A ração humana nunca comprovou os benefícios que dizia possuir. Usou e abusou do nosso bom senso e do nosso conhecimento nutricional ao ser vendida com o poder de fazer maravilhas. Poderia muito bem ser vendida como um mix de fibras, compor dietas balanceadas e até ser enaltecida pelo seu poder de melhorar a saciedade, como todo alimento que contém fibras. Entretanto, não poderia ser vendida com as "alegações de propriedades medicamentosas, terapêuticas e relativas ao emagrecimento" nem em seu rótulo, nem em sua publicidade.
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) divulgou essa semana a orientação e os ditames que nós, profissionais da saúde ligados a nutrição, fazemos todos os dias em nossos consultórios. Alertou os consumidores sobre os riscos de se substituir uma refeição pelo mix de cereais, esclareceu que ele não emagrece e pode até causar ganho de peso quando ingerido em grande quantidade e que uma refeição balanceada tem mais que fibras e gorduras, os principais componentes da ração.
De acordo com a Anvisa, o termo “ração humana” não poderá mais ser utilizado por induzir os consumidores a uma visão distorcida da mistura de cereais. Apesar de louvável, a medida é tardia e não impede as novas rações que estão por vir com promessas milagrosas. É questão de tempo para o aparecimento de nova vedete entre os suplementos alimentares.
Os consumidores devem retirar algum ensinamento de mais esse capítulo dos suplementos alimentares. É muito freqüente o questionamento das pessoas sobre a nossa opinião a respeito de novos suplementos emagrecedores veiculados em revistas, sites, televisão e principalmente na internet. Infelizmente, não há nenhum potencial emagrecedor entre os medicamentos naturais ou suplementos. Medidas simplistas e de conotação milagrosa só vem dificultar o tratamento da obesidade por desencorajar as mudanças que realmente podem funcionar
Fonte: Site Comer sem Culpa
sábado, 11 de junho de 2011
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário