por Roberto Shinyashiki
A única certeza que temos é a de que o amor é uma condição inerente ao ser humano
Amar é uma viagem a ser feita com alguém, na qual, ao mesmo tempo em que desfrutamos essa entrega, desvendamos os mistérios que ela nos apresenta a cada momento.
O amor é uma força que nos leva a enfrentar todos os nossos medos, criados desde as primeiras experiências dolorosas de aproximação. Nos torna corajosos e ousados, prontos a desafiar o tédio e o comodismo, a enfrentar o cotidiano, sem deixá-lo se transformar em rotina.
Ele faz nos sentirmos aprendizes, concedendo-nos a suprema compreensão de que, quando somos movidos pelo impulso do amor, realizamos algo. No amor, não estamos nos submetendo ao outro, mas sim obedecendo às ordens do sábio que existe dentro de nossos corações.
O amor nos dá coragem para enfrentar todas as mensagens negativas ouvidas na infância, do tipo “homem não presta” e “mulher só dá trabalho”, que poluem nossos pensamentos. É um sentimento que nos proporciona a sensação de gratidão para com a existência; um sentimento de ser abençoado pela dádiva divina. Em retribuição, somos levados a cuidar desse amor.
Por isso, não podemos exigir a perfeição do ser amado, pois, como dizia o filósofo grego Aristóteles: “O amor é o sentimento dos seres imperfeitos, posto que a função do amor é levar o ser humano à perfeição”.
O amor é muito mais que o encontro de dois corpos, muito mais que a união entre duas pessoas. É a própria consciência da existência: a crença nas forças divinas, que cuidam de todo o universo e que nos levam um ao outro, com a mesma fluidez com que aproximam uma nuvem de uma montanha, que nos proporcionam uma força sobre-humana, que dão energia ao vento, ao mar e à chuva e que nos tornam grandes como pinheiros gigantescos.
No amor, seguimos um caminho realizando uma história, cujo final, apesar de todo o nosso conhecimento, só vamos saber quando a completarmos.
A única certeza que temos é a de que o amor é uma condição inerente ao ser humano. Assim como a flor emana seu perfume, o homem naturalmente exala o amor. Isso é tão inevitável quanto é impossível proibir a terra molhada de desprender seu cheiro.
Fonte: Site Vya Estelar
quinta-feira, 30 de setembro de 2010
quarta-feira, 29 de setembro de 2010
Frase do dia
MESMO QUE VOÇE NÃO POSSA IMPEDIR O SOFRIMENTO DO OUTRO ,IMPORTANDO-SE IRÁ DIMINUI-LO.
(Autor desconhecido)
(Autor desconhecido)
terça-feira, 28 de setembro de 2010
SUCESSO GARANTIDO NA NOSSA CONVENÇÃO!
É com imensa satisfação que comunicamos a todos que ultrapassamos as nossas expectativas de inscrições para a XIV Convenção. Estamos agora fazendo apenas as inscrições para lista de espera com base na data de solicitação.
Vamos fazer desta Convenção mais um encontro que ficará na História.
À Diretoria
AFA Convenção 2.010
Praia das Fontes, onde fica o Hotel Bougainville, local da Convenção 2.010 da AFA
Já que o Hotel Bougainville, onde se realizará a nossa Convenção, tem somente 32 apartamentos, recomendamos que os interessados inscrevam-se o quanto antes para assegurar a sua reserva.
Os preços são:
Adultos Sócios R$ 150,00 Não Sócios R$ 290,00
De 07 a 12 anos Sócios R$ 50,00 Não Sócios R$ 100,00
Até 06 Anos Sócios R$ Free Não Sócios R$ 40,00
Lembramos que o pacote inclui: 02 diárias, 02 café-da-manhã, 02 almoços e 02 jantares, bem como o Kit e ainda, muita descontração e fraternidade.
O pagamento poderá ser feito através de depósito na conta poupança 29830-5/500, Ag. 0366 do banco Itaú (341) ou através dos seguintes diretores:
Carmen: 3267-1806 / 9129-3309
Guto: 3272-0124 / 8877-8727;
Ana Paula: 3249-4668 / 8885-0080
Inscreva-se já ! ! !
Os preços são:
Adultos Sócios R$ 150,00 Não Sócios R$ 290,00
De 07 a 12 anos Sócios R$ 50,00 Não Sócios R$ 100,00
Até 06 Anos Sócios R$ Free Não Sócios R$ 40,00
Lembramos que o pacote inclui: 02 diárias, 02 café-da-manhã, 02 almoços e 02 jantares, bem como o Kit e ainda, muita descontração e fraternidade.
O pagamento poderá ser feito através de depósito na conta poupança 29830-5/500, Ag. 0366 do banco Itaú (341) ou através dos seguintes diretores:
Carmen: 3267-1806 / 9129-3309
Guto: 3272-0124 / 8877-8727;
Ana Paula: 3249-4668 / 8885-0080
Inscreva-se já ! ! !
Faça o possível, isso já é muito
por Patricia Gebrim
"Todas as pessoas que você admira, famosas ou não, são apenas... humanas. Não há nada nelas que não exista em você. A não ser, talvez, a coragem de arriscar. A leveza de se lançar, de brincar, de expressar a si mesma"
Eu sempre fui de admirar pessoas que conseguem fazer coisas que acabam por transformar o mundo. Seja um escritor, um artista plástico, um músico, um professor, um esportista...
Aquelas pessoas que parecem ter algo de especial, um brilho, uma espécie de magia impossível de passar despercebida.
O que seria de nosso mundo sem a beleza? Sem aquelas coisas que nos tocam a alma, sem a inspiração que recebemos daqueles que mergulham dentro de si mesmos e saem de lá com um tesouro em mãos, esse tesouro que compartilham conosco, amenizando a secura de nossas vidas?
Pensando nisso, me ocorreu escrever e dizer a você, que me lê neste exato momento, que, assim como aquelas pessoas iluminadas que você tanto admira, existe, agora mesmo, um tesouro esperando para ser descoberto.
Onde? No seu íntimo!
Não é preciso ter nome famoso, a esperteza da raposa dourada ou a pena sagrada de uma rara espécie de pavão para que você faça diferença neste mundo. Cada um de nós tem algo muito precioso e especial a compartilhar com a humanidade. Acredite, você também!
Muitas vezes desqualificamos a nós mesmos, como se fosse necessário ser uma espécie de semideus para criar algo de significativo. Não é verdade!
Todas as pessoas que você admira, famosas ou não, são apenas... humanas. Não há nada nelas que não exista em você. A não ser, talvez, a coragem de arriscar. A leveza de se lançar, de brincar, de expressar a si mesma.
Se você esperar atingir a perfeição para só então revelar seu potencial, talvez acabe por perder a chance de manifestar a beleza do seu ser. Seria um desperdício! Não é preciso ser perfeito para tornar o mundo um lugar melhor, acredite.
Você pode não entender nada de jardinagem, mas se escolher um pedacinho de uma praça e se permitir acreditar que pode tornar aquele lugar melhor, eu estou certa de que conseguirá. Basta arrancar as ervas daninhas, regar a terra, plantar algumas sementinhas, um pouco da sua sensibilidade com certeza já fará daquele cantinho um lugar mais agradável e acolhedor. Não precisa ser um jardim perfeito, com a perfeita escolha de cada planta, com a adubação perfeita. Basta que derrame sobre aquele pedaço de terra seu carinho, sua atenção.
Isso vale para muitas coisas. Não importa para onde decida ir, vá inteiro e sem medo. Em cada relação, em cada escolha, em cada tentativa de sua vida, faça o seu melhor. Dedique-se, regue sua vida com delicadeza, acredite em si mesmo. Faça o possível, isso já é muito.
Coisas maravilhosas acontecem quando nos esquecemos que somos apenas meros mortais condenados à mediocridade de uma vida limitada, repetitiva e tediosa. Arrisque sonhar! Pense nisso: talvez você seja um ser maravilhoso, dotado das mais incríveis capacidades à espera de serem descobertas. Talvez você seja mais do que já tenha sequer imaginado. Talvez o mundo esteja à sua espera.
Fonte: Site Vya Estelar
"Todas as pessoas que você admira, famosas ou não, são apenas... humanas. Não há nada nelas que não exista em você. A não ser, talvez, a coragem de arriscar. A leveza de se lançar, de brincar, de expressar a si mesma"
Eu sempre fui de admirar pessoas que conseguem fazer coisas que acabam por transformar o mundo. Seja um escritor, um artista plástico, um músico, um professor, um esportista...
Aquelas pessoas que parecem ter algo de especial, um brilho, uma espécie de magia impossível de passar despercebida.
O que seria de nosso mundo sem a beleza? Sem aquelas coisas que nos tocam a alma, sem a inspiração que recebemos daqueles que mergulham dentro de si mesmos e saem de lá com um tesouro em mãos, esse tesouro que compartilham conosco, amenizando a secura de nossas vidas?
Pensando nisso, me ocorreu escrever e dizer a você, que me lê neste exato momento, que, assim como aquelas pessoas iluminadas que você tanto admira, existe, agora mesmo, um tesouro esperando para ser descoberto.
Onde? No seu íntimo!
Não é preciso ter nome famoso, a esperteza da raposa dourada ou a pena sagrada de uma rara espécie de pavão para que você faça diferença neste mundo. Cada um de nós tem algo muito precioso e especial a compartilhar com a humanidade. Acredite, você também!
Muitas vezes desqualificamos a nós mesmos, como se fosse necessário ser uma espécie de semideus para criar algo de significativo. Não é verdade!
Todas as pessoas que você admira, famosas ou não, são apenas... humanas. Não há nada nelas que não exista em você. A não ser, talvez, a coragem de arriscar. A leveza de se lançar, de brincar, de expressar a si mesma.
Se você esperar atingir a perfeição para só então revelar seu potencial, talvez acabe por perder a chance de manifestar a beleza do seu ser. Seria um desperdício! Não é preciso ser perfeito para tornar o mundo um lugar melhor, acredite.
Você pode não entender nada de jardinagem, mas se escolher um pedacinho de uma praça e se permitir acreditar que pode tornar aquele lugar melhor, eu estou certa de que conseguirá. Basta arrancar as ervas daninhas, regar a terra, plantar algumas sementinhas, um pouco da sua sensibilidade com certeza já fará daquele cantinho um lugar mais agradável e acolhedor. Não precisa ser um jardim perfeito, com a perfeita escolha de cada planta, com a adubação perfeita. Basta que derrame sobre aquele pedaço de terra seu carinho, sua atenção.
Isso vale para muitas coisas. Não importa para onde decida ir, vá inteiro e sem medo. Em cada relação, em cada escolha, em cada tentativa de sua vida, faça o seu melhor. Dedique-se, regue sua vida com delicadeza, acredite em si mesmo. Faça o possível, isso já é muito.
Coisas maravilhosas acontecem quando nos esquecemos que somos apenas meros mortais condenados à mediocridade de uma vida limitada, repetitiva e tediosa. Arrisque sonhar! Pense nisso: talvez você seja um ser maravilhoso, dotado das mais incríveis capacidades à espera de serem descobertas. Talvez você seja mais do que já tenha sequer imaginado. Talvez o mundo esteja à sua espera.
Fonte: Site Vya Estelar
segunda-feira, 27 de setembro de 2010
Para Reflexão
Em pleno festejos franciscanos...
"Ninguém é suficientemente perfeito, que não possa aprender com o outro e, ninguém é totalmente destuído de valores que não possa ensinar algo ao seu irmão." São Francisco de Assis
"Ninguém é suficientemente perfeito, que não possa aprender com o outro e, ninguém é totalmente destuído de valores que não possa ensinar algo ao seu irmão." São Francisco de Assis
domingo, 26 de setembro de 2010
Reveses da comunicação
por Angelina Garcia
"Algumas pessoas tomam, com frequência, como crítica pessoal, aspectos do comportamento humano rejeitados pelo senso comum, os quais, em conversa descontraída, alguém levanta simplesmente a título de observação ou de questionamento próprio"
Reclamamos, muitas vezes, da dificuldade em se entabular um diálogo com determinadas pessoas, pois tudo o que dizemos é mal compreendido, podendo desencadear ásperas discussões ou até rompimentos. Quanto mais tentamos nos explicar, maior a confusão.
A comunicação não ocorre de modo direto, como às vezes se supõe; ou seja, de um lado um emissor, de outro um receptor, bastando uma língua comum para que a mensagem seja decodificada. Além da língua, várias outras condições estão implicadas na produção de sentidos entre interlocutores.
Assim sendo, recebo e interpreto a fala do outro a partir não só de conhecimentos partilhados, ou da minha posição ideológica, ou da memória racional de outros sentidos despertados daquele dizer. Entram também as sensações guardadas, relativas às condições psíquicas e emocionais do indivíduo, que são mobilizadas pelo que o outro diz.
Algumas pessoas tomam, com frequência, como crítica pessoal, aspectos do comportamento humano rejeitados pelo senso comum, os quais, em conversa descontraída, alguém levanta simplesmente a título de observação ou de questionamento próprio. O que levaria uma pessoa a se sentir alvo constante do olhar alheio? O que a faz pensar que tudo o que o outro diz de negativo quer se referir ela?
Se por um lado encontramos a insegurança; por outro, ou pelo mesmo, observa-se certo egocentrismo nesse comportamento.
A insegurança resulte talvez de uma história do sujeito marcada por rejeições do seu ciclo familiar e outros, pautadas na idéia de certo e errado e, consequentemente, pelo pecado e culpa, os quais contribuíram para minar sua autoestima. Desse modo, ele espera sempre que pessoas à sua volta continuem observando o que, a seu ver, ele tem de pior. Mesmo quando a fala do outro não lhe é dirigida diretamente, ele produz sentidos dentro dessa sua condição de inseguro.
É pela insegurança, também, que esse sujeito se encontra centrado em si, como se precisasse, o tempo todo, defender-se de alguma acusação. Dentro desse quadro, ele oferece poucas possibilidades de troca; a comunicação fica truncada, pois cada vez que se sente atingido durante o diálogo, ele o interrompe para se defender, justificar-se, ou, no mínimo, certificar-se se o outro está ou não se referindo a ele. E, assim, não é possível aprofundar ou ampliar a conversa.
Fonte: Site Vya Estelar
"Algumas pessoas tomam, com frequência, como crítica pessoal, aspectos do comportamento humano rejeitados pelo senso comum, os quais, em conversa descontraída, alguém levanta simplesmente a título de observação ou de questionamento próprio"
Reclamamos, muitas vezes, da dificuldade em se entabular um diálogo com determinadas pessoas, pois tudo o que dizemos é mal compreendido, podendo desencadear ásperas discussões ou até rompimentos. Quanto mais tentamos nos explicar, maior a confusão.
A comunicação não ocorre de modo direto, como às vezes se supõe; ou seja, de um lado um emissor, de outro um receptor, bastando uma língua comum para que a mensagem seja decodificada. Além da língua, várias outras condições estão implicadas na produção de sentidos entre interlocutores.
Assim sendo, recebo e interpreto a fala do outro a partir não só de conhecimentos partilhados, ou da minha posição ideológica, ou da memória racional de outros sentidos despertados daquele dizer. Entram também as sensações guardadas, relativas às condições psíquicas e emocionais do indivíduo, que são mobilizadas pelo que o outro diz.
Algumas pessoas tomam, com frequência, como crítica pessoal, aspectos do comportamento humano rejeitados pelo senso comum, os quais, em conversa descontraída, alguém levanta simplesmente a título de observação ou de questionamento próprio. O que levaria uma pessoa a se sentir alvo constante do olhar alheio? O que a faz pensar que tudo o que o outro diz de negativo quer se referir ela?
Se por um lado encontramos a insegurança; por outro, ou pelo mesmo, observa-se certo egocentrismo nesse comportamento.
A insegurança resulte talvez de uma história do sujeito marcada por rejeições do seu ciclo familiar e outros, pautadas na idéia de certo e errado e, consequentemente, pelo pecado e culpa, os quais contribuíram para minar sua autoestima. Desse modo, ele espera sempre que pessoas à sua volta continuem observando o que, a seu ver, ele tem de pior. Mesmo quando a fala do outro não lhe é dirigida diretamente, ele produz sentidos dentro dessa sua condição de inseguro.
É pela insegurança, também, que esse sujeito se encontra centrado em si, como se precisasse, o tempo todo, defender-se de alguma acusação. Dentro desse quadro, ele oferece poucas possibilidades de troca; a comunicação fica truncada, pois cada vez que se sente atingido durante o diálogo, ele o interrompe para se defender, justificar-se, ou, no mínimo, certificar-se se o outro está ou não se referindo a ele. E, assim, não é possível aprofundar ou ampliar a conversa.
Fonte: Site Vya Estelar
(In) Congruências
por Regina Wielenska
"Em suma: para avaliar o mundo e tomar decisões, observe o que as pessoas fazem, e não apenas o que dizem. Em caso de incongruência, aposte nos atos!" Um casal estava em “pé de guerra”, e buscaram terapia. A tensão e a agressividade verbal entre eles eram tão intensas que precisei fazer algumas sessões em separado com o marido e a mulher.
Assim, cada um poderia me contar o que pensava, sem a censura do outro. Devagar, em clima mais ameno, retomamos depois o contato a três. Eu dissera à esposa que temia pelo futuro da relação conjugal, que casais assim estão a um passo de se separarem. A resposta dela me chamou a atenção: “Pode ser, a situação entre nós está mesmo horrível, mas eu acho que temos esperança porque se um marido quer sair de casa e só pensa na separação prá que ele iria ao Ceasa, comprar mudas e sementes pra arrumar nosso jardim?”. Dei alguma razão a ela e o rumo subsequente da terapia mostrou haver luz ao final do túnel.
Esse é o ponto: prestar atenção ao que se diz ou ao que se faz? Há outro exemplo que pode nos ajudar.
A história me foi narrada por um amigo, que foi em busca de atendimento médico num hospital público. Numa tarde de Carnaval uma senhora, em estado aparentemente grave, com ferimentos múltiplos, deu entrada no Pronto Socorro. Estava acompanhada da vizinha e de policiais. Esses perguntaram ao médico que ferimentos eram aqueles. Segundo lhes foi dito, as lesões deveriam ter sido causadas por uma machadinha ou instrumento similar. Autorizados pelo médico, os policiais perguntaram à paciente se ela sabia quem havia lhe atacado. A resposta deixou a todos perplexos: “Foi fulano, mas eu sei que ele me ama”.
Estou tecendo considerações com base apenas em hipóteses. Mas a história (bem triste, por sinal) me pareceu revelar que a vítima talvez tivesse aprendido a se guiar por palavras, os atos do marido não serviam de pistas para ela fazer julgamentos mais acertados. Quantas vezes ele a teria agredido, com atos ou palavras, antes daquele feroz ataque? E outras quantas vezes ele proferiu palavras de amor, ou pediu perdão por desatinos quaisquer?
