Saiba por que os casos dessa doença triplicam no inverno; falta de hidratação piora o problema
JULIANA VINES - FOLHA DE SÃO PAULO
Os casos de sinusite triplicam nessa época do ano, dizem os especialistas. E tudo parece conspirar para que isso aconteça ""a temperatura mais baixa, o ar seco, as gripes e resfriados.
Há três tipos de sinusite: bacteriana, viral e fúngica ""esta última, mais rara. "Cerca de 85% a 90% dos casos estão relacionados com gripes e resfriados", diz Wilson Ayres, otorrinolaringologista do Hospital São Luiz.
A viral, mais comum, é quase um sintoma da gripe e, muitas vezes, passa despercebida. A coriza e a congestão nasal, comuns no resfriado, dão a sensação de desconforto e dor de cabeça, principalmente pela manhã.
Mas os sintomas passam com o fim da gripe. Ou deveriam passar. "Desde que a pessoa esteja com a imunidade normal e que tome algumas precauções", afirma José Eduardo Lutaif Dolci, presidente da Associação Brasileira de Otorrinolaringologia.
Se passar de dez dias, é sinal de que a inflamação se transformou em uma infecção causada por bactérias. É o tipo de sinusite que mais leva as pessoas ao médico e que deve ser tratada com medicação e com algumas mudanças de comportamento.
"A infecção por bactéria não é o mais preocupante. Temos sinusite porque o nariz deixou de funcionar bem e de se proteger contra as doenças", afirma Richard Voegels, otorrino do Hospital das Clínicas de SP.
O grande problema da sinusite é a secreção (ou coriza) parada. Uma crise de rinite, a poluição ou o ar seco podem fazer com que a mucosa inche ou que a secreção seque, concentrando o muco nos seios da face.
Além de tomar mais água, pingar soro fisiológico mantem o nariz úmido e evitar os malefícios do ar seco.
Também é preciso manter o nariz sempre limpo e, se possível, destrancado. Mas não é indicado o uso de descongestionante em gotas, com vasoconstritor. Só em casos pontuais e por, no máximo, dois dias, segundo Ayres.
Se não tratada corretamente, a crise de sinusite aguda, pode se tornar crônica e até causar outras complicações, como meningite e inflamações no ouvido
terça-feira, 14 de junho de 2011
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