Por Thaís Nicoleti
“O texto prevê a redução de ‘vultuosos gastos sociais’, a eliminação de ‘subsídios excessivos’ e o ‘estudo como fonte de emprego e aposentadoria antecipada’.”
Uma grande soma em dinheiro pode ser chamada de “vultosa”, mas não de “vultuosa”. Igualmente, consideráveis gastos sociais podem ser “vultosos gastos sociais”, mas não “vultuosos”.
As palavras são muito parecidas – é esse um dos célebres pares de parônimos da língua portuguesa. “Vultuoso” é termo de uso bem mais restrito. Em medicina, diz-se que alguém é “vultoso” quando acometido de “vultuosidade”. Esta, por sua vez, é a condição de quem tem as faces e os lábios inchados e os olhos salientes.
São muito comuns, mas totalmente inadequadas, construções como “vultuosidade do edifício” (em vez de “suntuosidade”) ou “vultuosidade do poeta” (no lugar de “importância” ou celebridade do poeta”). Importante: não existe o termo “vultosidade” como substantivo referente a “vultoso”.
Convém, portanto ficar atento: aquilo que é volumoso, avultado (de vulto) ou grande, considerável, importante é “vultoso” (o termo é formado do substantivo “vulto” acrescido do sufixo “-oso”). “Vultuoso” e “vultuosidade” referem-se a inchaço ou edema facial.
Veja, abaixo, o texto corrigido:
O texto prevê a redução de “vultosos gastos sociais”, a eliminação de “subsídios excessivos” e o “estudo como fonte de emprego e aposentadoria antecipada”.
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