Alguém que diz adorar livros e nunca se põe a ler talvez esteja falando ao interlocutor o que supõe que seja socialmente esperado. No entanto, o comportamento da pessoa no mundo real demonstraria a pouca correspondência entre o que diz e o que faz. Quando pesquisadas, muita gente defende o uso dos preservativos nas relações sexuais. Mas, de fato, quantas usam? São pistas relevantes os índices de gravidez não planejada, os abortos feitos em abjetas condições e o crescimento do número de indivíduos acometidos por doenças sexualmente transmitidas.
O que desejo comentar é apenas isso: não podemos nos fiar naquilo que alguém diz. Observar os atos nos informa de modo mais preciso sobre a pessoa com quem nos relacionamos.
Uma jovem desistiu de um namoro logo ao primeiro mês. Perguntada pelos motivos, contou que ele a tratava com cortesia, cheio de palavras doces e atos galanteadores, mas que no período de um mês tinha visto o moço maltratar garçons, beber demais numa festa e querer dirigir, tentar subornar guarda na estrada, falar muito mal de ex-namorada e reclamar da pensão de alimentos que pagava ao filho único. Isto selou o fim do relacionamento, a despeito do clima de lua de mel que reinava entre eles.
Em suma: para avaliar o mundo e tomar decisões, observe o que as pessoas fazem, e não apenas o que dizem. Em caso de incongruência, aposte nos atos!
E como se diz por aí: para conhecer alguém a fundo, precisamos ter tempo de comer um saco de sal. Ou seja, observe um episódio, e também outros tantos quanto oportunidades você tiver.
Fonte: Site Vya Estelar
"Em suma: para avaliar o mundo e tomar decisões, observe o que as pessoas fazem, e não apenas o que dizem. Em caso de incongruência, aposte nos atos!" Um casal estava em “pé de guerra”, e buscaram terapia. A tensão e a agressividade verbal entre eles eram tão intensas que precisei fazer algumas sessões em separado com o marido e a mulher.
Assim, cada um poderia me contar o que pensava, sem a censura do outro. Devagar, em clima mais ameno, retomamos depois o contato a três. Eu dissera à esposa que temia pelo futuro da relação conjugal, que casais assim estão a um passo de se separarem. A resposta dela me chamou a atenção: “Pode ser, a situação entre nós está mesmo horrível, mas eu acho que temos esperança porque se um marido quer sair de casa e só pensa na separação prá que ele iria ao Ceasa, comprar mudas e sementes pra arrumar nosso jardim?”. Dei alguma razão a ela e o rumo subsequente da terapia mostrou haver luz ao final do túnel.
Esse é o ponto: prestar atenção ao que se diz ou ao que se faz? Há outro exemplo que pode nos ajudar.
A história me foi narrada por um amigo, que foi em busca de atendimento médico num hospital público. Numa tarde de Carnaval uma senhora, em estado aparentemente grave, com ferimentos múltiplos, deu entrada no Pronto Socorro. Estava acompanhada da vizinha e de policiais. Esses perguntaram ao médico que ferimentos eram aqueles. Segundo lhes foi dito, as lesões deveriam ter sido causadas por uma machadinha ou instrumento similar. Autorizados pelo médico, os policiais perguntaram à paciente se ela sabia quem havia lhe atacado. A resposta deixou a todos perplexos: “Foi fulano, mas eu sei que ele me ama”.
Estou tecendo considerações com base apenas em hipóteses. Mas a história (bem triste, por sinal) me pareceu revelar que a vítima talvez tivesse aprendido a se guiar por palavras, os atos do marido não serviam de pistas para ela fazer julgamentos mais acertados. Quantas vezes ele a teria agredido, com atos ou palavras, antes daquele feroz ataque? E outras quantas vezes ele proferiu palavras de amor, ou pediu perdão por desatinos quaisquer?
Alguém que diz adorar livros e nunca se põe a ler talvez esteja falando ao interlocutor o que supõe que seja socialmente esperado. No entanto, o comportamento da pessoa no mundo real demonstraria a pouca correspondência entre o que diz e o que faz. Quando pesquisadas, muita gente defende o uso dos preservativos nas relações sexuais. Mas, de fato, quantas usam? São pistas relevantes os índices de gravidez não planejada, os abortos feitos em abjetas condições e o crescimento do número de indivíduos acometidos por doenças sexualmente transmitidas.
O que desejo comentar é apenas isso: não podemos nos fiar naquilo que alguém diz. Observar os atos nos informa de modo mais preciso sobre a pessoa com quem nos relacionamos.
Uma jovem desistiu de um namoro logo ao primeiro mês. Perguntada pelos motivos, contou que ele a tratava com cortesia, cheio de palavras doces e atos galanteadores, mas que no período de um mês tinha visto o moço maltratar garçons, beber demais numa festa e querer dirigir, tentar subornar guarda na estrada, falar muito mal de ex-namorada e reclamar da pensão de alimentos que pagava ao filho único. Isto selou o fim do relacionamento, a despeito do clima de lua de mel que reinava entre eles.
Em suma: para avaliar o mundo e tomar decisões, observe o que as pessoas fazem, e não apenas o que dizem. Em caso de incongruência, aposte nos atos!
E como se diz por aí: para conhecer alguém a fundo, precisamos ter tempo de comer um saco de sal. Ou seja, observe um episódio, e também outros tantos quanto oportunidades você tiver.
Fonte: Site Vya Estelar
sábado, 25 de setembro de 2010
Um guerreiro não morre (Artigo sobre o Seu Araújo)
Não consegui lhe ver, mestre Araújo, naquela urna cheia de pétalas brancas. Apurei mais a vista. Prestei mais atenção. Não. Você não estava ali. José Araújo de Castro nasceu em Crateús e disso ele se orgulhava. Falava do Rio Poti com ternura e medo. Lembrava as cheias, quase levando tudo. E a fartura que espalhava pelo sertão. Depois a cidade grande, Fortaleza, onde veio tentar a vida. Sempre morou no bairro de Otávio Bonfim, junto aos frades franciscanos. Pouca gente sabe, mas a raiz mais profunda de Araújo era a fé cristã. Se ele não estivesse em casa, era porque tinha saído para alguma reunião ou reza na Igreja de Nossa Senhora das Dores.
Mas sua grande paixão mesmo era a família. A esposa Maria dos Anjos que ele chamava carinhosamente de “minha nega”. E, amor quase igual, à filha Ana Paula. Os olhos do homem brilhavam quando falava da carreira extraordinária da filha como advogada e professora universitária. Com a esposa, trocava conversas e escondia as doenças. Não queria preocupá-la.
O sentimento público o fez político. Ganhou todas as eleições em que se apresentou como candidato. Vinha dos tempos da resistência democrática, o Modebra. Na época, ele não podia se manifestar brizolista. Dava cadeia. Depois, criado o PDT, foi pioneiro no Ceará. Tornou-se o eterno secretário geral. Conhecia toda a estrutura do partido e toda a legislação eleitoral. Por extrema modéstia, preferia agir nos bastidores, sem arrogância.
Nunca largou o bastão. Virou símbolo do partido. Mas o tempo foi enfraquecendo o corpo/carcaça do velho militante. O PDT foi perdendo o ímpeto, virando uma sigla de aluguel. Isso jamais abalou as suas convicções. Estava sempre encontrando alento para resistir e não se entregar.
Mestre, em verdade, eu não lhe vi ali, naquele caixão. Não é possível... Um homem como você não morre, se encanta. As sementes são feitas para gerar o amanhã.
Fonte :Jornal O POVO 25/09
Autor - Antonio Mourão Cavalcante - Médico, antropólogo e professor universitário
a_mourao@hotmail.com
Mas sua grande paixão mesmo era a família. A esposa Maria dos Anjos que ele chamava carinhosamente de “minha nega”. E, amor quase igual, à filha Ana Paula. Os olhos do homem brilhavam quando falava da carreira extraordinária da filha como advogada e professora universitária. Com a esposa, trocava conversas e escondia as doenças. Não queria preocupá-la.
O sentimento público o fez político. Ganhou todas as eleições em que se apresentou como candidato. Vinha dos tempos da resistência democrática, o Modebra. Na época, ele não podia se manifestar brizolista. Dava cadeia. Depois, criado o PDT, foi pioneiro no Ceará. Tornou-se o eterno secretário geral. Conhecia toda a estrutura do partido e toda a legislação eleitoral. Por extrema modéstia, preferia agir nos bastidores, sem arrogância.
Nunca largou o bastão. Virou símbolo do partido. Mas o tempo foi enfraquecendo o corpo/carcaça do velho militante. O PDT foi perdendo o ímpeto, virando uma sigla de aluguel. Isso jamais abalou as suas convicções. Estava sempre encontrando alento para resistir e não se entregar.
Mestre, em verdade, eu não lhe vi ali, naquele caixão. Não é possível... Um homem como você não morre, se encanta. As sementes são feitas para gerar o amanhã.
Fonte :Jornal O POVO 25/09
Autor - Antonio Mourão Cavalcante - Médico, antropólogo e professor universitário
a_mourao@hotmail.com
sexta-feira, 24 de setembro de 2010
APRENDER SEMPRE FOI O CAMINHO DA EVOLUÇÃO HUMANA
Durante todo o passado da humanidade, os grandes momentos de evolução sempre foram aqueles onde as pessoas faziam descobertas e, no futuro, não será diferente.
Toda descoberta transformadora vem com o aprendizado, do entendimento de determinados assuntos e comportamentos. Aprender sempre foi e será a missão das pessoas. Quando não estamos preparados para aprender, não estamos preparados para viver.
Somos movidos pelo conhecimento até onde nossos sonhos nos levam. Quando surgiu o programa PowerPoint, fiz o curso para utilizá-lo em minhas apresentações.
Ao meu lado estudava o Sr. Carvalho, de 75 anos de idade. Perguntei a ele a razão de estar fazendo aquele curso de programas para computadores, e ele respondeu:
- “Logo, logo, meus netos vão dominar esta máquina. Gosto muito de brincar com eles e não quero que pensem que sou ultrapassado. Eles são muito importantes para mim e, mesmo no exercício do amor, precisamos desenvolver competências para melhorar o convívio...”.
O aprendizado nos coloca numa posição de visão ampliada sobre determinados assuntos, nos permite ter uma noção privilegiada de nossas escolhas e decisões. Quem faz opções baseadas em um maior número de informações, certamente fará a opção mais próxima do que realmente importa em sua vida.
Até mesmo o silêncio nos faz aprender algo, pois sempre existe algo a conhecer; sempre existe algo a ser descoberto. Somos um eterno mistério que somente através do aprendizado pode ser percorrido e vivenciado de maneira positiva. A voz do Universo sempre deseja que algo seja mostrado para incentivar nossa vontade de crescer; a voz do Universo é um eterno sinal de aprendizado, mas é necessário que nossos olhos e coração permitam que esta voz ecoe em nossas vidas. Sempre existe um aprendizado, até mesmo quando achamos que não estamos aprendendo nada.
O aprender é a chama que nos mantêm vivos e à busca de novas oportunidades. Viver aprendendo, ou ensinando algo a alguém, é a forma que temos de passar pelo mundo deixando nossa marca, aprendendo o máximo que pudermos e repassando às pessoas que estão ao nosso redor. Seja uma simples oração até o mais complexo exercício de matemática. Aprender é vida e, com o aprendizado, a evolução da espécie humana estará acompanhando a evolução dos tempos e não ficando estagnada, como se estivéssemos na idade da pedra lascada.
Aprenda sempre. Com os mais velhos que têm muito a ensinar: com os filhos e pares que ensinarão os mistérios do amor; e, principalmente, com o Ser Supremo, que lhe mostrará sua missão nesta passagem terrena. Aproveite seu tempo!
Cesar Romão
www.cesarromao.com.br
quinta-feira, 23 de setembro de 2010
DÉFICIF DA ATENÇÃO (DDA)
O DDA ocorre como resultado de uma disfunção neurológica no córtex pré-frontal. Quando pessoas que têm DDA tentam se concentrar, a atividade do córtex pré-frontal diminui, ao invés de aumentar (como nos sujeitos do grupo de controle de cérebros normais). Assim sendo, pessoas que sofrem de DDA mostram muitos dos sintomas discutidos nesse capítulo, como fraca supervisão interna, pequeno âmbito de atenção, distração, desorganização, hiperatividade (apesar de que só metade das pessoas com DDA sejam hiperativas), problemas de controle de impulso, dificuldade de aprender com erros passados, falta de previsão e adiamento.
O DDA tem sido de particular interesse para mim nos últimos 15 anos. A propósito, dois dos meus três filhos têm essa síndrome. Eu digo às pessoas que entendo mais de DDA do que gostaria. Através de uma pesquisa feita com SPECT na minha clínica, com imagens cerebrais e trabalho genético feito por outras, descobrimos que o DDA é basicamente uma disfunção geneticamente herdada do córtex pré-frontal, devido, em parte, a uma deficiência do neurotransmissor dopamina.
Aqui estão algumas das características comuns do DDA, que claramente ligam essa doença ao córtex pré-frontal.
Quanto mais você tenta, pior fica
A pesquisa mostrou que quanto mais as pessoas que têm DDA tentam se concentrar, pior para elas. A atividade no córtex pré-frontal, na verdade, desliga, ao invés de ligar. Quando um pai, professor, supervisor ou gerente põe mais pressão na pessoa que tem DDA, para que ela melhore seu desempenho, ela se torna menos eficiente. Muitas vezes, quando isso acontece, o pai, o professor ou chefe interpretam o ocorrido como um decréscimo de performance, ou má conduta proposital, e daí surgem problemas sérios. Um homem com DDA de quem eu tratei disse-me que sempre que seu chefe o pressionava para que fizesse um trabalho melhor, seu desempenho piorava muito, ainda que estivesse tentando melhorar. A verdade é que quase todos nós nos saímos melhor com elogios. Eu descobri que isso é essencial para pessoas com DDA. Quando o chefe as estimula a fazer melhor de modo positivo, elas se tornam mais produtiva. Quando se é pai, professor ou supervisor de alguém com DDA, funciona muito mais usar elogio e estímulo do que pressão. Pessoas com DDA saem-se melhor em ambientes que sejam altamente interessantes ou estimulantes e relativamente tranqüilos.
Pequeno âmbito de atenção
Um âmbito de atenção pequeno é a identificação desse distúrbio. Pessoas que sofrem de DDA têm dificuldade de manter a atenção e o esforço durante períodos de tempo prolongados. Sua atenção tende a vagar e freqüentemente se desligam da tarefa, pensando ou fazendo coisas diferentes da tarefa a ser realizada. Ainda assim, uma das coisas que muitas vezes enganam clínicos inexperientes ao tratar desse distúrbio é que as pessoas com DDA não têm um âmbito pequeno de atenção para tudo. Freqüentemente, pessoas que sofrem de DDA conseguem prestar muita atenção em coisas que são bonitas, novas, novidades, coisas altamente estimulantes, interessantes ou assustadoras. Essas coisas oferecem uma estimulação intrínseca suficiente a ponto de ativarem o córtex pré-frontal, de modo que a pessoa consiga focalizar e se concentrar. Uma criança com DDA pode se sair muito bem em uma situação interpessoal e desmoronar completamente em uma sala de aula com 30 crianças. Meu filho que tem DDA, por exemplo, costumava levar quatro horas para fazer um dever de casa que levaria meia hora, muitas vezes se desligando da tarefa. Mas se você lhe der uma revista sobre estéreo de carros, ele a lê rapidamente de cabo a rabo e se lembra de cada detalhe. Pessoas com DDA têm dificuldade em prestar atenção por muito tempo em assuntos longos, comuns, rotineiros e cotidianos, como lição de casa, trabalho de casa, tarefas simples ou papelada. O terreno é terrível e uma opção nada desejável para elas. Elas precisam de excitação e interesse para acionar suas funções do córtex pré-frontal.
Muitos casais adultos me dizem que, no começo de seu relacionamento, o parceiro com DDA adulto conseguia prestar atenção à outra pessoa durante horas. O estímulo de um novo amor ajudava-o a se concentrar. Mas quando a "novidade" e a excitação do relacionamento começavam a diminuir (como acontece com quase todos os relacionamentos), a pessoa com DDA tinha muito mais dificuldade em prestar atenção e sua capacidade de escutar falhava.
Distração
Como já mencionei acima, o córtex pré-frontal manda sinais inibitórios para outras áreas do cérebro, sossegando os dados advindos do meio, de modo que você possa se concentrar. Quando o córtex pré-frontal está com hipoatividade, ele não desencoraja adequadamente as partes sensoriais do cérebro e, como resultado, estímulos em demasia bombardeiam o cérebro. A distração fica evidente em muitos locais diferentes para uma pessoa com DDA. Na classe, durante reuniões, ou enquanto ouve um parceiro, a pessoa com DDA tende a perceber outras coisas que estão acontecendo e tem dificuldade em se concentrar na questão que está sendo tratada. As pessoas que têm DDA tendem a olhar pelo quarto, desligar-se, parecer aborrecidas, esquecer-se de para onde vai a conversa e interrompê-la com uma informação totalmente fora do assunto. A distração e o pequeno âmbito de atenção podem também fazer com que elas levem muito mais tempo para completar seu trabalho.
Impulsividade
A falta de controle do impulso faz com que muitas pessoas que têm DDA se metam em enrascadas. Elas podem dizer coisas inadequadas para os pais, amigos, professores, outros empregados, ou clientes. Uma vez eu tive um paciente que foi despedido de 13 empregos, porque tinha dificuldade em controlar o que dizia. Ainda que realmente quisesse manter vários dos empregos, de repente punha para fora o que estava pensando, antes de ter a oportunidade de processar o pensamento. Decisões mal pensadas são ligados à impulsividade. Em vez de pensar bem no problema, muitas pessoas que sofrem de DDA querem uma solução imediata e acabam agindo sem pensar. De modo similar, a impulsividade faz com que essas pessoas tenham dificuldade de passar pelos canais estabelecidos do trabalho. Elas freqüentemente vão direto ao topo para resolver os problemas, em vez de seguir o sistema. Isso pode causar ressentimento dos colegas e supervisores imediatos. A impulsividade pode também levar a condutas problemáticas como mentir (diz a primeira coisa que vem a cabeça), roubar, Ter casos e gastar em excesso. Eu tratei de muitas pessoas com DDA que sofriam da vergonha e da culpa oriundas desses comportamentos.
Nas minhas palestras costumo freqüentemente perguntar ao público: "Quantas pessoas aqui são casadas?". Uma grande porcentagem da platéia levanta as mãos. Depois eu pergunto: "É útil dizer tudo o que pensa em seu casamento?". O público ri, porque todos sabem a resposta. "Claro que não", eu continuo. "Os relacionamentos requerem tato." Mesmo assim, devido à impulsividade e à falta de pensar antes de agir, muitas pessoas que têm DDA dizem a primeira coisa que vem à mente. E, em vez de pedir desculpas por terem dito uma coisa que magoou, muitas tentam justificar por que fizeram a observação que magoou, só piorando as coisas. Um comentário impulsivo pode estragar uma noite agradável, um fim de semana, ou mesmo um casamento inteiro."
A busca do conflito
Muitas pessoas que sofrem de DDA inconscientemente buscam o conflito como uma maneira de estimular seu próprio córtex pré-frontal. Eles não sabem que fazem isso. Não planejaram fazer isso. Negam que fazem isso. E ainda assim o fazem. A relativa falta de atividade e estímulo do córtex pré-frontal anseia por mais atividade. Entrar em hiperatividade, desassossego, e ficar cantarolando são formas de auto-estimulação. Outro modo de as pessoas com DDA "tentarem ligar seus cérebros" é provocando confusão. Se elas conseguem que seus pais ou cônjuges tornem-se agitados ou gritem com elas, isso pode aumentar a atividade de seus lobos frontais e ajudá-las a sentirem-se mais sintonizadas. Novamente este não é um fenômeno consciente. Mas parece que muitas pessoas que têm DDA ficam viciadas em confusão.
Uma vez tratei de um homem que ficava quieto atrás de um canto de sua casa e pulava de repente para assustar sua esposa na hora em que ela fosse entrar. Ele gostava da mudança que obtinha com os gritos dela. Infelizmente para sua esposa, ela ficou com arritmia, devido aos sustos repetidos. Tratei de muitos adultos e crianças com DDA que pareciam sentir-se motivados fazendo seus animais de estimação ficar bravos, fazendo brincadeiras irritantes ou provocando-os.
Os pais de crianças com DDA comumente relatam que seus filhos são peritos em deixá-los bravos. Uma mãe me contou que, quando ela acorda de manhã, ela promete que não vai gritar nem ficar brava com seu filho de oito anos. Ainda assim, invariavelmente, na hora que ele vai para escola, já ouve pelo menos três brigas e os dois se sentem péssimos. Quando expliquei à mãe sobre a necessidade inconsciente que a criança tem de estimulação, ela parou de gritar com ele. Quando os pais param de oferecer estimulação negativa (gritos, surras, sermões, etc), diminui o comportamento negativo dessas crianças. Sempre que você se sentir como esses pais, pare e fale o mais suavemente que possa. Desse modo, você está ajudando seu filho a largar o vício de arranjar confusão e ao mesmo tempo colaborando para baixar sua própria pressão sangüínea.
Outra conduta de auto-estimulação comum em pessoas que têm DDA é se preocupar com ou se concentrar em problemas. O tumulto emocional gerado pela preocupação ou por estar aborrecido produz agentes químicos de estresse, que mantêm o cérebro ativo. Uma vez tratei de uma mulher que tinha depressão e DDA. Ela começava cada sessão me dizendo que iria se matar. Ela percebia que isso me deixava ansioso e parecia gostar de me dar os detalhes mórbidos de como o faria. Depois de conhecê-la bem, eu lhe disse: "Pare de falar em suicídio. Eu não acredito que você vá se matar. Você ama seus quatro filhos e não posso acreditar que os abandonaria. Acho que você usa essa conversa como uma maneira de criar agitação. Sem que você saiba, seu DDA faz com que você brinque de ‘Vamos criar um problema’. Isso estraga qualquer alegria que você possa Ter em sua vida". No começo, ela ficou muito zangada comigo (outra fonte de conflito, eu disse a ela), mas confiava em mim o suficiente para, no mínimo, observar seu próprio comportamento. Diminuir sua necessidade de criar caso tornou-se o foco maior da psicoterapia.
Um problema significativo do uso da raiva, tumulto emocional e emoção negativa para auto-estimulação é isso que é danoso ao sistema imunológico. Os altos níveis de adrenalina produzidos pelo comportamento direcionado ao conflito diminuem a eficácia do sistema imunológico e aumentam a vulnerabilidade à doença. Eu vi provas dessa deficiência muitas e muitas vezes, na conexão entre o DDA e infeções crônicas e na maior incidência de fibromialgia, dor muscular crônica que se considera associada à imunodeficiência.
Muitas pessoas que têm DDA tendem a se meter em brigas constantes com uma ou mais pessoas, em casa, no trabalho ou na escola. Elas parecem escolher inconscientemente pessoas que são vulneráveis e travam batalhas verbais com elas. Muitas mães de filhos com DDA me disseram que tinham vontade de fugir de casa. Elas não agüentavam o tumulto constante de suas relações com as crianças com DDA. Muitas crianças e adultos com DDA têm tendência de deixar os outros sem graça por pouca ou nenhuma razão, o que conseqüentemente faz com que suas "vítimas" se distanciem deles e isso pode resultar em isolamento social. Elas podem ser os palhaços da classe na escola, ou os espertinhos no trabalho. Witzelsucht é o termo que a literatura da neuropsiquiatria usa para caracterizar "o vício em fazer brincadeiras de mau gosto". Esse vício foi descrito inicialmente em pacientes que tinham tumores no lobo frontal, especialmente do lado direito.
Desorganização
Desorganização é outro marco importante do DDA. A desorganização inclui tanto o espaço físico, como salas, escrivaninhas, malas, gabinetes de arquivo e armários, quanto o tempo. Freqüentemente quando se olha para as áreas de trabalho de pessoas com DDA, é admirar que possam trabalhar ali. Elas tendem a Ter muitas pilhas de "coisas"; a papelada é algo que freqüentemente elas têm muita dificuldade de organizar; e parece que têm um sistema de arquivo que só elas podem entender (e mesmo assim só nos dias bons). Muitas pessoas com DDA têm atrasos crônicos ou adiam as coisas até o último momento. Eu tive vários pacientes que compraram sirenes de companhias de segurança para ajudá-los a acordar. Imagine o que deviam pensar os vizinhos! Essas pessoas também tendem a perder a noção do tempo, o que contribui para que se atrasem.
Começam muitos projetos, mas terminam poucos
A energia e o entusiasmo de pessoas com DDA muitas vezes as leva a começar muitos projetos. Infelizmente, pelo fato de serem distraídas e dado o seu pequeno âmbito de atenção, prejudicam sua capacidade de completá-los. Um gerente de uma estação de rádio me disse que ele começara cerca de 30 projetos especiais no ano anterior, mas havia completado uns poucos apenas. Ele me disse: "Estou sempre voltando para eles, mas tenho novas idéias que acabam atrapalhando". Também tratei de um professor que me disse que, no ano anterior ao que veio me consultar, ele começara 300 projetos diferentes. Sua esposa terminou seu pensamento dizendo que ele completara somente três.
Mau humor e pensamento negativo
Muitas pessoas com DDA tendem a ser mal-humoradas, irritadiças e negativas. Como o córtex pré-frontal está pouco ativo, ele não pode moderar totalmente o sistema límbico, que fica hiperativo, levando a problemas no controle do humor. De outro modo sutil, como já mencionado, muitas pessoas com DDA preocupam-se com ou ficam superconcentradas em pensamentos negativos, como uma forma de auto-estimulação. Se não conseguem arrumar confusão com os outros no meio ambiente, buscam isso dentro de si mesmas. Elas freqüentemente têm uma atitude do tipo "o mundo está acabando", o que as distancia dos outros.
Antes o DDA era considerado um distúrbio de garotos hiperativos que o superariam antes da puberdade. Sabemos agora que a maioria das pessoas que têm DDA não supera os sintomas do distúrbio e que este, freqüentemente, ocorre em meninas e mulheres. Calcula-se que o DDA afete 17 milhões de norte-americanos.
LISTA DE CHECAGEM DO CÓRTEX PRÉ-FRONTAL
Aqui está uma lista de checagem do córtex pré-frontal. Por favor, leia essa lista de comportamentos e classifique-se (ou à pessoas que você estiver avaliando) em cada comportamento catalogado. Use a escala e coloque o número apropriado ao lado do item. Cinco ou mais sintomas com a nota 3 ou 4 indicam grande probabilidade de problemas no córtex pré-frontal.
0 = nunca
1 = raramente
2 = ocasionalmente
3 = freqüentemente
4 = muito freqüentemente
1. Incapacidade de prestar atenção a detalhes ou evitar erros por falta de cuidado
2. Problema em manter a atenção em situações de rotina (dever de casa, tarefas, papelada, etc.)
3. Dificuldade em ouvir
4. Incapacidade de terminar coisas, seguimento insuficiente
5. Falha na organização de tempo e espaço
6. Distração
7. Pouca habilidade de planejamento
8. Falta de objetivos definidos ou de pensar no futuro
9. Dificuldade em expressar os sentimentos
10. Dificuldade em expressar solidariedade pelos outros
11. Excessivo sonhar acordado
12. Tédio
13. Apatia ou falta de motivação
14. Letargia
15. Sentimento de vazio de estar "em uma neblina"
16. Desassossego ou dificuldade de ficar parado
17. Dificuldade de permanecer sentado em situações em que se espera que a pessoa fique sentada
18. Busca de conflito
19. Falar demais ou de menos
20. Dar rápido a resposta, antes de as perguntas terem sido completadas
21. Dificuldade em esperar sua vez
22. Interrupção dos outros ou intromissão (por exemplo: meter-se em conversas ou jogos)
23. Impulsividade (dizer ou fazer coisas sem pensar antes)
24. Dificuldade de aprender pela experiência, tendência para cometer erros repetitivos
RECEITA CPF 8:
NÃO SEJA O ESTIMULANTE DE OUTRA PESSOA
Como eu já mencionei, muitas pessoas com problemas no córtex pré-frontal tendem a procurar conflito para estimular seu cérebro. É de máxima importância que você não alimente a tormenta, mas, pelo contrário, deixe-a passar fome. Quanto mais alguém com esse padrão inadvertidamente tenta deixá-lo aborrecido ou bravo, mais você precisa ficar quieto, calmo e firme. Eu ensino os pais de filhos com DDA a deixar de gritar. Quanto mais eles gritam e aumentam a intensidade emocional na família, mais as crianças vão procurar confusão. Eu também ensino irmãos e cônjuges a manter a voz baixa e uma conduta calma. Quanto mais a pessoa com DDA tentar tumultuar a situação, menos intensa deve ser a reação do outro.
É fascinante mostrar como essas receitas funcionam. Em geral, as pessoas que buscam conflitos estão acostumadas a conseguir que você se aborreça. Elas conhecem perfeitamente todos os seus pontos emocionais frágeis, e os cutucam com regularidade. Quando você começa a negar-lhes o drama e a adrenalina (reagindo menos e de modo mais calmo em situações de estresse), essas pessoas inicialmente reagem muito negativamente, quase como se estivessem com uma crise de abstinência de droga. Na verdade, quando você fica mais calmo pela primeira vez, elas podem até tentar piorar as coisas, a curto prazo. Mantenha-se firme e elas vão melhorar a longo prazo.
Não grite.
Quanto mais a voz dela aumenta, mais sua voz deve diminuir.
Se você sente a situação começar a sair do controle, dê um tempo. Dizer que você precisa ir ao banheiro pode ser uma boa receita. Provavelmente a pessoa não vai tentar impedi-lo. Pode ser uma boa idéia Ter um livro grosso em mãos, caso a pessoa esteja realmente transtornada e você precise se afastar por um longo período.
Use de humor (mas não humor sarcástico ou bravo) para apaziguar a situação.
Seja um bom ouvinte.
Diga que você quer entender e trabalhar a situação, mas só pode fazer isso quando as coisas estiverem tranqüilas.
RECEITA CPF 10:
OBSERVE A NUTRIÇÃO DO CÓRTEX PRÉ-FRONTAL
A intervenção nutritiva pode ser especialmente útil nessa parte do cérebro. Durante anos recomendei uma dieta alta em proteínas e baixa em carboidratos, relativamente de pouca gordura para meus pacientes com DDA. Essa dieta tem um efeito estabilizador nos níveis de açúcar no sangue e ajuda tanto no nível de energia quanto na concentração. Infelizmente, a grande dieta norte-americana é cheia de carboidratos refinados, que tem um efeito negativo nos níveis de dopamina no cérebro e na concentração. Com ambos os pais trabalhando fora de casa, há menos tempo para preparar refeições saudáveis e refeições fast-food tornaram-se mais comuns. O café da manhã de hoje consiste tipicamente de alimentos que têm muitos carboidratos simples, como waffles congelados ou panquecas. Tortas, bolinhos, doces e cereais. A salsicha e os ovos foram deixados de lado em muitas casas, devido à falta de tempo e à idéia de que a gordura faz mal. Ainda que seja importante ser cuidadoso na ingestão de gordura, o café da manhã antigo não é uma idéia tão má para as pessoas que têm DDA ou outros estados onde a dopamina seja insuficiente.
As melhores fontes de proteína que eu recomendo são as carnes magras, ovos, queijos magros, nozes e legumes, que ficam mais equilibradas com uma porção saudável de vegetais. Um café da manhã ideal consiste de uma omelete com queijo magro e carne magra, como a de frango. Um almoço ideal consiste de atum, frango ou salada de peixe fresco, com legumes mistos. Um jantar ideal contém mais carboidratos, para equilibrar a refeição com carne magra e legumes. Eliminar açucares simples (como nos bolos, doces, sorvetes e guloseimas) e carboidratos simples, que são prontamente quebrados em açúcar (como pão, massa, arroz e batatas), terá um impacto positivo no nível de energia e aquisição de conhecimento. Essa dieta ajuda a elevar os níveis de dopamina no cérebro. É importante observar, no entanto, que essa dieta não é ideal para pessoas com problemas no cíngulo ou de concentração excessiva, que geralmente se originam de uma relativa deficiência de serotonina. Os níveis de serotonina aumenta, a dopamina tende a decrescer e vice-versa.
Suplementos nutritivos podem também surtir efeito positivo nos níveis de dopamina do cérebro e melhoram o foco e a energia. Eu freqüentemente faço meus pacientes tomar uma combinação de tirosina (500 a 1.500 miligramas duas ou três vezes ao dia); sementes de uva OPC (oligomeric procyanidius) ou casca de pinho, encontradas em lojas de produtos naturais (meio miligrama por quilo do peso do corpo); e gingko biloba (60 a 120 miligramas duas vezes ao dia). Esses suplementos ajudam a aumentar o fluxo de dopamina e o fluxo sangüíneo no cérebro e muitos dos meus pacientes relatam que eles ajudam na energia, na concentração e no controle de impulso. Se quiser tentar esses suplementos, fale com seu médico.
RECEITA CPF 11:
TENTE O FOCO MOZART
Um estudo controlado descobriu que ouvir Mozart ajudava crianças com DDA. Rosalie Rebollo Pratt e colegas estudaram 19 crianças com DDA, entre os sete e dezessete anos. Eles tocavam discos de Mozart para as crianças, três vezes por semana, durante sessões de biofeedback de ondas cerebrais. Eles colocavam o 100 Masterpieces , volume 3, que incluía o Concerto para Piano n.º 21 em dó, O Casamento de Fígaro , o Concerto para Flauta n.º 2 em lá, Don Giovanni e outros concertos e sonatas. O grupo que ouvia Mozart reduzia sua atividade de ondas cerebrais teta (ondas lentas que são freqüentemente excessivas no DDA) ao ritmo exato do compasso subjacente da música; e exibia melhora de concentração e controle de humor, diminuindo a impulsividade e aumentando a habilidade social. Entre os sujeitos que melhoraram, 70 por cento mantiveram essa melhora seis meses depois do fim do estudo e sem treinamento posterior. (Estas descobertas foram publicadas no International Journal of Arts Medicine, 1995.)
Do livro: Transforme seu cérebro, transforme sua vida.
Daniel G. Amen, M.D. - Editora Mercuryo
Fonte: www.metas.com.br
O DDA tem sido de particular interesse para mim nos últimos 15 anos. A propósito, dois dos meus três filhos têm essa síndrome. Eu digo às pessoas que entendo mais de DDA do que gostaria. Através de uma pesquisa feita com SPECT na minha clínica, com imagens cerebrais e trabalho genético feito por outras, descobrimos que o DDA é basicamente uma disfunção geneticamente herdada do córtex pré-frontal, devido, em parte, a uma deficiência do neurotransmissor dopamina.
Aqui estão algumas das características comuns do DDA, que claramente ligam essa doença ao córtex pré-frontal.
Quanto mais você tenta, pior fica
A pesquisa mostrou que quanto mais as pessoas que têm DDA tentam se concentrar, pior para elas. A atividade no córtex pré-frontal, na verdade, desliga, ao invés de ligar. Quando um pai, professor, supervisor ou gerente põe mais pressão na pessoa que tem DDA, para que ela melhore seu desempenho, ela se torna menos eficiente. Muitas vezes, quando isso acontece, o pai, o professor ou chefe interpretam o ocorrido como um decréscimo de performance, ou má conduta proposital, e daí surgem problemas sérios. Um homem com DDA de quem eu tratei disse-me que sempre que seu chefe o pressionava para que fizesse um trabalho melhor, seu desempenho piorava muito, ainda que estivesse tentando melhorar. A verdade é que quase todos nós nos saímos melhor com elogios. Eu descobri que isso é essencial para pessoas com DDA. Quando o chefe as estimula a fazer melhor de modo positivo, elas se tornam mais produtiva. Quando se é pai, professor ou supervisor de alguém com DDA, funciona muito mais usar elogio e estímulo do que pressão. Pessoas com DDA saem-se melhor em ambientes que sejam altamente interessantes ou estimulantes e relativamente tranqüilos.
Pequeno âmbito de atenção
Um âmbito de atenção pequeno é a identificação desse distúrbio. Pessoas que sofrem de DDA têm dificuldade de manter a atenção e o esforço durante períodos de tempo prolongados. Sua atenção tende a vagar e freqüentemente se desligam da tarefa, pensando ou fazendo coisas diferentes da tarefa a ser realizada. Ainda assim, uma das coisas que muitas vezes enganam clínicos inexperientes ao tratar desse distúrbio é que as pessoas com DDA não têm um âmbito pequeno de atenção para tudo. Freqüentemente, pessoas que sofrem de DDA conseguem prestar muita atenção em coisas que são bonitas, novas, novidades, coisas altamente estimulantes, interessantes ou assustadoras. Essas coisas oferecem uma estimulação intrínseca suficiente a ponto de ativarem o córtex pré-frontal, de modo que a pessoa consiga focalizar e se concentrar. Uma criança com DDA pode se sair muito bem em uma situação interpessoal e desmoronar completamente em uma sala de aula com 30 crianças. Meu filho que tem DDA, por exemplo, costumava levar quatro horas para fazer um dever de casa que levaria meia hora, muitas vezes se desligando da tarefa. Mas se você lhe der uma revista sobre estéreo de carros, ele a lê rapidamente de cabo a rabo e se lembra de cada detalhe. Pessoas com DDA têm dificuldade em prestar atenção por muito tempo em assuntos longos, comuns, rotineiros e cotidianos, como lição de casa, trabalho de casa, tarefas simples ou papelada. O terreno é terrível e uma opção nada desejável para elas. Elas precisam de excitação e interesse para acionar suas funções do córtex pré-frontal.
