segunda-feira, 20 de junho de 2011
SOLIDÃO FAZ MAL A SAÚDE
Pesquisadores americanos concluem que solidão faz mal à saúde
O estudo analisou o histórico de saúde de mais de 300 mil idosos que lutavam contra alguma doença grave. O tempo de sobrevida de quem tinha amigos foi 50% maior.
Cidade grande. Milhões de pessoas, trilhões de compromissos. Quem tem tempo de ver os amigos nessa vida? Quem tem tempo de fazer amigos?
“No agito do dia a dia, na rotina, a gente não tem como parar pra pensar na hora que a gente está trabalhando", diz a recepcionista, Clarisse Colombo.
Até que ela teve que parar. Hérnia de disco. Que evoluiu para uma dolorosa descoberta da solidão. “A única visita que eu recebi foi o enfermeiro. Foram nove dias que fiquei realmente parada, só do sofá pra cama, sem ninguém, não comia direito, porque não conseguia quase cozinhar, lavar as coisas. Foi barra, assim", conta Clarisse.
Clarisse acha que teria sofrido menos se estivesse perto das amigas, que ficaram no Rio Grande do Sul. E, pelo menos nisso, ela não está sozinha. Depois de declarar o cigarro, a bebida e a falta de atividade física fatores de risco para a vida, os cientistas agora advertem: a solidão faz mal à saúde.
O estudo analisou o histórico de saúde de mais de 300 mil idosos que lutavam contra alguma doença grave. Eles foram divididos em dois grupos. O dos que tinham uma rede de relacionamentos e o dos que se declararam sozinhos. O tempo de sobrevida de quem tinha amigos foi 50% maior.
Comparando com outros estudos, os pesquisadores concluíram que a solidão é um fator de risco tão grave quando o tabagismo e o alcoolismo. E mais perigoso do que a obesidade e o sedentarismo.
“Do ponto de vista psicológico, as pessoas com amigos têm mais energia, têm mais motivação, se sentem amadas", diz a professora de psicologia da Usp, Leila Salomão Tardivo.
A psicóloga ensina que corpo e mente nunca se separam. “Você amar, o amigo, a conversa, a fala, o contato libera neuroendorfinas que são substâncias que favorecem defesas imunológicas, que faz a busca do prazer, que faz comer", explica.
Fez Olívia querer viver. O diagnóstico de câncer soou como ponto final. "Pensei que fosse bater as botas."
Mas durante os sete anos do tratamento, ela nunca se sentiu sozinha. Nem pretende, agora que está curada. “Você vê que as pessoas se interessam por você e que eles estão do seu lado”, diz.
Fonte: http://g1.globo.com
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Um comentário:
O ser humano não deve ser uma ilha e sim uma ponte.
Aposentou-se agora um grande amigo e me disse que não sabia o que fazer agora.Aconselhei a ter aulas de computação,aprender a tocar um instrumento, ter aulas de pintura,mas tudo lá com os Colegas e não aula particular em casa. Poderia tambem pertencer a um movimento religioso.
Qualquer atividade que satisfizesse a necessidade de inclusão,isto é, chegar em um lugar onde conhecesse todos e fosse por todos conhecido. Arlindo
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