Segundo a Sociedade Brasileira de Otologia, o ouvido humano suporta até 90 decibéis. A partir deste valor, a possibilidade de lesão aumenta progressivamente, inclusive com lesões irreversíveis, levando a perda auditiva.
O ruído provocado por 300 pessoas tocando vuvuzela equivale a 127 decibéis, isto é, 40% acima do que o ouvido humano suporta.
Para se ter uma idéia, o ruído da vuvuzela equivale a um pouco menos do ruído de um jato a uma distância de 30 metros (135 decibéis). A partir de um som a 120 decibéis, sofremos dores de ouvido. O ruído de 120 decibéis é o limite da dor.
Um estudo realizado em 1999, em São Paulo, avaliou 20 voluntários, que foram expostos a 60 minutos de música em alto volume (87 a 113 decibéis), com fones de ouvido ligados a um tocador de música. Dos 40 ouvidos estudados (20 pessoas), 25% tiveram perda auditiva e 72,5% apresentaram zumbidos. Em 90% dos casos, esses sintomas desapareceram em menos de 24 horas. Em 48 horas, todos tinham voltado à normalidade.
No entanto, sabemos que quanto mais tempo nosso ouvido for submetido a um som acima do limite estabelecido, maior o tempo para recuperação, com a possibilidade de surdez definitiva.
Se considerarmos que as crianças e adolescentes têm muito mais chance de se submeter ao excesso de ruídos, devido ou maior tempo que viverão, e à poluição sonora cada vez maior, temos que estudar todas as formas de evitar tal exposição.
No caso da atual Copa do Mundo da África do Sul, temos a considerar que, nos estádios, não há 300 pessoas, mas miríades, tocando incessantemente tal instrumento de tortura, no mínimo, por cerca de 105 minutos!
Espero sinceramente que este modismo africano termine tão logo se encerrem os jogos da Copa de Mundo, e não se globalize nem tome de assalto este nosso mundo já tão poluído, pelo nosso bem e, principalmente, de nossas crianças e adolescentes.
A MEDIDA DO SOM (Em decibéis)
Disparo de arma de fogo 140
Britadeira 120
iPod no volume máximo 114
Violino 100
Trânsito pesado 80
Conversa normal 60
Pingos de chuva 40
Fonte: Blog do Pediatra
segunda-feira, 12 de julho de 2010
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