Muitos casais adultos me dizem que, no começo de seu relacionamento, o parceiro com DDA adulto conseguia prestar atenção à outra pessoa durante horas. O estímulo de um novo amor ajudava-o a se concentrar. Mas quando a "novidade" e a excitação do relacionamento começavam a diminuir (como acontece com quase todos os relacionamentos), a pessoa com DDA tinha muito mais dificuldade em prestar atenção e sua capacidade de escutar falhava.
Distração
Como já mencionei acima, o córtex pré-frontal manda sinais inibitórios para outras áreas do cérebro, sossegando os dados advindos do meio, de modo que você possa se concentrar. Quando o córtex pré-frontal está com hipoatividade, ele não desencoraja adequadamente as partes sensoriais do cérebro e, como resultado, estímulos em demasia bombardeiam o cérebro. A distração fica evidente em muitos locais diferentes para uma pessoa com DDA. Na classe, durante reuniões, ou enquanto ouve um parceiro, a pessoa com DDA tende a perceber outras coisas que estão acontecendo e tem dificuldade em se concentrar na questão que está sendo tratada. As pessoas que têm DDA tendem a olhar pelo quarto, desligar-se, parecer aborrecidas, esquecer-se de para onde vai a conversa e interrompê-la com uma informação totalmente fora do assunto. A distração e o pequeno âmbito de atenção podem também fazer com que elas levem muito mais tempo para completar seu trabalho.
Impulsividade
A falta de controle do impulso faz com que muitas pessoas que têm DDA se metam em enrascadas. Elas podem dizer coisas inadequadas para os pais, amigos, professores, outros empregados, ou clientes. Uma vez eu tive um paciente que foi despedido de 13 empregos, porque tinha dificuldade em controlar o que dizia. Ainda que realmente quisesse manter vários dos empregos, de repente punha para fora o que estava pensando, antes de ter a oportunidade de processar o pensamento. Decisões mal pensadas são ligados à impulsividade. Em vez de pensar bem no problema, muitas pessoas que sofrem de DDA querem uma solução imediata e acabam agindo sem pensar. De modo similar, a impulsividade faz com que essas pessoas tenham dificuldade de passar pelos canais estabelecidos do trabalho. Elas freqüentemente vão direto ao topo para resolver os problemas, em vez de seguir o sistema. Isso pode causar ressentimento dos colegas e supervisores imediatos. A impulsividade pode também levar a condutas problemáticas como mentir (diz a primeira coisa que vem a cabeça), roubar, Ter casos e gastar em excesso. Eu tratei de muitas pessoas com DDA que sofriam da vergonha e da culpa oriundas desses comportamentos.
Nas minhas palestras costumo freqüentemente perguntar ao público: "Quantas pessoas aqui são casadas?". Uma grande porcentagem da platéia levanta as mãos. Depois eu pergunto: "É útil dizer tudo o que pensa em seu casamento?". O público ri, porque todos sabem a resposta. "Claro que não", eu continuo. "Os relacionamentos requerem tato." Mesmo assim, devido à impulsividade e à falta de pensar antes de agir, muitas pessoas que têm DDA dizem a primeira coisa que vem à mente. E, em vez de pedir desculpas por terem dito uma coisa que magoou, muitas tentam justificar por que fizeram a observação que magoou, só piorando as coisas. Um comentário impulsivo pode estragar uma noite agradável, um fim de semana, ou mesmo um casamento inteiro."
A busca do conflito
Muitas pessoas que sofrem de DDA inconscientemente buscam o conflito como uma maneira de estimular seu próprio córtex pré-frontal. Eles não sabem que fazem isso. Não planejaram fazer isso. Negam que fazem isso. E ainda assim o fazem. A relativa falta de atividade e estímulo do córtex pré-frontal anseia por mais atividade. Entrar em hiperatividade, desassossego, e ficar cantarolando são formas de auto-estimulação. Outro modo de as pessoas com DDA "tentarem ligar seus cérebros" é provocando confusão. Se elas conseguem que seus pais ou cônjuges tornem-se agitados ou gritem com elas, isso pode aumentar a atividade de seus lobos frontais e ajudá-las a sentirem-se mais sintonizadas. Novamente este não é um fenômeno consciente. Mas parece que muitas pessoas que têm DDA ficam viciadas em confusão.
Uma vez tratei de um homem que ficava quieto atrás de um canto de sua casa e pulava de repente para assustar sua esposa na hora em que ela fosse entrar. Ele gostava da mudança que obtinha com os gritos dela. Infelizmente para sua esposa, ela ficou com arritmia, devido aos sustos repetidos. Tratei de muitos adultos e crianças com DDA que pareciam sentir-se motivados fazendo seus animais de estimação ficar bravos, fazendo brincadeiras irritantes ou provocando-os.
Os pais de crianças com DDA comumente relatam que seus filhos são peritos em deixá-los bravos. Uma mãe me contou que, quando ela acorda de manhã, ela promete que não vai gritar nem ficar brava com seu filho de oito anos. Ainda assim, invariavelmente, na hora que ele vai para escola, já ouve pelo menos três brigas e os dois se sentem péssimos. Quando expliquei à mãe sobre a necessidade inconsciente que a criança tem de estimulação, ela parou de gritar com ele. Quando os pais param de oferecer estimulação negativa (gritos, surras, sermões, etc), diminui o comportamento negativo dessas crianças. Sempre que você se sentir como esses pais, pare e fale o mais suavemente que possa. Desse modo, você está ajudando seu filho a largar o vício de arranjar confusão e ao mesmo tempo colaborando para baixar sua própria pressão sangüínea.
Outra conduta de auto-estimulação comum em pessoas que têm DDA é se preocupar com ou se concentrar em problemas. O tumulto emocional gerado pela preocupação ou por estar aborrecido produz agentes químicos de estresse, que mantêm o cérebro ativo. Uma vez tratei de uma mulher que tinha depressão e DDA. Ela começava cada sessão me dizendo que iria se matar. Ela percebia que isso me deixava ansioso e parecia gostar de me dar os detalhes mórbidos de como o faria. Depois de conhecê-la bem, eu lhe disse: "Pare de falar em suicídio. Eu não acredito que você vá se matar. Você ama seus quatro filhos e não posso acreditar que os abandonaria. Acho que você usa essa conversa como uma maneira de criar agitação. Sem que você saiba, seu DDA faz com que você brinque de ‘Vamos criar um problema’. Isso estraga qualquer alegria que você possa Ter em sua vida". No começo, ela ficou muito zangada comigo (outra fonte de conflito, eu disse a ela), mas confiava em mim o suficiente para, no mínimo, observar seu próprio comportamento. Diminuir sua necessidade de criar caso tornou-se o foco maior da psicoterapia.
Um problema significativo do uso da raiva, tumulto emocional e emoção negativa para auto-estimulação é isso que é danoso ao sistema imunológico. Os altos níveis de adrenalina produzidos pelo comportamento direcionado ao conflito diminuem a eficácia do sistema imunológico e aumentam a vulnerabilidade à doença. Eu vi provas dessa deficiência muitas e muitas vezes, na conexão entre o DDA e infeções crônicas e na maior incidência de fibromialgia, dor muscular crônica que se considera associada à imunodeficiência.
Muitas pessoas que têm DDA tendem a se meter em brigas constantes com uma ou mais pessoas, em casa, no trabalho ou na escola. Elas parecem escolher inconscientemente pessoas que são vulneráveis e travam batalhas verbais com elas. Muitas mães de filhos com DDA me disseram que tinham vontade de fugir de casa. Elas não agüentavam o tumulto constante de suas relações com as crianças com DDA. Muitas crianças e adultos com DDA têm tendência de deixar os outros sem graça por pouca ou nenhuma razão, o que conseqüentemente faz com que suas "vítimas" se distanciem deles e isso pode resultar em isolamento social. Elas podem ser os palhaços da classe na escola, ou os espertinhos no trabalho. Witzelsucht é o termo que a literatura da neuropsiquiatria usa para caracterizar "o vício em fazer brincadeiras de mau gosto". Esse vício foi descrito inicialmente em pacientes que tinham tumores no lobo frontal, especialmente do lado direito.
Desorganização
Desorganização é outro marco importante do DDA. A desorganização inclui tanto o espaço físico, como salas, escrivaninhas, malas, gabinetes de arquivo e armários, quanto o tempo. Freqüentemente quando se olha para as áreas de trabalho de pessoas com DDA, é admirar que possam trabalhar ali. Elas tendem a Ter muitas pilhas de "coisas"; a papelada é algo que freqüentemente elas têm muita dificuldade de organizar; e parece que têm um sistema de arquivo que só elas podem entender (e mesmo assim só nos dias bons). Muitas pessoas com DDA têm atrasos crônicos ou adiam as coisas até o último momento. Eu tive vários pacientes que compraram sirenes de companhias de segurança para ajudá-los a acordar. Imagine o que deviam pensar os vizinhos! Essas pessoas também tendem a perder a noção do tempo, o que contribui para que se atrasem.
Começam muitos projetos, mas terminam poucos
A energia e o entusiasmo de pessoas com DDA muitas vezes as leva a começar muitos projetos. Infelizmente, pelo fato de serem distraídas e dado o seu pequeno âmbito de atenção, prejudicam sua capacidade de completá-los. Um gerente de uma estação de rádio me disse que ele começara cerca de 30 projetos especiais no ano anterior, mas havia completado uns poucos apenas. Ele me disse: "Estou sempre voltando para eles, mas tenho novas idéias que acabam atrapalhando". Também tratei de um professor que me disse que, no ano anterior ao que veio me consultar, ele começara 300 projetos diferentes. Sua esposa terminou seu pensamento dizendo que ele completara somente três.
Mau humor e pensamento negativo
Muitas pessoas com DDA tendem a ser mal-humoradas, irritadiças e negativas. Como o córtex pré-frontal está pouco ativo, ele não pode moderar totalmente o sistema límbico, que fica hiperativo, levando a problemas no controle do humor. De outro modo sutil, como já mencionado, muitas pessoas com DDA preocupam-se com ou ficam superconcentradas em pensamentos negativos, como uma forma de auto-estimulação. Se não conseguem arrumar confusão com os outros no meio ambiente, buscam isso dentro de si mesmas. Elas freqüentemente têm uma atitude do tipo "o mundo está acabando", o que as distancia dos outros.
Antes o DDA era considerado um distúrbio de garotos hiperativos que o superariam antes da puberdade. Sabemos agora que a maioria das pessoas que têm DDA não supera os sintomas do distúrbio e que este, freqüentemente, ocorre em meninas e mulheres. Calcula-se que o DDA afete 17 milhões de norte-americanos.
LISTA DE CHECAGEM DO CÓRTEX PRÉ-FRONTAL
Aqui está uma lista de checagem do córtex pré-frontal. Por favor, leia essa lista de comportamentos e classifique-se (ou à pessoas que você estiver avaliando) em cada comportamento catalogado. Use a escala e coloque o número apropriado ao lado do item. Cinco ou mais sintomas com a nota 3 ou 4 indicam grande probabilidade de problemas no córtex pré-frontal.
0 = nunca
1 = raramente
2 = ocasionalmente
3 = freqüentemente
4 = muito freqüentemente
1. Incapacidade de prestar atenção a detalhes ou evitar erros por falta de cuidado
2. Problema em manter a atenção em situações de rotina (dever de casa, tarefas, papelada, etc.)
3. Dificuldade em ouvir
4. Incapacidade de terminar coisas, seguimento insuficiente
5. Falha na organização de tempo e espaço
6. Distração
7. Pouca habilidade de planejamento
8. Falta de objetivos definidos ou de pensar no futuro
9. Dificuldade em expressar os sentimentos
10. Dificuldade em expressar solidariedade pelos outros
11. Excessivo sonhar acordado
12. Tédio
13. Apatia ou falta de motivação
14. Letargia
15. Sentimento de vazio de estar "em uma neblina"
16. Desassossego ou dificuldade de ficar parado
17. Dificuldade de permanecer sentado em situações em que se espera que a pessoa fique sentada
18. Busca de conflito
19. Falar demais ou de menos
20. Dar rápido a resposta, antes de as perguntas terem sido completadas
21. Dificuldade em esperar sua vez
22. Interrupção dos outros ou intromissão (por exemplo: meter-se em conversas ou jogos)
23. Impulsividade (dizer ou fazer coisas sem pensar antes)
24. Dificuldade de aprender pela experiência, tendência para cometer erros repetitivos
RECEITA CPF 8:
NÃO SEJA O ESTIMULANTE DE OUTRA PESSOA
Como eu já mencionei, muitas pessoas com problemas no córtex pré-frontal tendem a procurar conflito para estimular seu cérebro. É de máxima importância que você não alimente a tormenta, mas, pelo contrário, deixe-a passar fome. Quanto mais alguém com esse padrão inadvertidamente tenta deixá-lo aborrecido ou bravo, mais você precisa ficar quieto, calmo e firme. Eu ensino os pais de filhos com DDA a deixar de gritar. Quanto mais eles gritam e aumentam a intensidade emocional na família, mais as crianças vão procurar confusão. Eu também ensino irmãos e cônjuges a manter a voz baixa e uma conduta calma. Quanto mais a pessoa com DDA tentar tumultuar a situação, menos intensa deve ser a reação do outro.
É fascinante mostrar como essas receitas funcionam. Em geral, as pessoas que buscam conflitos estão acostumadas a conseguir que você se aborreça. Elas conhecem perfeitamente todos os seus pontos emocionais frágeis, e os cutucam com regularidade. Quando você começa a negar-lhes o drama e a adrenalina (reagindo menos e de modo mais calmo em situações de estresse), essas pessoas inicialmente reagem muito negativamente, quase como se estivessem com uma crise de abstinência de droga. Na verdade, quando você fica mais calmo pela primeira vez, elas podem até tentar piorar as coisas, a curto prazo. Mantenha-se firme e elas vão melhorar a longo prazo.
Não grite.
Quanto mais a voz dela aumenta, mais sua voz deve diminuir.
Se você sente a situação começar a sair do controle, dê um tempo. Dizer que você precisa ir ao banheiro pode ser uma boa receita. Provavelmente a pessoa não vai tentar impedi-lo. Pode ser uma boa idéia Ter um livro grosso em mãos, caso a pessoa esteja realmente transtornada e você precise se afastar por um longo período.
Use de humor (mas não humor sarcástico ou bravo) para apaziguar a situação.
Seja um bom ouvinte.
Diga que você quer entender e trabalhar a situação, mas só pode fazer isso quando as coisas estiverem tranqüilas.
RECEITA CPF 10:
OBSERVE A NUTRIÇÃO DO CÓRTEX PRÉ-FRONTAL
A intervenção nutritiva pode ser especialmente útil nessa parte do cérebro. Durante anos recomendei uma dieta alta em proteínas e baixa em carboidratos, relativamente de pouca gordura para meus pacientes com DDA. Essa dieta tem um efeito estabilizador nos níveis de açúcar no sangue e ajuda tanto no nível de energia quanto na concentração. Infelizmente, a grande dieta norte-americana é cheia de carboidratos refinados, que tem um efeito negativo nos níveis de dopamina no cérebro e na concentração. Com ambos os pais trabalhando fora de casa, há menos tempo para preparar refeições saudáveis e refeições fast-food tornaram-se mais comuns. O café da manhã de hoje consiste tipicamente de alimentos que têm muitos carboidratos simples, como waffles congelados ou panquecas. Tortas, bolinhos, doces e cereais. A salsicha e os ovos foram deixados de lado em muitas casas, devido à falta de tempo e à idéia de que a gordura faz mal. Ainda que seja importante ser cuidadoso na ingestão de gordura, o café da manhã antigo não é uma idéia tão má para as pessoas que têm DDA ou outros estados onde a dopamina seja insuficiente.
As melhores fontes de proteína que eu recomendo são as carnes magras, ovos, queijos magros, nozes e legumes, que ficam mais equilibradas com uma porção saudável de vegetais. Um café da manhã ideal consiste de uma omelete com queijo magro e carne magra, como a de frango. Um almoço ideal consiste de atum, frango ou salada de peixe fresco, com legumes mistos. Um jantar ideal contém mais carboidratos, para equilibrar a refeição com carne magra e legumes. Eliminar açucares simples (como nos bolos, doces, sorvetes e guloseimas) e carboidratos simples, que são prontamente quebrados em açúcar (como pão, massa, arroz e batatas), terá um impacto positivo no nível de energia e aquisição de conhecimento. Essa dieta ajuda a elevar os níveis de dopamina no cérebro. É importante observar, no entanto, que essa dieta não é ideal para pessoas com problemas no cíngulo ou de concentração excessiva, que geralmente se originam de uma relativa deficiência de serotonina. Os níveis de serotonina aumenta, a dopamina tende a decrescer e vice-versa.
Suplementos nutritivos podem também surtir efeito positivo nos níveis de dopamina do cérebro e melhoram o foco e a energia. Eu freqüentemente faço meus pacientes tomar uma combinação de tirosina (500 a 1.500 miligramas duas ou três vezes ao dia); sementes de uva OPC (oligomeric procyanidius) ou casca de pinho, encontradas em lojas de produtos naturais (meio miligrama por quilo do peso do corpo); e gingko biloba (60 a 120 miligramas duas vezes ao dia). Esses suplementos ajudam a aumentar o fluxo de dopamina e o fluxo sangüíneo no cérebro e muitos dos meus pacientes relatam que eles ajudam na energia, na concentração e no controle de impulso. Se quiser tentar esses suplementos, fale com seu médico.
RECEITA CPF 11:
TENTE O FOCO MOZART
Um estudo controlado descobriu que ouvir Mozart ajudava crianças com DDA. Rosalie Rebollo Pratt e colegas estudaram 19 crianças com DDA, entre os sete e dezessete anos. Eles tocavam discos de Mozart para as crianças, três vezes por semana, durante sessões de biofeedback de ondas cerebrais. Eles colocavam o 100 Masterpieces , volume 3, que incluía o Concerto para Piano n.º 21 em dó, O Casamento de Fígaro , o Concerto para Flauta n.º 2 em lá, Don Giovanni e outros concertos e sonatas. O grupo que ouvia Mozart reduzia sua atividade de ondas cerebrais teta (ondas lentas que são freqüentemente excessivas no DDA) ao ritmo exato do compasso subjacente da música; e exibia melhora de concentração e controle de humor, diminuindo a impulsividade e aumentando a habilidade social. Entre os sujeitos que melhoraram, 70 por cento mantiveram essa melhora seis meses depois do fim do estudo e sem treinamento posterior. (Estas descobertas foram publicadas no International Journal of Arts Medicine, 1995.)
Do livro: Transforme seu cérebro, transforme sua vida.
Daniel G. Amen, M.D. - Editora Mercuryo
Fonte: www.metas.com.br
Para Reflexão
Comece fazendo o que é necessário, depois o que é possível e, de repente, você estará fazendo o impossível. São Francisco de Assis
PENSAMENTO DO DIA
Sou como você me vê,
posso ser leve como uma brisa,
ou forte como uma ventania,
depende de quando,
e como você me vê passar.
Clarice Lispector
posso ser leve como uma brisa,
ou forte como uma ventania,
depende de quando,
e como você me vê passar.
