar até os dois anos ou mais.
Caso se interesse na divulgação de materiais e informações sobre esse tema, entre em contato com comunicacao@saude.gov.br
Obrigado pela colaboração!
Ministério da Saúde
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