O sol ,em Jeri ,não se põe, ele se exibe
Jericoacoara é um vilarejo especial no norte do Ceará que pára para ver o sol se pôr, no mar, em todas as tardes do ano. Moradores e turistas partem de várias ruas ao mesmo tempo, e o ritual se completa no alto da grande duna de areia. Pensando bem, ali o sol não se põe: ele se exibe, dá um show de cores e formas no céu.
Para a duna, antes de anoitecer, convergem os idiomas e sotaques distintos que fazem de Jericoacoara um dos pontos mais internacionais do litoral brasileiro. Ali se conhece quem acabou de chegar, para uma visita de poucos dias, e também os ex-viajantes que nunca mais foram embora. Um caminhoneiro sulista, uma fisioterapeuta européia, esportistas norte-americanos: eles estão lá, junto dos nativos, administrando pousadas e restaurantes.
Ainda sobre a duna, diante de capoeiristas fazendo piruetas na areia e do céu pintado de lilás, rosa e laranja, feito um quadro de Monet gigantesco que a noite logo vai esconder, são agendados passeios, encontros, festas, aulas de windsurfe e jogos de futebol. "A areia corre veloz, escova as pernas, chega até os olhos", escreveu um italiano sobre o lugar. A vila pacata oferece descanso e também movimento.
Descoberta para o turismo nos anos 80, Jericoacoara completa em 2008 a sua primeira década com luz elétrica. Antes, a energia para os serviços básicos de refrigeração e iluminação vinha de geradores a diesel. Ainda não há postes de iluminação pública, caminhadas noturnas precisam contar com adereços charmosos como velas acesas, lanternas ou a própria luz das estrelas. Nas trevas, se você esbarrar num jegue ou cabra, os ruídos de protesto serão inconfundíveis.
Desde 2002, a área de 84 km² que engloba as principais atrações da região, suas praias, dunas, lagoas e restingas, tem o status de Parque Nacional de Jericoacoara, administrado pelo Ibama. Em 1984, Jeri havia sido transformada em APA (Área de Proteção Ambiental), condição que contribuiu para a conservação de sua peculiar paisagem de caatinga e coqueiros nas beiradas do oceano.
Mais dias num lugar desses, rico em panorama humano, permite acompanhar o intenso entra-e-sai, ver o êxtase dos recém-chegados, fazer amigos de distintas nacionalidades e ainda retornar aos restaurantes prediletos. A gastronomia de Jeri está ficando mais sofisticada, até para atender aos que podem se dar o luxo de aterrissar de helicóptero, num trajeto de hora e meia desde a capital cearense.
As dezenas de opções de hospedagem também aprimoraram o conforto. Foi-se o tempo em que todos os chuveiros eram frios. Agora existem terraços privativos, jardins ornamentais, jacuzzi, camas king-size, ar-condicionado, decoração com motivos étnicos. Mesmo as pousadas mais simples oferecem redes, café-da-manhã com granola na varanda e a sombra daqueles cajueiros que tornam doce todo o aroma em volta.Trata-se de um vilarejo tão fora do comum que vale a pena planejar uma chegada em grande estilo, e não precisa ser de helicóptero.
Desde Fortaleza, prefira o ônibus da noite, que em Jijoca passará o bastão e os passageiros para uma jardineira cruzar as dunas na madrugada. Na confusão dos contornos, os morros de areia iluminados pelas estrelas parecem se espichar, colados às nuvens do céu.
Fonte : UOL
Jericoacoara é um vilarejo especial no norte do Ceará que pára para ver o sol se pôr, no mar, em todas as tardes do ano. Moradores e turistas partem de várias ruas ao mesmo tempo, e o ritual se completa no alto da grande duna de areia. Pensando bem, ali o sol não se põe: ele se exibe, dá um show de cores e formas no céu.
Para a duna, antes de anoitecer, convergem os idiomas e sotaques distintos que fazem de Jericoacoara um dos pontos mais internacionais do litoral brasileiro. Ali se conhece quem acabou de chegar, para uma visita de poucos dias, e também os ex-viajantes que nunca mais foram embora. Um caminhoneiro sulista, uma fisioterapeuta européia, esportistas norte-americanos: eles estão lá, junto dos nativos, administrando pousadas e restaurantes.
Ainda sobre a duna, diante de capoeiristas fazendo piruetas na areia e do céu pintado de lilás, rosa e laranja, feito um quadro de Monet gigantesco que a noite logo vai esconder, são agendados passeios, encontros, festas, aulas de windsurfe e jogos de futebol. "A areia corre veloz, escova as pernas, chega até os olhos", escreveu um italiano sobre o lugar. A vila pacata oferece descanso e também movimento.
Descoberta para o turismo nos anos 80, Jericoacoara completa em 2008 a sua primeira década com luz elétrica. Antes, a energia para os serviços básicos de refrigeração e iluminação vinha de geradores a diesel. Ainda não há postes de iluminação pública, caminhadas noturnas precisam contar com adereços charmosos como velas acesas, lanternas ou a própria luz das estrelas. Nas trevas, se você esbarrar num jegue ou cabra, os ruídos de protesto serão inconfundíveis.
Desde 2002, a área de 84 km² que engloba as principais atrações da região, suas praias, dunas, lagoas e restingas, tem o status de Parque Nacional de Jericoacoara, administrado pelo Ibama. Em 1984, Jeri havia sido transformada em APA (Área de Proteção Ambiental), condição que contribuiu para a conservação de sua peculiar paisagem de caatinga e coqueiros nas beiradas do oceano.
Mais dias num lugar desses, rico em panorama humano, permite acompanhar o intenso entra-e-sai, ver o êxtase dos recém-chegados, fazer amigos de distintas nacionalidades e ainda retornar aos restaurantes prediletos. A gastronomia de Jeri está ficando mais sofisticada, até para atender aos que podem se dar o luxo de aterrissar de helicóptero, num trajeto de hora e meia desde a capital cearense.
As dezenas de opções de hospedagem também aprimoraram o conforto. Foi-se o tempo em que todos os chuveiros eram frios. Agora existem terraços privativos, jardins ornamentais, jacuzzi, camas king-size, ar-condicionado, decoração com motivos étnicos. Mesmo as pousadas mais simples oferecem redes, café-da-manhã com granola na varanda e a sombra daqueles cajueiros que tornam doce todo o aroma em volta.Trata-se de um vilarejo tão fora do comum que vale a pena planejar uma chegada em grande estilo, e não precisa ser de helicóptero.
Desde Fortaleza, prefira o ônibus da noite, que em Jijoca passará o bastão e os passageiros para uma jardineira cruzar as dunas na madrugada. Na confusão dos contornos, os morros de areia iluminados pelas estrelas parecem se espichar, colados às nuvens do céu.
Fonte : UOL
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