Clarice Lispector
quarta-feira, 22 de setembro de 2010
Missa de 7° Dia de Araújo Castro
terça-feira, 21 de setembro de 2010
Espectadores dos EUA preferem não ter televisão 3D
Usuário acreditam que óculos atrapalham o entretenimento.
Os consumidores norte-americanos apreciam a sensação de imersão que a televisão em 3D propicia, mas não gostam de ter de usar óculos especiais, porque isso restringe sua capacidade de realizar outras tarefas em casa, de acordo com um relatório norte-americano sobre as atitudes com relação à grande novidade televisiva.
O alto custo e a falta de conteúdo em 3D também estão entre os fatores que levam os norte-americanos a hesitar na compra da geração mais recente de televisores 3D, de acordo com relatório da Nielsen e da Cable and Telecommunications Association for Marketing.
Mas embora os custos devam cair e o conteúdo disponível aumentar ao longo do tempo, o incômodo quanto ao uso dos óculos 3D pode se provar uma barreira mais séria à adoção em massa de televisores 3D, afirma o relatório divulgado na quinta-feira (9).
As vendas de televisores 3D devem ganhar corpo nos próximos 12 meses, com fabricantes como Samsung, Sony, Panasonic e LG lançando novos modelos. Redes de esportes como a ESPN lançaram seus primeiros canais em 3D durante a Copa do Mundo deste ano.
Mas cerca de 89% dos entrevistados para o relatório "Focusing on the 3DTV Experience" acreditam que os óculos especiais atrapalhariam as demais atividades a que se dedicam enquanto assistem TV.
Mais da metade deles disseram que os óculos são "um incômodo", e 57% disseram que "não era provável" que adquirissem um televisor 3D por esse motivo, constatou a pesquisa.
Os 425 participantes selecionados aleatoriamente assistiram a 30 minutos de programação de TV 3D em um ambiente doméstico.
Ainda que 57% dos participantes tenham concordado em que assistir TV em 3D fazia com que se sentissem parte da ação, 77% afirmaram acreditar que a tecnologia serviria melhor a eventos especiais como esportes ou filmes, e não ao uso cotidiano.
Frank Stagliano, da Nielsen, disse que a pesquisa revela que os norte-americanos estão "esperando para ver".
"De fato, o interesse pela compra de TVs 3D entre as pessoas que planejam comprar um novo televisor nos próximos 12 meses caiu depois que viram uma demonstração da tecnologia, experimentaram os óculos e receberam mais informações sobre o custo dos produtos," disse Stagliano.
Fonte : Site G1
Os consumidores norte-americanos apreciam a sensação de imersão que a televisão em 3D propicia, mas não gostam de ter de usar óculos especiais, porque isso restringe sua capacidade de realizar outras tarefas em casa, de acordo com um relatório norte-americano sobre as atitudes com relação à grande novidade televisiva.
O alto custo e a falta de conteúdo em 3D também estão entre os fatores que levam os norte-americanos a hesitar na compra da geração mais recente de televisores 3D, de acordo com relatório da Nielsen e da Cable and Telecommunications Association for Marketing.
Mas embora os custos devam cair e o conteúdo disponível aumentar ao longo do tempo, o incômodo quanto ao uso dos óculos 3D pode se provar uma barreira mais séria à adoção em massa de televisores 3D, afirma o relatório divulgado na quinta-feira (9).
As vendas de televisores 3D devem ganhar corpo nos próximos 12 meses, com fabricantes como Samsung, Sony, Panasonic e LG lançando novos modelos. Redes de esportes como a ESPN lançaram seus primeiros canais em 3D durante a Copa do Mundo deste ano.
Mas cerca de 89% dos entrevistados para o relatório "Focusing on the 3DTV Experience" acreditam que os óculos especiais atrapalhariam as demais atividades a que se dedicam enquanto assistem TV.
Mais da metade deles disseram que os óculos são "um incômodo", e 57% disseram que "não era provável" que adquirissem um televisor 3D por esse motivo, constatou a pesquisa.
Os 425 participantes selecionados aleatoriamente assistiram a 30 minutos de programação de TV 3D em um ambiente doméstico.
Ainda que 57% dos participantes tenham concordado em que assistir TV em 3D fazia com que se sentissem parte da ação, 77% afirmaram acreditar que a tecnologia serviria melhor a eventos especiais como esportes ou filmes, e não ao uso cotidiano.
Frank Stagliano, da Nielsen, disse que a pesquisa revela que os norte-americanos estão "esperando para ver".
"De fato, o interesse pela compra de TVs 3D entre as pessoas que planejam comprar um novo televisor nos próximos 12 meses caiu depois que viram uma demonstração da tecnologia, experimentaram os óculos e receberam mais informações sobre o custo dos produtos," disse Stagliano.
Fonte : Site G1
Estudo afirma que usar óculos faz as pessoas parecerem três anos mais velhas
Uma pesquisa inglesa afirma que óculos podem ser péssimos acessórios para quem não quer parecer mais velho. Segundo a pesquisa realizada com cerca de 4 mil pessoas na London Vision Clinic, os óculos fazem as pessoas parecem, em média, 3 anos mais velhas.
Os que usam o acessório, segundo os entrevistados, também aparentam ser mais nerds e "bons com computadores" do que os que aparecem de cara limpa - depois dos 45 anos, no entanto, a aparência de quem usa óculos fica ainda mais distante da idade real, já que os entrevistados apontam que os óculos dão a ilusão de que as pessoas tem até 5 anos a mais.
O responsável pela pesquisa, Dr. Glenn Wilson, explicou que o estudo foi feito separando dois grupos: um recebia fotos de pessoas com óculos, enquanto o segundo grupo recebia fotos das mesmas pessoas, mas sem óculos.
segunda-feira, 20 de setembro de 2010
Sobre a Vírgula
Vírgula pode ser uma pausa... ou não.
Não, espere.
Não espere..
Ela pode sumir com seu dinheiro.
23,4.
2,34.
Pode criar heróis..
Isso só, ele resolve.
Isso só ele resolve.
Ela pode ser a solução.
Vamos perder, nada foi resolvido.
Vamos perder nada, foi resolvido.
A vírgula muda uma opinião.
Não queremos saber.
Não, queremos saber.
A vírgula pode condenar ou salvar.
Não tenha clemência!
Não, tenha clemência!
Uma vírgula muda tudo.
ABI: 100 anos lutando para que ninguém mude uma vírgula da sua informação.
Detalhes Adicionais:
SE O HOMEM SOUBESSE O VALOR QUE TEM A MULHER ANDARIA DE QUATRO À SUA PROCURA.
* Se você for mulher, certamente colocou a vírgula depois de MULHER...
* Se você for homem, colocou a vírgula depois de TEM....
Enviado por Arlindo de Almeida Simöes, Fortaleza-Ce
Não, espere.
Não espere..
Ela pode sumir com seu dinheiro.
23,4.
2,34.
Pode criar heróis..
Isso só, ele resolve.
Isso só ele resolve.
Ela pode ser a solução.
Vamos perder, nada foi resolvido.
Vamos perder nada, foi resolvido.
A vírgula muda uma opinião.
Não queremos saber.
Não, queremos saber.
A vírgula pode condenar ou salvar.
Não tenha clemência!
Não, tenha clemência!
Uma vírgula muda tudo.
ABI: 100 anos lutando para que ninguém mude uma vírgula da sua informação.
Detalhes Adicionais:
SE O HOMEM SOUBESSE O VALOR QUE TEM A MULHER ANDARIA DE QUATRO À SUA PROCURA.
* Se você for mulher, certamente colocou a vírgula depois de MULHER...
* Se você for homem, colocou a vírgula depois de TEM....
Enviado por Arlindo de Almeida Simöes, Fortaleza-Ce
QUEM DECIDE COMO DEVO AGIR?
Um homem foi comprar jornal com seu amigo.
O amigo cumprimentou o jornaleiro amavelmente mas, como retorno, recebeu um tratamento rude e e grosseiro. Pegando o jornal que foi atirado em sua direção, o amigo sorriu carinhosamente e com toda atenção, desejou ao jornaleiro um bom final de semana. Quando os dois desciam pela rua, o homem perguntou ao seu amigo:
- Ele sempre lhe trata com tanta grosseria?
- Sim, infelizmente é sempre assim.
- E você é sempre tão amável com ele?
- Sim, sempre sou.
- Por que você é tão educado, já que ele é tão rude com você?
- Porque não quero que ele decida como eu devo agir.
Nós somos nossos próprios donos. Não devemos nos curvar diante de qualquer vento que sopra, nem estar à mercê do mau humor, da mesquinharia, da impaciência e da raiva dos outros.
Não são os ambientes que nos transformam e sim nós que transformamos os ambientes.
Enviado por Isabel Luísa, Bebel, Fortaleza-Ce
O amigo cumprimentou o jornaleiro amavelmente mas, como retorno, recebeu um tratamento rude e e grosseiro. Pegando o jornal que foi atirado em sua direção, o amigo sorriu carinhosamente e com toda atenção, desejou ao jornaleiro um bom final de semana. Quando os dois desciam pela rua, o homem perguntou ao seu amigo:
- Ele sempre lhe trata com tanta grosseria?
- Sim, infelizmente é sempre assim.
- E você é sempre tão amável com ele?
- Sim, sempre sou.
- Por que você é tão educado, já que ele é tão rude com você?
- Porque não quero que ele decida como eu devo agir.
Nós somos nossos próprios donos. Não devemos nos curvar diante de qualquer vento que sopra, nem estar à mercê do mau humor, da mesquinharia, da impaciência e da raiva dos outros.
Não são os ambientes que nos transformam e sim nós que transformamos os ambientes.
Enviado por Isabel Luísa, Bebel, Fortaleza-Ce
domingo, 19 de setembro de 2010
NOTA DE PESAR
Informamos que faleceu nesta madrugada o pai da nossa vice-presidente, Ana Paula Holanda, Sr. Araújo Castro. O corpo está sendo velado na Funerária Ethernus, localizada na Rua Padre Valdevino 1688, a missa de corpo presente será às 15:30 no mesmo espaço.
O sepultamento ocorrerá às 17:30 no cemitério Parque da Paz.
Araújo Castro foi durante 20 anos Vereador em Fortaleza. Fundou no Estado o PDT, Partido Democrático Trabalhista, sendo um multiplicador da luta de Leonel Brizola no Ceará. Durante todo este período exerceu mandatos pautados pela ética e em defesa dos mais necessitados.
A AFA se solidariza neste momento de dor com família Castro.
O sepultamento ocorrerá às 17:30 no cemitério Parque da Paz.
Araújo Castro foi durante 20 anos Vereador em Fortaleza. Fundou no Estado o PDT, Partido Democrático Trabalhista, sendo um multiplicador da luta de Leonel Brizola no Ceará. Durante todo este período exerceu mandatos pautados pela ética e em defesa dos mais necessitados.
A AFA se solidariza neste momento de dor com família Castro.
sexta-feira, 17 de setembro de 2010
Hospital do SUS é visitado por auditor
Na enfermaria, o auditor indaga ao doente:
- Você está bem ? Foi operado de quê ?
O doente responde:
- Estou bem. Fui operado de hemorroidas.
Sempre que dói eles passam aquele pincel com
aquela pomada e tudo logo melhora.
Ao segundo doente faz a mesma pergunta:
- E você está bem ? Foi operado de quê ?
Ao que ele responde:
- Também de hemorroidas. Estou bem. Sempre
que dói eles passam aquele pincel com aquela
pomada eu logo fico aliviado.
Ao terceiro doente repete a mesma pergunta:
- E você, foi operado de que ? Como estão lhe
tratando ?
Ao que o doente responde:
- Fui operado da garganta. Mas eu só queria
mesmo é que arranjassem um pincel só para
mim...
Enviado por José Leite Mesquita, Fortaleza/Ce
- Você está bem ? Foi operado de quê ?
O doente responde:
- Estou bem. Fui operado de hemorroidas.
Sempre que dói eles passam aquele pincel com
aquela pomada e tudo logo melhora.
Ao segundo doente faz a mesma pergunta:
- E você está bem ? Foi operado de quê ?
Ao que ele responde:
- Também de hemorroidas. Estou bem. Sempre
que dói eles passam aquele pincel com aquela
pomada eu logo fico aliviado.
Ao terceiro doente repete a mesma pergunta:
- E você, foi operado de que ? Como estão lhe
tratando ?
Ao que o doente responde:
- Fui operado da garganta. Mas eu só queria
mesmo é que arranjassem um pincel só para
mim...
Enviado por José Leite Mesquita, Fortaleza/Ce
TODO CASAL DEVERIA LER
"Por mais que o poder e o dinheiro tenham
conquistado uma ótima posição no ranking
das virtudes, o amor ainda lidera com folga.
Tudo o que todos querem é amar.
Encontrar alguém que faça bater forte o
coração e justifique loucuras.
Que nos faça entrar em transe, cair de quatro,
babar na gravata.
Que nos faça revirar os olhos, rir à toa,
cantarolar dentro de um ônibus lotado.
Depois que acaba esta paixão retumbante,
sobra o que? O amor. Mas não o amor
mistificado, que muitos julgam ter o poder
de fazer levitar.
O que sobra é o amor que todos conhecemos,
o sentimento que temos por mãe, pai, irmão,
filho. É tudo o mesmo amor, só que entre
amantes existe sexo.
Não existem vários tipos de amor, assim como
não existem três tipos de saudades, quatro de
ódio, seis espécies de inveja.
O amor é único, como qualquer sentimento, seja
ele destinado a familiares, ao cônjuge ou a Deus.
A diferença é que, como entre marido e mulher
não há laços de sangue, a sedução tem que ser
ininterrupta. Por não haver nenhuma garantia de
durabilidade, qualquer alteração no tom de voz
nos fragiliza, e de cobrança em cobrança
acabamos por sepultar uma relação que poderia
ser eterna.
Casaram. Te amo prá lá, te amo prá cá. Lindo,
mas insustentável. O sucesso de um casamento
exige mais do que declarações românticas.
Entre duas pessoas que resolvem dividir o mesmo teto, tem que haver muito mais do que amor, e às vezes nem necessita de um amor tão intenso.
É preciso que haja, antes de mais nada, respeito.
Agressões zero. Disposição para ouvir argumentos alheios. Alguma paciência.
Amor, só, não basta.
Não pode haver competição. Nem comparações.
Tem que ter jogo de cintura para acatar regras
que não foram previamente combinadas.
Tem que haver bom humor para enfrentar
imprevistos, acessos de carência, infantilidades.
Tem que saber levar.
Amar, só, é pouco.
Tem que haver inteligência.
Um cérebro programado para enfrentar
tensões pré-menstruais, rejeições, demissões
inesperadas, contas pra pagar.
Tem que ter disciplina para educar filhos, dar
exemplo, não gritar. Tem que ter um bom psiquiatra. Não adianta, apenas, amar.
Entre casais que se unem visando a longevidade
do matrimônio tem que haver um pouco de
silêncio, amigos de infância, vida própria, um
tempo pra cada um. Tem que haver confiança.
Uma certa camaradagem, às vezes fingir que não viu, fazer de conta que não escutou.
É preciso entender que união não significa, necessariamente, fusão.
E que amar, "solamente", não basta.
Entre homens e mulheres que acham que o amor
é só poesia, tem que haver discernimento, pé no
chão, racionalidade. Tem que saber que o amor
pode ser bom, pode durar para sempre, mas que
sozinho não dá conta do recado. O amor é grande
mas não é dois.
É preciso convocar uma turma de sentimentos
para amparar esse amor que carrega o ônus da
onipotência. O amor até pode nos bastar, mas ele próprio não se basta.
Um bom Amor aos que já têm!
Um bom encontro aos que procuram!
E felicidades a todos nós!"
(Autor: Arthur da Tavola)
Enviado por Clarissa Borges, João Pessoa/Pb
conquistado uma ótima posição no ranking
das virtudes, o amor ainda lidera com folga.
Tudo o que todos querem é amar.
Encontrar alguém que faça bater forte o
coração e justifique loucuras.
Que nos faça entrar em transe, cair de quatro,
babar na gravata.
Que nos faça revirar os olhos, rir à toa,
cantarolar dentro de um ônibus lotado.
Depois que acaba esta paixão retumbante,
sobra o que? O amor. Mas não o amor
mistificado, que muitos julgam ter o poder
de fazer levitar.
O que sobra é o amor que todos conhecemos,
o sentimento que temos por mãe, pai, irmão,
filho. É tudo o mesmo amor, só que entre
amantes existe sexo.
Não existem vários tipos de amor, assim como
não existem três tipos de saudades, quatro de
ódio, seis espécies de inveja.
O amor é único, como qualquer sentimento, seja
ele destinado a familiares, ao cônjuge ou a Deus.
A diferença é que, como entre marido e mulher
não há laços de sangue, a sedução tem que ser
ininterrupta. Por não haver nenhuma garantia de
durabilidade, qualquer alteração no tom de voz
nos fragiliza, e de cobrança em cobrança
acabamos por sepultar uma relação que poderia
ser eterna.
Casaram. Te amo prá lá, te amo prá cá. Lindo,
mas insustentável. O sucesso de um casamento
exige mais do que declarações românticas.
Entre duas pessoas que resolvem dividir o mesmo teto, tem que haver muito mais do que amor, e às vezes nem necessita de um amor tão intenso.
É preciso que haja, antes de mais nada, respeito.
Agressões zero. Disposição para ouvir argumentos alheios. Alguma paciência.
Amor, só, não basta.
Não pode haver competição. Nem comparações.
Tem que ter jogo de cintura para acatar regras
que não foram previamente combinadas.
Tem que haver bom humor para enfrentar
imprevistos, acessos de carência, infantilidades.
Tem que saber levar.
Amar, só, é pouco.
Tem que haver inteligência.
Um cérebro programado para enfrentar
tensões pré-menstruais, rejeições, demissões
inesperadas, contas pra pagar.
Tem que ter disciplina para educar filhos, dar
exemplo, não gritar. Tem que ter um bom psiquiatra. Não adianta, apenas, amar.
Entre casais que se unem visando a longevidade
do matrimônio tem que haver um pouco de
silêncio, amigos de infância, vida própria, um
tempo pra cada um. Tem que haver confiança.
Uma certa camaradagem, às vezes fingir que não viu, fazer de conta que não escutou.
É preciso entender que união não significa, necessariamente, fusão.
E que amar, "solamente", não basta.
Entre homens e mulheres que acham que o amor
é só poesia, tem que haver discernimento, pé no
chão, racionalidade. Tem que saber que o amor
pode ser bom, pode durar para sempre, mas que
sozinho não dá conta do recado. O amor é grande
mas não é dois.
É preciso convocar uma turma de sentimentos
para amparar esse amor que carrega o ônus da
onipotência. O amor até pode nos bastar, mas ele próprio não se basta.
Um bom Amor aos que já têm!
Um bom encontro aos que procuram!
E felicidades a todos nós!"
