A CRÔNICA QUE JAMAIS PENSEI EM ESCREVER
NO DIA 15 PRÓXIMO PASSADO, PRECISAMENTE ÀS 2 HORAS E 50 MINUTOS, DAQUELE DOMINGO CHUVOSO, FOMOS ACORDADOS - EU E MA - PELO TILINTAR DO TELEFONE. ESTÁVAMOS DE SOBREAVISO, DIGAMOS... PSICOLÓGICO, POIS O NOSSO AMIGO-IRMÃO AROLDO MONTEIRO ENCONTRAVA-SE NUM ENFRENTAMENTO FERRENHO COM A MORTE, ESSA COISA COM A QUAL NINGUEM MANTEM QUALQUER RELAÇÃO, E SEMPRE DELA QUER MANTER DISTÂNCIA...MUITA DISTÂNCIA. QUANDO OUVI A MINHA MULHER PRONUNCIAR O NOME “CARLINHOS”, LOGO IMAGINEI QUE SE TRATAVA DA PARTIDA DO MEU AMIGO-IRMÃO, POIS O HORÁRIO DENUNCIOU QUE SE TRATAVA DE UMA NOTÍCIA FUNESTA. E FOI. ANUNCIOU O CARLOS AUGUSTO (CARLINHOS) QUE “INFELIZMENTE O PAPAI NÃO RESISTIU E VEIO A ÓBITO”. FOI O FIM DE UM SOFRIMENTO PARA ELE....E FOI O COMEÇO DE UMA SAUDADE ENORME QUE SE NOS ACERCOU A PARTIR DAQUELA MADRUGADA E QUE HOJE AINDA PERDURA VIVA, E SABEMOS QUE PERDURARÁ POR MUITOS ANOS, POIS O AROLDO ERA DAQUELAS PESSOAS DE QUEM NÃO SE CONSEGUE ESQUECER, NÃO SÓ PELA SUA SEMPRE PRESENTE DISPONIBILIDADE, MAS POR TODOS OS SEUS ATRIBUTOS QUE, À UNANIMIDADE DOS PRESENTES AO SEPULTAMENTO, FORAM RESSALTADOS COM MUITA VEEMÊNCIA. HONESTIDADE, SINCERIDADE, AMIZADE, COERÊNCIA, BONDADE – O QUE SE TRADUZ EM CONSTANTE DISPONIBILIDADE PARA SERVIR -, CRIATIVIDADE, PODER DE AGLUTINAÇÃO, DENTRE OUTRAS QUALIDADES QUE A EMOÇÃO NÃO ME PERMITE ELENCAR NESTE MOMENTO. UM AMIGO COMUM CHEGOU A ME FAZER UMA OBSERVAÇÃO INTERESSANTE: QUE O AROLDO NÃO ERA UM LÍDER, ELE ERA, NA VERDADE, UMA LIGA, UMA ESPÉCIE DE IMÃ PARA QUEM CONVERGIAM TODOS AQUELES QUE PRIVAVAM DE SUA AMIZADE. ELE NÃO QUERIA E NEM GOSTAVA DE SER UM LÍDER. MAS, PELAS ADJASCÊNCIAS, DAVA CONSELHOS, APRESENTAVA IDÉIAS, CONVERSAVA EM SUBGRUPO, E TUDO SE RESOLVIA A CONTENTO...EM QUALQUER SITUAÇÃO. FALAR DO AROLDÃO – ERA ASSIM QUE EU O CHAMAVA - É UM ALÍVIO DIANTE DA DOR QUE AINDA SINTO PELO SEU PASSAMENTO. DEVE-SE LEMBRAR DO AROLDO QUANDO SE OUVIR A EXPRESSÃO “BACANA” QUE ELE SEMPRE USAVA QUANDO NUM ELOGIO AOS NOSSOS ENCONTROS FESTIVOS; TAMBÉM DEVEMOS DELE SE LEMBAR QUANDO DISSERMOS “É HOOOOOJE”, QUANDO INSINUAVA UM COLOQUIO AMOROSO QUE SE PRENUNCIAVA PARA DETERMINADO GAVINIANO COM SUA GAVINIANA. SÃO EXPRESSÕES QUE JAMAIS OUVIREMOS DO MEU AMIGO-IRMÃO, MAS QUE CERTAMENTE SERÃO LEMBRADAS NAS NOSSAS RODAS. E POR FALAR EM RODAS, COMO SERÃO ESSAS RODAS DO GAVI DAQUI PRA FRENTE? EU, HONESTAMENTE, TEMO POR ELAS. TEMOS, SIM, NÓS GAVINIANOS, QUE REUNIR FORÇA E SABEDORIA PARA ELEGER, EM PENSAMENTO, UM DOS NOSSOS PARA PASTOREAR OS DEMAIS DO GRUPO E NÃO DEIXAR QUE NOS DISPERCEMOS NO TEMPO. A PRESENÇA NO NOSSO CONDOMÍNIO É O PRIMEIRO PASSO, NÃO APENAS NOS DIAS DE REUNIÃO, MAS SEMPRE QUE POSSÍVEL, SEMPRE ÀS SEXTAS-FEIRAS. LUTEMOS PARA QUE A HARMONIA IMPERE ENTRE NÓS, ISSO COMO UMA FORMA DE HOMENAGEAR O NOSSO IRMÃO QUE SE FOI, E PARA O BEM DOS IRMÃOS QUE CONTINUAM A DAR VIDA AO GAVI. EU GOSTARIA DE ENCERRAR ESSA MINHA CRÔNICA (DESPETENSIOSA), CANTANDO BEM ALTO “O CIDADÃO”, MAS TÃO ALTO QUE LÁ DO CÉU VIESSE A EXPLOSÃO DE ALEGRIA DO AROLDÃO DIZENDO: “VALEUUUUUU EPÁ... AGORA CANTA LAGO DO YPACARAI”. JÁ QUE NÃO POSSO, E AS LÁGRIMAS JÁ MOLHAM O TECLADO DO MEU COMPUTADOR, ENCERRO-A COM UM PEDIDO AO NOSSO PAI MAIOR: QUE ELE PROCURE CONHECER MELHOR ESSE SEU NOVO SERVO, POIS SABE TUDO DA VIDA AQUI NA TERRA. QUE DEUS O TENHA AROLDÃO.
EPAMINONDAS
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