domingo, 12 de dezembro de 2010

Impressões do Oriente ou "De volta ao aconchego"

( Foto batida em Dubai ao pé do Burj Khalifa, a torre mais alta do mundo com mais de 800 metros).

Após um mês de ausência devido a uma interessante e enriquecedora, em termos de conhecimento, viagem iniciada em 13 de novembro, às regiões da Ásia e Oriente Médio, retorno ao Brasil, aonde cheguei na madrugada desse sábado, dia 11 de dezembro, em Salvador. O tempo pouco me permitiu ter acesso à internet, mesmo assim não deixei de dar, vez ou outra, uma espiadinha em nosso Blog, que aliás foi muito bem tratado na minha ausência, principalmente pela Vera que fez belíssimas postagens e a quem parabenizo sobretudo pela capacidade na escolha das matérias.

Sobre a viagem, posso resumir que se trata de uma região que está atravessando um crescimento econômico e social extraordinários, com destaques em termos de cidades para Hong Kong e Cingapura, principalmente, que, de tão modernas, não deixam nada a dever a Nova Iorque, por exemplo.

Mas outros locais merecem destaque, a exemplo de Shanghai, que impressiona pelo tamanho e população de 22 milhões de habitantes, sendo a mais populosa de seu país, a China que tem mais de um bilhão e quatrocentos milhões de habitantes. Ou seja, de cinco habitantes do planeta um é chinês. Chama a atenção a ausência de templos na China: o país é ateu.

Do Japão, estivemos apenas em Nagasaki, cidade que ficou marcada pela destruição na segunda guerra por uma bomba atômica jogada pelos Estados Unidos, em 9 de agosto de 1.945. A visita ao Museu da Bomba Atômica retratou muito bem a crueldade desse ato insano, que as pessoas de bem esperam não mais ver repetido, mas não dá pra negar a inquietação causada por um potencial de destruição hoje em mãos de tantos países.

Estivemos também na Coreia, mais precisamente em Busan, a segunda cidade do país, com 3,5 milhões de habitantes e seu mais importante porto marítimo . Foram poucas horas justamente dois dias antes das escaramuças belicosas vividas pelas duas Coreias, que vitimaram pelo menos quatro sul-coreanos em uma cidade perto da fronteira.

Impressionante também foi a visita ao Vietnam, país que também sofreu as agruras de uma guerra desigual contra os Estados Unidos, que, mesmo com todo o seu poderio bélico, teve que se render incondicionalmente em abril de 1.975, após cerca de dez anos de luta, no que se transformou na mais fragorosa derrota imposta a essa super potência, que se considera a polícia do mundo. As imagens do Museu da Guerra na cidade de Ho Chi Min (ex-Saigon) são chocantes a aumentou meu sentimento de admiração pelo heróico povo vietnamita.

Valeu também a visita à Tailândia, país que se distingue por possuir uma cultura preservada. É que ela não chegou a ser colonizada por nenhum país e assim mantém intacta suas tradições.

Notável é a presença do idioma inglês na região, sendo falado largamente em praticamente todos os locais pelos quais passamos, com exceção da China e Japão. Mesmo assim, nesses lugares o emprego do inglês ao lado do idioma nativo nos avisos é quase total.

O navio Diamond Princess, de bandeira americana, ofereceu, durante os 16 dias de cruzeiro, o conforto esperado, mas para quem tem problemas com a balança, foi difícil se controlar com tanta comida à disposição nas 24 horas do dia.
Quanto à Dubai e Abu Dhabi, cidades integrantes dos Emirados Árabes, só tenho a dizer que eles exageram em externar sua riqueza. Lá tudo é o maior do mundo e a ostentação é muito exagerada. Mas é admirável a beleza dessa ostentação. Não sei porém se isso é sustentável. Basta dizer que a Mesquita de Abu Dhabi custou “apenas” US$ 3,5 bilhões . Já o Emirates Palace Hotel, na mesma cidade, US$ 3,1 bilhões. Pouquíssimas pessoas no Brasil detém uma fortuna dessas, certamente menos de dez brasileiros.

Fiquei muito atento às explicações dadas pelos guias em cada cidade visitada para sentir o que esses países fizeram para alcançar o grau de desenvolvimento que estão alcançando. Poderia resumir que o segredo é investimento em EDUCAÇÃO, que é justamente o que mais falta ao nosso Brasil varonil. Sentirei falta da tranqüilidade desses lugares, do mais rico ao mais pobre, onde podemos passear descontraidamente sem nos preocuparmos com a violência urbana. Dá saudade do tempo em que o Brasil já foi assim.

Notícias do Brasil na imprensa, ouvi algumas. O caso da paternidade de Ronaldo “fenômeno” de um filho de cinco anos, fruto de um relacionamento com uma jovem residente em Cingapura. Isso foi manchete de primeira página de jornal local. E claro, a guerra contra o tráfico no Rio ficou vários dias sendo noticiado pelos noticiários de TV. Não era exatamente a notícia que eu queria ter do Brasil. Vi também relatos da presença do Brasil no episódio Wikileaks, o assunto mais presente na mídia internnacioal nesses últimos dias.

Em compensação, fiquei muito contente em escutar diversas vezes, do outro lado do planeta, nos locais mais sofisticados, o melhor da música brasileira, principalmente a música de Jobim e seus seguidores, tanto no navio quanto nas cidades visitadas. Não é à toa que essa música, a Bossa Nova, toca lá fora há mais de cinqüenta anos e pelo visto vai continuar tocando. Quem vier, verá.

Como a viagem foi longa, de quase um mês, oportunamente comentarei neste Blog sobre cada cidade ou país para tornar a leitura mais palatável.

O melhor de tudo foi saber que nosso caro primo Arildo, após passar por um procedimento cirúrgico, passa bem e já se recupera em um apartamento após sair da UTI. Queremos ele de volta ao nosso convívio logo.

Até logo. Veremo-nos na quarta, dia 15, no L'Espace Buffet na Festa de Confraternização, quando será empossada a presidente eleita, nossa querida Josélia, em quem depositamos grande confiança na direção de nossa AFA.

Sérgio Almeida Franco, de Salvador.

Um comentário:

Anônimo disse...

Sejam Bem-vindos! Que bom que aproveitaram muito do passeio.
Abraços.
Carmen