(Autor: Arthur da Tavola)
Enviado por Clarissa Borges, João Pessoa/Pb
Quem é cearense vai lembrar
É macho... Quando o assunto é Ceará eu só lembro de um prato de farofa. Ô coisinha pra cearense gostar viu, a tal da farofada. Mas é bem verdade que existe muita coisa que nos remete aquele estado. E é para os legítimos cearenses que vai esse post. Quem tem a cabecinha achatada e está beirando os 30 anos vai se lembrar!
Você viveu ou conhece alguém que é do tempo em que...
Das mais antigas você ouviu falar de um time chamado Penarol, lá para os lados do bairro de São Gerardo? Na av. Bezerras de Menezes. Você lembra de quando surgiu o "Pessoal do Ceará"; pioneiros dos encontros na praia de Iracema, nas noitadas de viola e violão, altos papos embrionários do movimento.
Lembram de: Rodger Rogério, Teti, Edinardo, Raimundo Fagner,Belchior e outras mentes iluminadas e maravilhosas. Uns autodidatas outros com elevada formação acadêmica.Voces lembram dos festivais de música como o "Aqui no canto" da rádio Assunção lá pertinho da Escola Normal? Lembram Luis Assunção, Lá no Jardim América. Na rua Júlio César descendo da Gentilândia em direção ao Montese e Itaoca. Perto do canal. Lembram da rádio Dragão do mar na Av. do Imperador, da PRE 9, da rádio Iracema na praça José de Alencar, da rádio Uirapurú, em frente na praça da Bandeira, esquina de Clarindo de Queiroz com General Sampaio.
Do Pedrão da bananada na praça do Ferreira? Do local onde ficava o melhor churrasco da época no CURRAL descendo na décima região militar.- A COBAL ficava na esquina da rua Assunção com Antônio Pompeu;- E o IAPEC (Isto ainda pode cair!);- Vendia-se 'chegadinha' de porta em porta (o 'veinho' passava tocando o triângulo) e 'quebra-queixo', maravilha! Picolé de 'ameba' de morango na praia. E o pirulito enfiado nas tábuas;- O verdureiro ia de porta em porta montado no jumentinho e vendendo verduras frescas e o outro que ia montado no cavalo vendendo fígado e panelada;- Véspera do Natal ir até a Praça do Ferreira ver as vitrines das lojas todas com enfeites natalinos era moda;- Passear de Rural;- Era chique ir na Lobrás subir e descer na 'primeira' escada rolante da cidade, tomar sorvete ou comer um sanduba;- Sapato 'carinha de bebê', calça cocota e blusa frente única era luxo!- Tempo dos 'mingaus pops' da Tatarana, Trasteveri e Santa Esmeralda;- O barzinho 'Sovaco de Cobra';- Tempo em que o Circo Voador trazia show de Cazuza, Geraldo Azevedo, Ângela Rô Rô, Kid Abelha entre outros;- Início do Cais bar na Praia de Iracema;- Tempo em que a Praia de Iracema era bastante bucólica e somente 2 restôs funcionando o ' La Tratoria' e o velho Estoril;- Jantares do Náutico? Lagosta a Termidor;- Restô mais chique da cidade: 'SANDRAS'?- As feijoadas do Hotel Beira Mar, o primeiro da orla;- Lembra dos fuscas pretos da polícia (TETÉU)?- Da velha Ponte Metálica em tempo de cai mas não cai;- Tempo da Mesbla na Senador Pompeu e da Flama (Símbolo de distinção) na praça do Ferreira;- E do Mercantil São José? O primeiro supermercado do Ceará. É por isso que o cearense não faz feira, faz mercantil;- E o programa do Augusto Borges fazendo propaganda do Mercantil São José comsuas Gincanas;- Ir ao Recreio Clube de Campo era uma viagem com muito verde e salinas pelocaminho;- Havia o restô Toca do Coelho (seis Bocas) e Frango Dourado (no Eusébio) com seu sarapatel de frango delicioso;- E do restaurante Cirandinha em frente do comercial Clube ?? (É o novo!);- Das peixadas no restô 'Alfredo o Rei da Peixada' e sempre aparecia um boneco ventríloquo para divertir a gente;- E o camarão do OSMAR com aquele beco bem apertadinho...- Do pequeno zoológico que havia no Parque das Crianças;- Ir a shows no Ginásio Paulo Sarasate (Rita Lee, Gilberto Gil, Fábio Jr, Elba, Ney Matogrosso, Moraes Moreira, Nina Hagen, entre outros);- Ir a Jericoacoara de barco (saindo de Camocim) Jeri sem energia, sem hotel ou pousada (o povo ficava em casa de pescador);- E Canoa Quebrada sem pousadas de luxo e sem a gringolada como dona de tudo;- Do bronzeador 'Nude bronze' e colônia 'Contoure';- Comprar 'mentex' e 'piper' antes de assistir filme no Cine São Luiz e Diogo;- Do batom 'brilho' que era vendido exclusivamente na Casa Parente do Centro;- Da pizza no Jairo na Av. Santos Dumont;- Ir a Feira das Flores no Passeio Público (quando ainda era um ambiente familiar). Um luxo!- Assistir aos sábados pela TV o programa do Irapuan Lima e do Chacrinha;- Do barzinho Carbono 14;- Ir aos domingos ao aeroporto ver os aviões decolarem;- As noites de sexta e sábado na boite 'Senzala' 'Boeing, Boeig no Bairro Aeroporto e o Restaurante Caravele;- Tempo do Edifício Avenida na esquina da Barão do Rio Branco com Duque de Caxias;- Da calça 'Lee' com nesga bem larga!- Da banda de rock Perfume Azul;- Namorar no barzinho Play Boy na Praia do Futuro;- Usar decote canoa era alta moda;- Da touquinha da Miss Lene, do vestido tomara-que-caia (que as vezes caía), blusa de elastex, ferro a carvão comprado ali perto do Zé Pinto na Bezerra de Menezes;- Comprar tamanco na TAMANCOLÂNDIA na Av. Monsenhor Tabosa, quanto mais alto mais chique;- Da feirinha da Praça Portugal (só a moçada!) na sexta feira e da 13 de Maio aos sábados (artesanato e comidas típicas);- Do Jardim da Menopausa (Aquarius) na Beira-mar;- Do Barzinho 'BADALO';- Das Barracas da Praia do Futuro: 'Sapuriu' (cruzamento do sapo com a puta que pariu),CABOLETÊ, BOLA BRANCA e do bar do POP;- Das Lojas Di Roma, Xepão, Xepinha, Carvalho Borges, Samasa, Ocapana e Abarana, Bel Lar, Esmeralda, Sapataria Esquisita;- Do quarteirão do sucesso da Dom Luis - do New York, New York;- Do sorvete no Juarez;- Pastéis com caldo de Cana da Leão do Sul do centro da cidade;- Do restaurante Pombo Cheio, próximo a Faculdade de Medicina (UFC);- O barzinho 'O PILÃO' no Morro Santa Terezinha;- Do barzinho 'Varanda' na Leste Oeste. (Ótimo visual e nada de bandido!)- Barzinho Brasil Tropical;- Dos festivais da 'Costa do Sol' da Tabuba;- Do Motel Calango 'chão de estrelas' - no morro da Praia do Futuro. (Era 'relax' total e ñ tinha nada de pavor e medo, como nos dias de hoje);- Da farmácia do Seu Coelho na Avenida Domingos Olímpio, Eita!- Tempo em que a Av. Sen.Virgílio Távora ainda era Av. Estados Unidos;- Do Seu Edgar na rua Antonio Pompeu que consertava tudo. Entre outras coisinhas, ele colocava 'virola' nos sapatos;- Tomar picolé da GELATI;- De gazear aulas à tarde para assistir filme no São Luiz na semana do festival de cinema;- Tomar banho de chuva nas bicas das casas;- Ir no Jumbo e comprar grapete, crush, guaraná Wilson, TAI e Cacique;- De andar no elefante na inauguração do Jumbo do Center Um;- Do tamanco Dr. Sholl e do sapato cavalo de aço;- Comer no jantar 'bife caron';- Tempo que 'ficar' era sarrar (tirar sarro);- Tempo em que Soft era uma bala, hoje é sobrenome de vereadora;- Do curso de datilografia na Praça Coração de Jesus e do Curso Andrade Lima na Av do Imperador. (Vixe!!!!)- Das revistinhas Bolota, Brotoeja, Tininha, Riquinho e Luluzinha;- Do jornal Pasquim;- De assistir 'A Ilha da Fantasia' nos sábados à tarde;- Das lambadas aos sábados no Pirata (quem tinha o vale-lambada podia dançar com os bailarinos);- Do restaurante 'TACACÁ' na Beira Mar;- Do bar e restô ANIZIO, amanhecendo o dia vendo Irapuan Lima fazendo Cooper (ninguém merece!);- Da estica para tomar caldo Deor - Iracema;- Comprar vassoura e espanador na porta de casa;- Comprar no centrão pote de creme Rosa Mosqueta vindo do Paraguai;- De se bronzer com Óleo Jonhson e Coca cola ou 'Raito del Sol';- Do grupo cearense Quinteto Agreste e os Canarinhos do Nordeste;- Do Projeto Pixinguinha no Teatro José de Alencar a preço popular onde apresentaram 14 Bis, Nara Leão, Maria Alcina, Moreira da Silva, Artur Moreira Lima, Cida Moreira, entre tantos outros;- No Natal, esperar o Papai Noel e a Turma da Mônica chegar de helicóptero no estacionamento do Shopping Iguatemi;- Inauguração das lojas Americanas no centro da cidade;- Do Zé-Tatá;- Lembra dos lanterninhas?- Ir passar férias na colônia de férias do SESC em Iparana e na COFECO era tudo de bom;- Dos comerciais da Varig: 'seu Cabral vinha navegando quando alguém logo foi gritando - terra a vista! E foi descoberto o Brasil, e a turma gritava: bem vindo seu Cabral! Mas Cabral sentiu no peito, uma saudade sem jeito, volto já pra Portugal, quero ir, pela VARIG, VARIG, VARIG....'- Do tempo em que o IJF (Instituto José Frota) era Assistência;- Do bar Cabaré da Pirrita na Praia de Iracema (um barzinho irreverente na época e freqüentado por políticos, intelectuais e músicos... até Ciro Gomes e Fagner davam umas voltinhas por lá.)- Assistir Tom Cavalcante fazer shows de graça na Beira Mar e Barzinhos da cidade;- Do tempo que criança usava calça enxuta (não existiam fraldas descartáveis);- As propagandas do Romcy que ficava na Br. Rio Branco com Liberato Barroso;- Após o Jornal Nacional com Sérgio Chapelen e Cid Moreira você ouvia a voz do Assis Santos dizendo: 'Amanhã o barato do dia Romcy é...'.he he he !!!! 'Romcy é Romcy, barato todo dia'!- Surgia o Gerardo Bastos: onde um pneu é um pneu!- O Bar Carinhoso na cobertura de um edifício no centro da cidade;- Dos bailes infantis de carnaval no América, Círculo Militar, Country, Líbano, Náutico, Diários, BNB e Clube B-25;- Do corso da Av. Dom Manuel;- Tempo das Tertúlias com 'luz negra';- Estudar OSPB e Educação Moral e Cívica. É o novo!- E a mais antiga de todas: Chupar rolete de cana que vinha fincado em uns espetinhos. (Eita !!!)- Calçar 'fonabô' e sandálias de 'borracha de pneu'. E as congas e os kichutes usados para irmos ao colégio;- E as cachaças 'Bagaceira', 'Chave de Ouro' 'Dandiz' (aquela vermelinha);- E os cigarros Kent. Eldorado, Continental sem filtro, Dumorrier (pretinho), Chanceler;- O tri-campeonato do Ceará na década de sessenta!
Pense num lugar pai d'égua!Viajar no trem 'sonho azul'...O ano todo com um calor de rachar o quengo.Toda noite tem comédia e o povo é bonequeiro que só!Tá pra nascer quem é Cearense que não é amancebado com esse lugar.Tem é Zé prum cabra conhecer aqui e depois querer capar o gato.Pode ser liso, estribado, vir de perto ou lá da baixa-da-égua.Qualquer um fica arreado quando vê as praias daqui.Fica logo todo breado de areia, depois se imbioca no mar e num quer mais sair nem a pau.Depois de conhecer a negrada, então, vixe!Se o Estado é bom assim, avalie o povo!
Tem gente de todo jeito: do fresco ao invocado, do batoré ao Galalau, dos gato réi às espilicute, dos rabos-de-burros, do cabra-macho ao Fulerage e muitas outras marmotas. Bom que nem presta! É por isso que nas férias dá uma ruma de turista tudo doido por uma estripulia, porque sabem que isso aqui não é de se rebolar no mato.
Só precisa dar um grau ou uma guaribada aqui ou ali, mas, mesmo assim, tá de parabéns. Arre égua, ô corra linda, macho, o Estado do Ceará!!! É minha gente isto também é um pouco de história da nossa Fortaleza.
Enviado por Airton Gondim, Fortaleza/Ce
Você viveu ou conhece alguém que é do tempo em que...
Das mais antigas você ouviu falar de um time chamado Penarol, lá para os lados do bairro de São Gerardo? Na av. Bezerras de Menezes. Você lembra de quando surgiu o "Pessoal do Ceará"; pioneiros dos encontros na praia de Iracema, nas noitadas de viola e violão, altos papos embrionários do movimento.
Lembram de: Rodger Rogério, Teti, Edinardo, Raimundo Fagner,Belchior e outras mentes iluminadas e maravilhosas. Uns autodidatas outros com elevada formação acadêmica.Voces lembram dos festivais de música como o "Aqui no canto" da rádio Assunção lá pertinho da Escola Normal? Lembram Luis Assunção, Lá no Jardim América. Na rua Júlio César descendo da Gentilândia em direção ao Montese e Itaoca. Perto do canal. Lembram da rádio Dragão do mar na Av. do Imperador, da PRE 9, da rádio Iracema na praça José de Alencar, da rádio Uirapurú, em frente na praça da Bandeira, esquina de Clarindo de Queiroz com General Sampaio.
Do Pedrão da bananada na praça do Ferreira? Do local onde ficava o melhor churrasco da época no CURRAL descendo na décima região militar.- A COBAL ficava na esquina da rua Assunção com Antônio Pompeu;- E o IAPEC (Isto ainda pode cair!);- Vendia-se 'chegadinha' de porta em porta (o 'veinho' passava tocando o triângulo) e 'quebra-queixo', maravilha! Picolé de 'ameba' de morango na praia. E o pirulito enfiado nas tábuas;- O verdureiro ia de porta em porta montado no jumentinho e vendendo verduras frescas e o outro que ia montado no cavalo vendendo fígado e panelada;- Véspera do Natal ir até a Praça do Ferreira ver as vitrines das lojas todas com enfeites natalinos era moda;- Passear de Rural;- Era chique ir na Lobrás subir e descer na 'primeira' escada rolante da cidade, tomar sorvete ou comer um sanduba;- Sapato 'carinha de bebê', calça cocota e blusa frente única era luxo!- Tempo dos 'mingaus pops' da Tatarana, Trasteveri e Santa Esmeralda;- O barzinho 'Sovaco de Cobra';- Tempo em que o Circo Voador trazia show de Cazuza, Geraldo Azevedo, Ângela Rô Rô, Kid Abelha entre outros;- Início do Cais bar na Praia de Iracema;- Tempo em que a Praia de Iracema era bastante bucólica e somente 2 restôs funcionando o ' La Tratoria' e o velho Estoril;- Jantares do Náutico? Lagosta a Termidor;- Restô mais chique da cidade: 'SANDRAS'?- As feijoadas do Hotel Beira Mar, o primeiro da orla;- Lembra dos fuscas pretos da polícia (TETÉU)?- Da velha Ponte Metálica em tempo de cai mas não cai;- Tempo da Mesbla na Senador Pompeu e da Flama (Símbolo de distinção) na praça do Ferreira;- E do Mercantil São José? O primeiro supermercado do Ceará. É por isso que o cearense não faz feira, faz mercantil;- E o programa do Augusto Borges fazendo propaganda do Mercantil São José comsuas Gincanas;- Ir ao Recreio Clube de Campo era uma viagem com muito verde e salinas pelocaminho;- Havia o restô Toca do Coelho (seis Bocas) e Frango Dourado (no Eusébio) com seu sarapatel de frango delicioso;- E do restaurante Cirandinha em frente do comercial Clube ?? (É o novo!);- Das peixadas no restô 'Alfredo o Rei da Peixada' e sempre aparecia um boneco ventríloquo para divertir a gente;- E o camarão do OSMAR com aquele beco bem apertadinho...- Do pequeno zoológico que havia no Parque das Crianças;- Ir a shows no Ginásio Paulo Sarasate (Rita Lee, Gilberto Gil, Fábio Jr, Elba, Ney Matogrosso, Moraes Moreira, Nina Hagen, entre outros);- Ir a Jericoacoara de barco (saindo de Camocim) Jeri sem energia, sem hotel ou pousada (o povo ficava em casa de pescador);- E Canoa Quebrada sem pousadas de luxo e sem a gringolada como dona de tudo;- Do bronzeador 'Nude bronze' e colônia 'Contoure';- Comprar 'mentex' e 'piper' antes de assistir filme no Cine São Luiz e Diogo;- Do batom 'brilho' que era vendido exclusivamente na Casa Parente do Centro;- Da pizza no Jairo na Av. Santos Dumont;- Ir a Feira das Flores no Passeio Público (quando ainda era um ambiente familiar). Um luxo!- Assistir aos sábados pela TV o programa do Irapuan Lima e do Chacrinha;- Do barzinho Carbono 14;- Ir aos domingos ao aeroporto ver os aviões decolarem;- As noites de sexta e sábado na boite 'Senzala' 'Boeing, Boeig no Bairro Aeroporto e o Restaurante Caravele;- Tempo do Edifício Avenida na esquina da Barão do Rio Branco com Duque de Caxias;- Da calça 'Lee' com nesga bem larga!- Da banda de rock Perfume Azul;- Namorar no barzinho Play Boy na Praia do Futuro;- Usar decote canoa era alta moda;- Da touquinha da Miss Lene, do vestido tomara-que-caia (que as vezes caía), blusa de elastex, ferro a carvão comprado ali perto do Zé Pinto na Bezerra de Menezes;- Comprar tamanco na TAMANCOLÂNDIA na Av. Monsenhor Tabosa, quanto mais alto mais chique;- Da feirinha da Praça Portugal (só a moçada!) na sexta feira e da 13 de Maio aos sábados (artesanato e comidas típicas);- Do Jardim da Menopausa (Aquarius) na Beira-mar;- Do Barzinho 'BADALO';- Das Barracas da Praia do Futuro: 'Sapuriu' (cruzamento do sapo com a puta que pariu),CABOLETÊ, BOLA BRANCA e do bar do POP;- Das Lojas Di Roma, Xepão, Xepinha, Carvalho Borges, Samasa, Ocapana e Abarana, Bel Lar, Esmeralda, Sapataria Esquisita;- Do quarteirão do sucesso da Dom Luis - do New York, New York;- Do sorvete no Juarez;- Pastéis com caldo de Cana da Leão do Sul do centro da cidade;- Do restaurante Pombo Cheio, próximo a Faculdade de Medicina (UFC);- O barzinho 'O PILÃO' no Morro Santa Terezinha;- Do barzinho 'Varanda' na Leste Oeste. (Ótimo visual e nada de bandido!)- Barzinho Brasil Tropical;- Dos festivais da 'Costa do Sol' da Tabuba;- Do Motel Calango 'chão de estrelas' - no morro da Praia do Futuro. (Era 'relax' total e ñ tinha nada de pavor e medo, como nos dias de hoje);- Da farmácia do Seu Coelho na Avenida Domingos Olímpio, Eita!- Tempo em que a Av. Sen.Virgílio Távora ainda era Av. Estados Unidos;- Do Seu Edgar na rua Antonio Pompeu que consertava tudo. Entre outras coisinhas, ele colocava 'virola' nos sapatos;- Tomar picolé da GELATI;- De gazear aulas à tarde para assistir filme no São Luiz na semana do festival de cinema;- Tomar banho de chuva nas bicas das casas;- Ir no Jumbo e comprar grapete, crush, guaraná Wilson, TAI e Cacique;- De andar no elefante na inauguração do Jumbo do Center Um;- Do tamanco Dr. Sholl e do sapato cavalo de aço;- Comer no jantar 'bife caron';- Tempo que 'ficar' era sarrar (tirar sarro);- Tempo em que Soft era uma bala, hoje é sobrenome de vereadora;- Do curso de datilografia na Praça Coração de Jesus e do Curso Andrade Lima na Av do Imperador. (Vixe!!!!)- Das revistinhas Bolota, Brotoeja, Tininha, Riquinho e Luluzinha;- Do jornal Pasquim;- De assistir 'A Ilha da Fantasia' nos sábados à tarde;- Das lambadas aos sábados no Pirata (quem tinha o vale-lambada podia dançar com os bailarinos);- Do restaurante 'TACACÁ' na Beira Mar;- Do bar e restô ANIZIO, amanhecendo o dia vendo Irapuan Lima fazendo Cooper (ninguém merece!);- Da estica para tomar caldo Deor - Iracema;- Comprar vassoura e espanador na porta de casa;- Comprar no centrão pote de creme Rosa Mosqueta vindo do Paraguai;- De se bronzer com Óleo Jonhson e Coca cola ou 'Raito del Sol';- Do grupo cearense Quinteto Agreste e os Canarinhos do Nordeste;- Do Projeto Pixinguinha no Teatro José de Alencar a preço popular onde apresentaram 14 Bis, Nara Leão, Maria Alcina, Moreira da Silva, Artur Moreira Lima, Cida Moreira, entre tantos outros;- No Natal, esperar o Papai Noel e a Turma da Mônica chegar de helicóptero no estacionamento do Shopping Iguatemi;- Inauguração das lojas Americanas no centro da cidade;- Do Zé-Tatá;- Lembra dos lanterninhas?- Ir passar férias na colônia de férias do SESC em Iparana e na COFECO era tudo de bom;- Dos comerciais da Varig: 'seu Cabral vinha navegando quando alguém logo foi gritando - terra a vista! E foi descoberto o Brasil, e a turma gritava: bem vindo seu Cabral! Mas Cabral sentiu no peito, uma saudade sem jeito, volto já pra Portugal, quero ir, pela VARIG, VARIG, VARIG....'- Do tempo em que o IJF (Instituto José Frota) era Assistência;- Do bar Cabaré da Pirrita na Praia de Iracema (um barzinho irreverente na época e freqüentado por políticos, intelectuais e músicos... até Ciro Gomes e Fagner davam umas voltinhas por lá.)- Assistir Tom Cavalcante fazer shows de graça na Beira Mar e Barzinhos da cidade;- Do tempo que criança usava calça enxuta (não existiam fraldas descartáveis);- As propagandas do Romcy que ficava na Br. Rio Branco com Liberato Barroso;- Após o Jornal Nacional com Sérgio Chapelen e Cid Moreira você ouvia a voz do Assis Santos dizendo: 'Amanhã o barato do dia Romcy é...'.he he he !!!! 'Romcy é Romcy, barato todo dia'!- Surgia o Gerardo Bastos: onde um pneu é um pneu!- O Bar Carinhoso na cobertura de um edifício no centro da cidade;- Dos bailes infantis de carnaval no América, Círculo Militar, Country, Líbano, Náutico, Diários, BNB e Clube B-25;- Do corso da Av. Dom Manuel;- Tempo das Tertúlias com 'luz negra';- Estudar OSPB e Educação Moral e Cívica. É o novo!- E a mais antiga de todas: Chupar rolete de cana que vinha fincado em uns espetinhos. (Eita !!!)- Calçar 'fonabô' e sandálias de 'borracha de pneu'. E as congas e os kichutes usados para irmos ao colégio;- E as cachaças 'Bagaceira', 'Chave de Ouro' 'Dandiz' (aquela vermelinha);- E os cigarros Kent. Eldorado, Continental sem filtro, Dumorrier (pretinho), Chanceler;- O tri-campeonato do Ceará na década de sessenta!
