domingo, 8 de agosto de 2010

Hipotireoidismo e seus Sintomas

Ganho de peso, cansaço crônico, perda do interesse por sexo, dores de cabeça, crises de enxaqueca, sensação de frio a toda hora, sonolência, diminuição do raciocínio, queda de cabelos, alterações nas unhas... Estes são os sintomas que ocorrem quando há uma baixa nos hormônios da tireóide.

Normalmente, as taxas dos hormônios da tireóide são pedidas pelos médicos nos exames de sangue rotineiros. O problema é que estes exames ainda são muito precários para detectar, com precisão, a doença em seus graus menos intensos. É que os limites dos valores considerados normais pelo laboratório possuem uma variação muito grande, não levando em conta a individualidade bioquímica de cada um de nós, tampouco a capacidade individual de lidar com situações de stress físico, químico e psicológico.

Alguns médicos mais experientes interpretam estes exames de maneira mais pessoal, diminuindo, por conta própria (e experiência própria), a diferença entre os limites mínimo e máximo. Por exemplo, apesar do valor normal do T4, para o laboratório de análises clínicas, ser entre 3,5 e 13 mcg/dL, alguns médicos estreitam, por conta própria, esta faixa, para valores entre 7 e 9. Eles fazem isso porque já viram muitas pessoas com taxas de 5, 6 e até 6,5 (consideradas normais), apresentando graus intermediários de fadiga, depressão, dificuldade em perder peso, raciocínio lento, elevação do colesterol e triglicérides, enfim, sintomas de possível hipotireoidismo. Estes médicos são do tipo que tratam o paciente, e não o exame!

Outro exemplo é o TSH. Trata-se do Hormônio Estimulante da Tireóide, fabricado pelas células da região anterior da hipófise, e cuja produção é ativada sempre que estas células percebem uma diminuição do T3 e/ou T4. Assim, um resultado de TSH acima dos limites estabelecidos pelo exame, que costumam girar em torno de 0,3 a 5,1, significariam que há pouco T3 e/ou T4 sendo detectado por aquelas células da hipófise (portanto hipotireoidismo), resultando numa produção maior do hormônio estimulador da tireóide. Pelo mesmo raciocínio, a maioria dos médicos se satisfaz quando o valor do TSH se encontra nos limites mais baixos da faixa normal.

Porém, ninguém levou em consideração a possibilidade de mau funcionamento das próprias células da região anterior da glândula hipófise! Nesses casos, outros hormônios produzidos pela mesma região também estariam diminuidos, como por exemplo, o hormônio luteinizante (LH) e folículo estimulante (FSH). Uma vez que estes dois hormônios estimulam a produção de hormônios sexuais, essa disfunção afetaria, também, a produção de progesterona, estrógeno e testosterona. Por isso, é importante pesquisar os valores do LH e FSH, sempre que o TSH estiver baixo (ainda que dentro dos limites normais, porém abaixo de 2 mcg/dL). Já nos casos em que a pessoa está tomando hormônios da tireóide, é de se esperar que o TSH esteja, naturalmente, baixo.

A maioria das pessoas que faz tratamento de reposição de hormônio da tireóide, suplementa apenas o T4 (como é o caso, por exemplo, do famoso Synthroid, que nada mais é que uma modalidade farmacêutica de T4). Acontece que a forma mais ativa de hormônio da tireóide é o T3 Livre. Esse "livre" quer dizer que ele não se encontra ligado a nenhum elemento que impeça sua ação. Cerca de um quarto do T4 se transforma em T3. Tanto o T3 quanto o T4 existem na modalidade Livre e ligada a outros elementos. Menos de 1% do T3 total, encontra-se Livre.

Para converter o T4 em T3, o organismo requer um mineral essencial chamado selênio. Por isso, quem toma T4 precisa de uma suplementação garantida de selênio, para que possa fabricar o tão necessário T3. Mais uma vez, uma alimentação rica em verduras, frutas, legumes e cereais, contendo selênio, é fundamental para o sucesso do tratamento. Em certos casos, pode-se fazer uma suplementação de selênio via oral.

Fonte: www.enxaqueca.com

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