O QUE CABE EM DUAS MALAS - UMA AVENTURA PARA DENTRO - VERONIKA PETERS

Foi lançado esta semana pela Editora Guarda-Chuva o livro O Que Cabe Em Duas Malas de Veronika Peters. A obra foi a última tradução realizada por Carlos Almeida Pereira e finalizada por sua filha Isabel Luisa Almeida.

Sinopse

“Por que uma pessoa como eu, que aos quinze abandonou uma casa governada por um alcoólatra colérico (...), no momento em que, pelos padrões burgueses, começava a levar uma vida organizada, com emprego, carro e apartamento, abandona tudo, para tentar a forma de vida comunitária mais estranha de que ouviu falar?” Um belo dia, Veronika Peters entrou para o convento. Num livro extraordinário, ela nos faz penetrar no claustro e conhecer os desafios de viver em comunidade e o papel do outro em nosso processo de autoconhecimento e construção.

“A novela autobiográfica de Veronika Peters não é uma apologia nem uma despedida da vida no convento. Ao contrário, narra, sem sentimentalismo, as armadilhas e também a luminosidade da vida na clausura baseada na fé cristã.” 3sat Kulturzeit

“Um livro surpreendente, que matém a tensão embora você imagine saber como será o fim. ” Frankfurter Allgemeine Zeitung

Por quê, em plena década de 80, aos 21 anos, uma garota moderna alemã, abandona voluntariamente casa, carro, emprego, amigos, uma vida independente e um candidato a namorado, para submeter-se ao isolamento do claustro, regras rígidas, obediência e castidade? Em busca de respostas para esta pergunta, milhares de leitores, dentro e fora da Alemanha, têm sido arrastados a uma expedição intramuros num mosteiro beneditino contemporâneo.

O que cabe em Duas Malas (Was in zwei Koffer passt), um dos dez livros mais vendidos na Alemanha em 2007, na lista da Der Spiegel por mais de seis meses, é um relato surpreendentemente ágil dos 12 anos que a autora - hoje escritora e fotógrafa, casada e mãe - viveu como aspirante, noviça e freira. Verdadeiro fenômeno editorial e significativo sintoma social, a obra, que chega ao Brasil este mês pela Editora Guarda-chuva, é uma rara oportunidade para o leitor brasileiro conhecer um sucesso literário alemão atual, ainda sem passagem pelo filtro americano.

Sem mergulhar nos aspectos propriamente religiosos, Veronika compartilha com o leitor uma experiência radical em busca de um sentido maior para a existência. Filha de um pastor alcoólatra e violento, ela saiu da casa dos pais aos 15 anos e, antes de converter-se ao catolicismo e largar tudo para entrar no mosteiro, estudou, trabalhou, engajou-se em movimentos sociais, fez amigos e atingiu uma relativa estabilidade. Muito longe de melíflua, em suas memórias dos tempos de convento revela-se um temperamento rebelde, quase ácido, crítico, muitas vezes pragmático, mas, sobretudo, corajoso e excepcionalmente sincero.

É esse o olhar que conduz o leitor pela aridez, pelas alegrias, pelos desafios e pelas descobertas da vida em comunidade baseada na fé cristã e na Regra de São Bento – ora et labora –; um ponto de observação privilegiado para um processo de autoconhecimento e construção da liberdade interior. – “Superei as provações, mostrei capacidade de resistir, afastei os obstáculos, agora a coisa pode ir adiante. Lavagem de roupa e teologia, uma combinação interessante. O que mais? Uma nova vida de inquestionável pertença à comunidade, abrindo-me as portas para chegar ao que de fato é essencial? Chegar, instalar-me, arremeter. Observar o que prometi hoje – muita coisa para fazer”.

Nem louvação nem demolição da vida monástica: O que cabe em Duas Malas traz o melhor da literatura memorialista. Numa narrativa envolvente, a hábil recriação de uma vivência pessoal confronta o leitor com seus preconceitos, desfaz mitos e apresenta a intimidade de personagens de uma inesperada força interior, convidando à imersão e à reflexão sobre um tema essencial, universal e atualíssimo, a liberdade.

BREVE PERFIL DA AUTORA

Veronika Peters nasceu em 1966, em Giessen, Alemanha. Saiu da casa dos pais aos 15 anos, trabalhou num centro de psiquiatria infantil e entrou para o convento em 1987. Doze anos mais tarde, deixou a ordem para casar-se com o escritor Christoph Peters e se instalou em Berlim, onde trabalha como escritora e fotógrafa. O que cabe em duas malas tornou-se um best-seller instantâneo ao ser publicado em fevereiro de 2007.