Pense num lugar pai d'égua!Viajar no trem 'sonho azul'...O ano todo com um calor de rachar o quengo.Toda noite tem comédia e o povo é bonequeiro que só!Tá pra nascer quem é Cearense que não é amancebado com esse lugar.Tem é Zé prum cabra conhecer aqui e depois querer capar o gato.Pode ser liso, estribado, vir de perto ou lá da baixa-da-égua.Qualquer um fica arreado quando vê as praias daqui.Fica logo todo breado de areia, depois se imbioca no mar e num quer mais sair nem a pau.Depois de conhecer a negrada, então, vixe!Se o Estado é bom assim, avalie o povo!
Tem gente de todo jeito: do fresco ao invocado, do batoré ao Galalau, dos gato réi às espilicute, dos rabos-de-burros, do cabra-macho ao Fulerage e muitas outras marmotas. Bom que nem presta! É por isso que nas férias dá uma ruma de turista tudo doido por uma estripulia, porque sabem que isso aqui não é de se rebolar no mato.
Só precisa dar um grau ou uma guaribada aqui ou ali, mas, mesmo assim, tá de parabéns. Arre égua, ô corra linda, macho, o Estado do Ceará!!! É minha gente isto também é um pouco de história da nossa Fortaleza.
Enviado por Airton Gondim, Fortaleza/Ce
quinta-feira, 16 de setembro de 2010
Dicas de Português - Gastos são vultosos, não "vultuosos"
Por Thaís Nicoleti
“O texto prevê a redução de ‘vultuosos gastos sociais’, a eliminação de ‘subsídios excessivos’ e o ‘estudo como fonte de emprego e aposentadoria antecipada’.”
Uma grande soma em dinheiro pode ser chamada de “vultosa”, mas não de “vultuosa”. Igualmente, consideráveis gastos sociais podem ser “vultosos gastos sociais”, mas não “vultuosos”.
As palavras são muito parecidas – é esse um dos célebres pares de parônimos da língua portuguesa. “Vultuoso” é termo de uso bem mais restrito. Em medicina, diz-se que alguém é “vultoso” quando acometido de “vultuosidade”. Esta, por sua vez, é a condição de quem tem as faces e os lábios inchados e os olhos salientes.
São muito comuns, mas totalmente inadequadas, construções como “vultuosidade do edifício” (em vez de “suntuosidade”) ou “vultuosidade do poeta” (no lugar de “importância” ou celebridade do poeta”). Importante: não existe o termo “vultosidade” como substantivo referente a “vultoso”.
Convém, portanto ficar atento: aquilo que é volumoso, avultado (de vulto) ou grande, considerável, importante é “vultoso” (o termo é formado do substantivo “vulto” acrescido do sufixo “-oso”). “Vultuoso” e “vultuosidade” referem-se a inchaço ou edema facial.
Veja, abaixo, o texto corrigido:
O texto prevê a redução de “vultosos gastos sociais”, a eliminação de “subsídios excessivos” e o “estudo como fonte de emprego e aposentadoria antecipada”.
“O texto prevê a redução de ‘vultuosos gastos sociais’, a eliminação de ‘subsídios excessivos’ e o ‘estudo como fonte de emprego e aposentadoria antecipada’.”
Uma grande soma em dinheiro pode ser chamada de “vultosa”, mas não de “vultuosa”. Igualmente, consideráveis gastos sociais podem ser “vultosos gastos sociais”, mas não “vultuosos”.
As palavras são muito parecidas – é esse um dos célebres pares de parônimos da língua portuguesa. “Vultuoso” é termo de uso bem mais restrito. Em medicina, diz-se que alguém é “vultoso” quando acometido de “vultuosidade”. Esta, por sua vez, é a condição de quem tem as faces e os lábios inchados e os olhos salientes.
São muito comuns, mas totalmente inadequadas, construções como “vultuosidade do edifício” (em vez de “suntuosidade”) ou “vultuosidade do poeta” (no lugar de “importância” ou celebridade do poeta”). Importante: não existe o termo “vultosidade” como substantivo referente a “vultoso”.
Convém, portanto ficar atento: aquilo que é volumoso, avultado (de vulto) ou grande, considerável, importante é “vultoso” (o termo é formado do substantivo “vulto” acrescido do sufixo “-oso”). “Vultuoso” e “vultuosidade” referem-se a inchaço ou edema facial.
Veja, abaixo, o texto corrigido:
O texto prevê a redução de “vultosos gastos sociais”, a eliminação de “subsídios excessivos” e o “estudo como fonte de emprego e aposentadoria antecipada”.
Saia dos momentos de crise com criatividade e força de vontade
Aceitar a realidade ajuda na busca de soluções práticas e favoráveis
As crises são de fato como as ondas do mar. Maiores ou menores, suaves ou violentas e elas sempre voltam. Seja na economia, nas empresas, nas vidas pessoais e profissionais, elas fazem parte da história de todos. Mas quem não conhece alguma pessoa que tenha saído de uma crise para uma situação melhor? Eu conheço inúmeras.
Neste artigo, quero mostrar um apanhado de minha experiência como consultora em criatividade, quando atuei com empresas em crise, bem como o que vi e vivi como pessoa e cidadã. Pretendo apontar algumas atitudes e comportamentos que poderão ajudá-lo a viver o impacto de um tsunami, ajudá-lo a ajudar sua empresa e, sobretudo mostrar como você pode se destacar positivamente no seu ambiente de trabalho.
Tópicos para sua reflexão:
Realismo construtivo - Algumas pessoas se comportam como o "arauto do apocalipse", ou seja, trazem más notícias e fomentam o pânico. Assim elas são ouvidas, conseguem impressionar. Se as notícias forem verdadeiras, pelo menos estão acrescentando informação. No mais, é só contribuição para o medo e baixo astral.
Outras pessoas se comportam como "Polianas". Frases vagas do tipo "tudo vai dar certo" vão soar fora de lugar, assim como atitudes de negação dos fatos. O verdadeiro otimista aceita a realidade e busca visualizar ou construir espaços favoráveis dentro dela. E aí que o velho chavão da crise como sinônimo de oportunidade funciona.
Convivência com a incerteza - Quem não suporta a incerteza tende a preenchê-la com fantasias. Pior, tende a insistir com sua hipótese ao ponto de negar outras possibilidades. Nada pode ser mais perigoso. Assumir o desconhecimento é muito mais construtivo do que se apegar a uma única opinião. Em meu trabalho, estimulo a ampliação da percepção e de enfoques diferentes. Decisões criativas se beneficiam da diversidade.
Além disso, sugiro decisões com planos A, B e C e muita flexibilidade para o imprevisível.
A vida pode até mudar, mas continua - Já foi comum o adiamento de iniciativas para depois das crises. Isso não funciona mais. Por outro lado, a incerteza pode gerar uma "síndrome da barata tonta", ou seja, ações sendo feitas, desfeitas e refeitas sem gerar resultados. Para a geração de ideias durante crises, sugiro uma classificação dos planos a serem mudados, mantidos ou postergados. Na sequência, faço a visualização das oportunidades. É aí que elas são criadas.
Razão e emoção - Pessoas devem de fato considerar seus sentimentos. A objetividade inclui levar em conta as emoções, perceber o quanto elas afetam os comportamentos. Pessoas ou empresas, o que importa é que as ideias e as escolhas ocorram em função dos objetivos, mais do que de acordo com personalidades, cultura organizacional ou momento psicológico.
Contribuições - Momentos difíceis precisam de sugestões e ousadia. São também oportunidades para as pessoas aparecerem.
Quem perceber que uma ideia faz sentido vai lutar por ela. E se alguém achar que a ideia não é boa, estará muito ocupado discutindo a crise para criticá-la.
Fonte - Site Minha Vida
As crises são de fato como as ondas do mar. Maiores ou menores, suaves ou violentas e elas sempre voltam. Seja na economia, nas empresas, nas vidas pessoais e profissionais, elas fazem parte da história de todos. Mas quem não conhece alguma pessoa que tenha saído de uma crise para uma situação melhor? Eu conheço inúmeras.
Neste artigo, quero mostrar um apanhado de minha experiência como consultora em criatividade, quando atuei com empresas em crise, bem como o que vi e vivi como pessoa e cidadã. Pretendo apontar algumas atitudes e comportamentos que poderão ajudá-lo a viver o impacto de um tsunami, ajudá-lo a ajudar sua empresa e, sobretudo mostrar como você pode se destacar positivamente no seu ambiente de trabalho.
Tópicos para sua reflexão:
Realismo construtivo - Algumas pessoas se comportam como o "arauto do apocalipse", ou seja, trazem más notícias e fomentam o pânico. Assim elas são ouvidas, conseguem impressionar. Se as notícias forem verdadeiras, pelo menos estão acrescentando informação. No mais, é só contribuição para o medo e baixo astral.
Outras pessoas se comportam como "Polianas". Frases vagas do tipo "tudo vai dar certo" vão soar fora de lugar, assim como atitudes de negação dos fatos. O verdadeiro otimista aceita a realidade e busca visualizar ou construir espaços favoráveis dentro dela. E aí que o velho chavão da crise como sinônimo de oportunidade funciona.
Convivência com a incerteza - Quem não suporta a incerteza tende a preenchê-la com fantasias. Pior, tende a insistir com sua hipótese ao ponto de negar outras possibilidades. Nada pode ser mais perigoso. Assumir o desconhecimento é muito mais construtivo do que se apegar a uma única opinião. Em meu trabalho, estimulo a ampliação da percepção e de enfoques diferentes. Decisões criativas se beneficiam da diversidade.
Além disso, sugiro decisões com planos A, B e C e muita flexibilidade para o imprevisível.
A vida pode até mudar, mas continua - Já foi comum o adiamento de iniciativas para depois das crises. Isso não funciona mais. Por outro lado, a incerteza pode gerar uma "síndrome da barata tonta", ou seja, ações sendo feitas, desfeitas e refeitas sem gerar resultados. Para a geração de ideias durante crises, sugiro uma classificação dos planos a serem mudados, mantidos ou postergados. Na sequência, faço a visualização das oportunidades. É aí que elas são criadas.
Razão e emoção - Pessoas devem de fato considerar seus sentimentos. A objetividade inclui levar em conta as emoções, perceber o quanto elas afetam os comportamentos. Pessoas ou empresas, o que importa é que as ideias e as escolhas ocorram em função dos objetivos, mais do que de acordo com personalidades, cultura organizacional ou momento psicológico.
Contribuições - Momentos difíceis precisam de sugestões e ousadia. São também oportunidades para as pessoas aparecerem.
Quem perceber que uma ideia faz sentido vai lutar por ela. E se alguém achar que a ideia não é boa, estará muito ocupado discutindo a crise para criticá-la.
Fonte - Site Minha Vida
quarta-feira, 15 de setembro de 2010
O silêncio dos lobos
Silêncio. Pense em alguém que seja poderoso...
Essa pessoa briga e grita como uma galinha, ou olha e silencia, como um lobo?
Lobos não gritam. Eles têm a aura de força e poder. Observam em silêncio.
Somente os poderosos, sejam lobos, homens ou mulheres, respondem a um ataque verbal com o silêncio.
Além disso, quem evita dizer tudo o que tem vontade, raramente se arrepende por magoar alguém com palavras ásperas e impensadas.
Exatamente por isso, o primeiro e mais óbvio sinal de poder sobre si mesmo é o silêncio em momentos críticos. Se você está em silêncio, olhando para o problema, mostra que está pensando, sem tempo para debates fúteis.
Se for uma discussão que já deixou o terreno da razão, quem silencia mostra que já venceu, mesmo quando o outro lado insiste em gritar a sua derrota. Olhe. Sorria. Silencie. Vá em frente.
Lembre-se de que há momentos de falar e há momentos de silenciar. Escolha qual desses momentos é o correto, mesmo que tenha que se esforçar para isso.
Por alguma razão, provavelmente cultural, somos treinados para a (falsa) idéia de que somos obrigados a responder a todas as perguntas e reagir a todos os ataques.
Não é verdade ! Você responde somente ao que quer responder e reage somente ao que quer reagir. Você nem mesmo é obrigado a atender seu telefone pessoal.
Falar é uma escolha, não uma exigência, por mais que assim o pareça. Você pode escolher o silêncio.
Além disso, você não terá que se arrepender por coisas ditas em momentos impensados, como defendeu Xenocrates, mais de trezentos anos antes de Cristo, ao afirmar:
“ ME ARREPENDO DE COISAS QUE DISSE, MAS JAMAIS DO MEU SILÊNCIO;.
Responda com o silêncio, quando for necessário. Use sorrisos, não sorrisos sarcásticos, mas reais.
Use o olhar, use um abraço ou use qualquer outra coisa para não responder em alguns momentos.
Você verá que o silêncio pode ser a mais poderosa das respostas. E, no momento certo, a mais compreensiva e real delas.
Enviado por Joseoly Moreira, Fortaleza/Ce
Essa pessoa briga e grita como uma galinha, ou olha e silencia, como um lobo?
Lobos não gritam. Eles têm a aura de força e poder. Observam em silêncio.
Somente os poderosos, sejam lobos, homens ou mulheres, respondem a um ataque verbal com o silêncio.
Além disso, quem evita dizer tudo o que tem vontade, raramente se arrepende por magoar alguém com palavras ásperas e impensadas.
Exatamente por isso, o primeiro e mais óbvio sinal de poder sobre si mesmo é o silêncio em momentos críticos. Se você está em silêncio, olhando para o problema, mostra que está pensando, sem tempo para debates fúteis.
Se for uma discussão que já deixou o terreno da razão, quem silencia mostra que já venceu, mesmo quando o outro lado insiste em gritar a sua derrota. Olhe. Sorria. Silencie. Vá em frente.
Lembre-se de que há momentos de falar e há momentos de silenciar. Escolha qual desses momentos é o correto, mesmo que tenha que se esforçar para isso.
Por alguma razão, provavelmente cultural, somos treinados para a (falsa) idéia de que somos obrigados a responder a todas as perguntas e reagir a todos os ataques.
