Depressão significa “buraco”.
Não há quem não tenha passado por algum tipo depressão, porque todos já se depararam com algum "buraco" nesta estrada chamada vida.
Alguns buracos conseguimos transpor com um simples salto, alguns não conseguimos enxergar e, sem mesmo entender, tropeçamos, caímos, nos machucamos, torcemos o pé.
Existem buracos que "cortam pneus", que deixam cicatrizes amargas em nossa alma. Às vezes a estrada é larga e conseguimos nos desviar destes "buracos cortantes" e, mesmo com algumas feridas, seguimos adiante.
Mas, muitos se deparam com buracos que consideram instransponíveis, aquelas depressões que rasgam a estrada depois de uma enxurrada e que nos obrigam a parar.
Os que conseguem parar antes do grande buraco e avaliar as condições da estrada, não são engolidos pela depressão. Entretanto, muitos são pegos de surpresa e caem, integralmente, no precipício.
Quando alguém é pego desprevenido e cai num buraco de proporções gigantescas, um buraco daqueles que engolem o carro, o motorista e tudo que tem dentro, é quase impossível sair sozinho.
Tem gente que ao observar uma pessoa que está dentro de um buraco depressivo, só sabe olhar e dizer: Saia daí! Não seja fraco! Você vai morrer neste buraco!
Porém, só falar não resolve...
Quem está no buraco não tem muito onde se agarrar, já está suficientemente rendido às forças da gravidade, que impedem a pessoa de subir, se agarrar em algo e sair da depressão.
É preciso acalmar a pessoa que caiu no buraco, senão ela afunda ainda mais. É preciso ajudá-la a sair da depressão. É necessário jogar uma corda, trazer uma escada, fazer a pessoa se sentir suficientemente segura para sair da fenda depressiva.
A primeira coisa a se fazer é procurar um auxílio profissional, alguém que entenda sobre construção de escadas e cordas, para que a pessoa possa sair sem medo de se machucar ainda mais. Procurar psiquiátras, psicólogos e apoio social é o primeiro passo para quem está ao lado de alguém depressivo.
O segundo passo para quem quer ajudar a pessoa que está no buraco, é colocar a mão na massa mesmo, tentando segurar a corda construída pelos "bombeiros da vida" (os profissionais acima mencionados).
Orar com a pessoa, levá-la para tomar sol, conversar, acalmá-la com passeios tranqüilos, mostrar sua importância, lhe suprir de carinho e lhe dar o alimento necessário para fortalecer sua alma.
Quando algum amigo estiver deprimido não jogue mais pedras no buraco onde ele está, tentando encontrar o "motivo" da enxurrada que causou a fenda na estrada.
Quando alguém perto de você cair em algum precipício, trate de alertar os bombeiros da vida e se prontifique a segurar boas cordas de sentimentos.
Assim, quem sabe, você esteja aprendendo e construindo suas próprias pontes e cordas, para se desviar e sair de suas próprias depressões.
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