Depois de cruzar o mar por cerca de uma hora desde São Luís do Maranhão, é esta uma das imagens que se tem de Alcântara. Uma cidade lá no alto que nos conclama a desvendar seus mistérios. Para chegar ao vilarejo é preciso subir a Ladeira do Jacaré.
A cada passo, a sensação de que o tempo correu por ali, seja pelo chão de pedras coloniais, seja pelas antigas casas coloridas ou pelas ruínas, algumas de construções inacabadas, que preservam nas formas uma época de luxo que se foi para sempre.
A decadência perambula pelas ruas por onde os turistas andam apressados para pegar a barca de volta à atualidade. Mas quem passa a noite ali percebe que Alcântara é muito mais do que um cenário do passado. É como se a cidade aceitasse, não de forma passiva, mas serena, as intervenções dos séculos, as voltas da história, as coisas que se vão ou as que nunca aconteceram. “É um lugar que poderia ter sido mas não foi, e por isso mesmo acabou sendo o que é”, diz a fotógrafa Andrea D’Amato.
Nenhum comentário:
Postar um comentário