Não é verdade ! Você responde somente ao que quer responder e reage somente ao que quer reagir. Você nem mesmo é obrigado a atender seu telefone pessoal.
Falar é uma escolha, não uma exigência, por mais que assim o pareça. Você pode escolher o silêncio.
Além disso, você não terá que se arrepender por coisas ditas em momentos impensados, como defendeu Xenocrates, mais de trezentos anos antes de Cristo, ao afirmar:
“ ME ARREPENDO DE COISAS QUE DISSE, MAS JAMAIS DO MEU SILÊNCIO;.
Responda com o silêncio, quando for necessário. Use sorrisos, não sorrisos sarcásticos, mas reais.
Use o olhar, use um abraço ou use qualquer outra coisa para não responder em alguns momentos.
Você verá que o silêncio pode ser a mais poderosa das respostas. E, no momento certo, a mais compreensiva e real delas.
Enviado por Joseoly Moreira, Fortaleza/Ce
terça-feira, 14 de setembro de 2010
Fator fîsico pode atrapalhar vida sexual da mulher
O ideal é não deixar o problema se arrastar, pois quanto antes for feito um diagnóstico, mais cedo será proposto um tratamento
Carinho combate dificuldade de orgasmoFalta de libido, dificuldade de excitação, ausência de orgasmos e dor durante o ato sexual. O quadro é bastante preocupante e pode ser originado por fatores físicos, e não apenas por problemas emocionais, embora estes últimos sejam as principais queixas femininas nos consultórios dos sexólogos. Mais da metade das brasileiras entre 19 e 55 anos sofrem de algum de tipo de disfunção sexual, segundo pesquisa do ProSex (Projeto de Sexualidade), do Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínicas, de São Paulo.
Se até mesmo um simples resfriado pode atrapalhar uma noite de sexo, imagine o estrago de um desequilíbrio hormonal, por exemplo, que deixa a mulher sem a mínima vontade de transar. Ou um caso de vaginismo, cuja dor torna o ato sexual doloroso ou o impossibilita. “Ela não vai ficar bem, pode se comparar a outras mulheres, sentir-se diminuída, ver sua autoestima despencar e assim por diante. Nesse caso, o fator emocional é consequência de um distúrbio físico”, diz a psicóloga e sexóloga Carla Cecarello, de São Paulo.
E fácil para a mulher perceber que um problema físico está atrapalhando seu desempenho sexual? “Assuntos relacionados ao sexo nem sempre são fáceis para a maioria das pessoas, pois envolvem sentimentos diversos e valores pessoais, entre outros fatores”, diz a ginecologista e obstetra Barbara Murayama, de São Paulo.
A mulher pode perceber o problema, mas, muitas vezes, resiste em procurar ajuda profissional. “Ela até vai para o sexo sem vontade para satisfazer o parceiro ou manter o relacionamento”, observa Cecarello. Por isso, diz Murayama, “muitos casais demoram a procurar profissionais especializados no assunto e acabam convivendo com a falta de sexo satisfatório por muito tempo, o que pode prejudicar outros setores da vida deles”.
Em seus atendimentos, Cecarello percebe ainda que é comum a mulher que relatou uma disfunção sexual ficar desejando que seja de origem física. “A causa emocional não é palpável; a física requer remédios e pronto”, diz. Por isso, em seus diagnósticos, às vezes ela pede uma avaliação médica mesmo que não haja necessidade. “Como sexóloga, faço uma avaliação emocional da paciente. Dependendo da queixa e da idade, não preciso solicitar uma avaliação médica. Mas, para algumas, chego a solicitar para que elas mesmas se convençam de que o problema não é físico, e sim emocional”.
O conselho da ginecologista Barbara Murayama é não deixar o problema se arrastar. Quanto antes for feito um diagnóstico, mais cedo será proposto o tratamento. Afinal, a satisfação sexual está totalmente ligada à satisfação nos demais setores da vida.
Para a Sexóloga Carla Cecarello e ginecologista Barbara Murayama“A sexualidade é algo multifatorial. Em outras palavras, ter uma vida sexual satisfatória irá depender de muitos elementos, mas, na maioria das vezes, pessoas com boa autoestima ou que vivam relacionamentos em que o diálogo é aberto tendem a ser mais satisfeitas, independentemente dos demais fatores adversos físicos, psicológicos ou mesmo sociais”, conclui Murayama.
Conceitos
A ginecologista explica alguns conceitos relacionados à vida sexual:
Desejo - É o mesmo que libido, ou seja, a vontade de fazer sexo. Pode envolver pensamentos e imagens sexuais. O desejo pode ocorrer espontaneamente ou em resposta a um parceiro, a pensamentos ou imagens. O desejo sexual não é essencial para se ter uma vida sexual satisfatória. Ou seja, uma mulher que não pensa em sexo ou não toma a iniciativa não tem, necessariamente, um problema.
Excitação - É uma sensação de prazer sexual, muitas vezes acompanhada por um aumento do fluxo sanguíneo para os órgãos genitais e também da frequência cardíaca, da pressão arterial e da respiração.
Orgasmo - É definido como um pico de prazer sexual e liberação da tensão, geralmente com contrações dos músculos na área genital e nos órgãos reprodutivos
Carinho combate dificuldade de orgasmoFalta de libido, dificuldade de excitação, ausência de orgasmos e dor durante o ato sexual. O quadro é bastante preocupante e pode ser originado por fatores físicos, e não apenas por problemas emocionais, embora estes últimos sejam as principais queixas femininas nos consultórios dos sexólogos. Mais da metade das brasileiras entre 19 e 55 anos sofrem de algum de tipo de disfunção sexual, segundo pesquisa do ProSex (Projeto de Sexualidade), do Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínicas, de São Paulo.
Se até mesmo um simples resfriado pode atrapalhar uma noite de sexo, imagine o estrago de um desequilíbrio hormonal, por exemplo, que deixa a mulher sem a mínima vontade de transar. Ou um caso de vaginismo, cuja dor torna o ato sexual doloroso ou o impossibilita. “Ela não vai ficar bem, pode se comparar a outras mulheres, sentir-se diminuída, ver sua autoestima despencar e assim por diante. Nesse caso, o fator emocional é consequência de um distúrbio físico”, diz a psicóloga e sexóloga Carla Cecarello, de São Paulo.
E fácil para a mulher perceber que um problema físico está atrapalhando seu desempenho sexual? “Assuntos relacionados ao sexo nem sempre são fáceis para a maioria das pessoas, pois envolvem sentimentos diversos e valores pessoais, entre outros fatores”, diz a ginecologista e obstetra Barbara Murayama, de São Paulo.
A mulher pode perceber o problema, mas, muitas vezes, resiste em procurar ajuda profissional. “Ela até vai para o sexo sem vontade para satisfazer o parceiro ou manter o relacionamento”, observa Cecarello. Por isso, diz Murayama, “muitos casais demoram a procurar profissionais especializados no assunto e acabam convivendo com a falta de sexo satisfatório por muito tempo, o que pode prejudicar outros setores da vida deles”.
Em seus atendimentos, Cecarello percebe ainda que é comum a mulher que relatou uma disfunção sexual ficar desejando que seja de origem física. “A causa emocional não é palpável; a física requer remédios e pronto”, diz. Por isso, em seus diagnósticos, às vezes ela pede uma avaliação médica mesmo que não haja necessidade. “Como sexóloga, faço uma avaliação emocional da paciente. Dependendo da queixa e da idade, não preciso solicitar uma avaliação médica. Mas, para algumas, chego a solicitar para que elas mesmas se convençam de que o problema não é físico, e sim emocional”.
O conselho da ginecologista Barbara Murayama é não deixar o problema se arrastar. Quanto antes for feito um diagnóstico, mais cedo será proposto o tratamento. Afinal, a satisfação sexual está totalmente ligada à satisfação nos demais setores da vida.
Para a Sexóloga Carla Cecarello e ginecologista Barbara Murayama“A sexualidade é algo multifatorial. Em outras palavras, ter uma vida sexual satisfatória irá depender de muitos elementos, mas, na maioria das vezes, pessoas com boa autoestima ou que vivam relacionamentos em que o diálogo é aberto tendem a ser mais satisfeitas, independentemente dos demais fatores adversos físicos, psicológicos ou mesmo sociais”, conclui Murayama.
Conceitos
A ginecologista explica alguns conceitos relacionados à vida sexual:
Desejo - É o mesmo que libido, ou seja, a vontade de fazer sexo. Pode envolver pensamentos e imagens sexuais. O desejo pode ocorrer espontaneamente ou em resposta a um parceiro, a pensamentos ou imagens. O desejo sexual não é essencial para se ter uma vida sexual satisfatória. Ou seja, uma mulher que não pensa em sexo ou não toma a iniciativa não tem, necessariamente, um problema.
Excitação - É uma sensação de prazer sexual, muitas vezes acompanhada por um aumento do fluxo sanguíneo para os órgãos genitais e também da frequência cardíaca, da pressão arterial e da respiração.
Orgasmo - É definido como um pico de prazer sexual e liberação da tensão, geralmente com contrações dos músculos na área genital e nos órgãos reprodutivos
Fonte - Site Comportamento-UOL
O pior cego...
MICHAEL KEPP
Quem elege como seu pior defeito o perfeccionismo não tem a menor ideia do seu pior defeito
POR QUE tantas pessoas são cegas para os próprios defeitos? Estaríamos todos, como disse Nietzsche, condenados a ver o mundo e a nós mesmos a partir de nossa perspectiva parcial e distorcida?
A maioria se recusa a aceitar opiniões sobre si mesma que contradigam o que acredita. Alguns se recusam a ouvir a voz interior que, ao contrário da voz falada, não mente. Diz Millôr: "O pior cego é o que não quer ouvir".
Quem elege como seu pior defeito ser perfeccionista, ingênuo ou franco não tem ideia do seu pior defeito.
Essa cegueira me lembra da mulher com quem eu passei uma hora na cama tentando satisfazê-la. Quando desisti e gozei, ela perguntou se "ejaculação precoce" era um problema crônico meu.
Meu irmão verborrágico se acha só "descritivo". Seus monólogos entupidos de minúcias podem durar tanto quanto uma peça curta.
Quando pedi que me poupasse de detalhes em seus e-mails de sete páginas sobre problemas legais de uma herança, ele usou dez páginas para me prometer isso.
Uma amiga não faz ideia de que é compulsivamente indecisa. Quando nos encontramos, é em lugar e hora que ela troca quatro vezes antes.
Uma vez, quando disse como era difícil encontrar com alguém tão irresoluto, ela mudou de ideia várias vezes antes de admitir o problema.
Um dia depois, voltou atrás, me acusando de sempre querer as coisas do meu jeito.
Um ex-amigo não confia nos amigos: suspeita de motivos egoístas e dúbios por trás dos gestos mais generosos. Quando diagnostiquei sua doença, se recusou a acreditar em mim, dizendo que eu tinha algo a ganhar com a acusação. Sua incapacidade de confiar evitou que enxergasse sua incapacidade de confiar.
Um de meus defeitos que suavizei: criticava, sem aceitar bem críticas. Quando amigos me diziam isso, gritava com eles, o que tendia a reforçar o argumento.
Hoje, aceito melhor as críticas, porque revelam tanto sobre quem critica quanto sobre mim. Ainda sou crítico em relação às pessoas, mas apenas quando elas não estão presentes. Tentei ficar uma semana sem falar mal de ninguém, mas nunca passei do segundo dia. Também cometo o erro de compartilhar minhas opiniões polêmicas com desconhecidos, um risco social constrangedor.
Meu terapeuta sugeriu que, para evitar esse desconforto, eu me tornasse mais aceitável socialmente. Mas minha voz interior disse que me tornar um camaleão social me exporia a risco ainda maior: não ser autêntico.
Então, procurei um novo terapeuta, um capaz de reconhecer seus próprios defeitos tão bem quanto os meus.
--------------------------------------------------------------------------------
MICHAEL KEPP , jornalista norte-americano radicado há 27 anos no Brasil, é autor do livro de crônicas "Sonhando com Sotaque - Confissões e Desabafos de um Gringo Brasileiro" (ed. Record)
Quem elege como seu pior defeito o perfeccionismo não tem a menor ideia do seu pior defeito
POR QUE tantas pessoas são cegas para os próprios defeitos? Estaríamos todos, como disse Nietzsche, condenados a ver o mundo e a nós mesmos a partir de nossa perspectiva parcial e distorcida?
A maioria se recusa a aceitar opiniões sobre si mesma que contradigam o que acredita. Alguns se recusam a ouvir a voz interior que, ao contrário da voz falada, não mente. Diz Millôr: "O pior cego é o que não quer ouvir".
Quem elege como seu pior defeito ser perfeccionista, ingênuo ou franco não tem ideia do seu pior defeito.
Essa cegueira me lembra da mulher com quem eu passei uma hora na cama tentando satisfazê-la. Quando desisti e gozei, ela perguntou se "ejaculação precoce" era um problema crônico meu.
Meu irmão verborrágico se acha só "descritivo". Seus monólogos entupidos de minúcias podem durar tanto quanto uma peça curta.
Quando pedi que me poupasse de detalhes em seus e-mails de sete páginas sobre problemas legais de uma herança, ele usou dez páginas para me prometer isso.
Uma amiga não faz ideia de que é compulsivamente indecisa. Quando nos encontramos, é em lugar e hora que ela troca quatro vezes antes.
Uma vez, quando disse como era difícil encontrar com alguém tão irresoluto, ela mudou de ideia várias vezes antes de admitir o problema.
Um dia depois, voltou atrás, me acusando de sempre querer as coisas do meu jeito.
Um ex-amigo não confia nos amigos: suspeita de motivos egoístas e dúbios por trás dos gestos mais generosos. Quando diagnostiquei sua doença, se recusou a acreditar em mim, dizendo que eu tinha algo a ganhar com a acusação. Sua incapacidade de confiar evitou que enxergasse sua incapacidade de confiar.
Um de meus defeitos que suavizei: criticava, sem aceitar bem críticas. Quando amigos me diziam isso, gritava com eles, o que tendia a reforçar o argumento.
Hoje, aceito melhor as críticas, porque revelam tanto sobre quem critica quanto sobre mim. Ainda sou crítico em relação às pessoas, mas apenas quando elas não estão presentes. Tentei ficar uma semana sem falar mal de ninguém, mas nunca passei do segundo dia. Também cometo o erro de compartilhar minhas opiniões polêmicas com desconhecidos, um risco social constrangedor.
Meu terapeuta sugeriu que, para evitar esse desconforto, eu me tornasse mais aceitável socialmente. Mas minha voz interior disse que me tornar um camaleão social me exporia a risco ainda maior: não ser autêntico.
Então, procurei um novo terapeuta, um capaz de reconhecer seus próprios defeitos tão bem quanto os meus.
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MICHAEL KEPP , jornalista norte-americano radicado há 27 anos no Brasil, é autor do livro de crônicas "Sonhando com Sotaque - Confissões e Desabafos de um Gringo Brasileiro" (ed. Record)
segunda-feira, 13 de setembro de 2010
DEFINIÇÃO DE SAUDADE
artigo do Dr. Rogério Brandão, Médico oncologista
Como médico cancerologista, já calejado com longos 29 anos de atuação profissional (...) posso afirmar que cresci e modifiquei-me com os dramas vivenciados pelos meus pacientes. Não conhecemos nossa verdadeira dimensão até que, pegos pela adversidade, descobrimos que somos capazes de ir muito mais além.
Recordo-me com emoção do Hospital do Câncer de Pernambuco, onde dei meus primeiros passos como profissional... Comecei a freqüentar a enfermaria infantil e apaixonei-me pela oncopediatria. Vivenciei os dramas dos meus pacientes, crianças vítimas inocentes do câncer. Com o nascimento da minha primeira filha, comecei a me acovardar ao ver o sofrimento das crianças.
Até o dia em que um anjo passou por mim! Meu anjo veio na forma de uma criança já com 11 anos, calejada por dois longos anos de tratamentos diversos, manipulações, injeções e todos os desconfortos trazidos pelos programas de químicos e radioterapias. Mas nunca vi o pequeno anjo fraquejar. Vi-a chorar muitas vezes; também vi medo em seus olhinhos; porém, isso é humano!
Um dia, cheguei ao hospital cedinho e encontrei meu anjo sozinho no quarto. Perguntei pela mãe. A resposta que recebi, ainda hoje, não consigo contar sem vivenciar profunda emoção.
— Tio, — disse-me ela — às vezes minha mãe sai do quarto para chorar escondido nos corredores... Quando eu morrer, acho que ela vai ficar com muita saudade. Mas, eu não tenho medo de morrer, tio. Eu não nasci para esta vida!
Indaguei:
— E o que morte representa para você, minha querida?
— Olha tio, quando a gente é pequena, às vezes, vamos dormir na cama do nosso pai e, no outro dia, acordamos em nossa própria cama, não é? (Lembrei das minhas filhas, na época crianças de 6 e 2 anos, com elas, eu procedia exatamente assim.)
— É isso mesmo.
— Um dia eu vou dormir e o meu Pai vem me buscar. Vou acordar na casa Dele, na minha vida verdadeira!
Fiquei "entupigaitado", não sabia o que dizer. Chocado com a maturidade com que o sofrimento acelerou, a visão e a espiritualidade daquela criança.
— E minha mãe vai ficar com saudades — emendou ela.
Emocionado, contendo uma lágrima e um soluço, perguntei:
— E o que saudade significa para você, minha querida?
— Saudade é o amor que fica!
Hoje, aos 53 anos de idade, desafio qualquer um a dar uma definição melhor, mais direta e simples para a palavra saudade: é o amor que fica!
ATITUDE É TUDO!!!
Seja mais humano e agradável com as pessoas.
Cada uma das pessoas com quem você convive está travando algum tipo de batalha.
- Viva com simplicidade.
- Ame generosamente.
- Cuide-se intensamente.
- Fale com gentileza.
- E, principalmente, NÃO RECLAME!
Enviado por Paulo Segundo da Costa, Salvador/Ba
Como médico cancerologista, já calejado com longos 29 anos de atuação profissional (...) posso afirmar que cresci e modifiquei-me com os dramas vivenciados pelos meus pacientes. Não conhecemos nossa verdadeira dimensão até que, pegos pela adversidade, descobrimos que somos capazes de ir muito mais além.
Recordo-me com emoção do Hospital do Câncer de Pernambuco, onde dei meus primeiros passos como profissional... Comecei a freqüentar a enfermaria infantil e apaixonei-me pela oncopediatria. Vivenciei os dramas dos meus pacientes, crianças vítimas inocentes do câncer. Com o nascimento da minha primeira filha, comecei a me acovardar ao ver o sofrimento das crianças.
Até o dia em que um anjo passou por mim! Meu anjo veio na forma de uma criança já com 11 anos, calejada por dois longos anos de tratamentos diversos, manipulações, injeções e todos os desconfortos trazidos pelos programas de químicos e radioterapias. Mas nunca vi o pequeno anjo fraquejar. Vi-a chorar muitas vezes; também vi medo em seus olhinhos; porém, isso é humano!
Um dia, cheguei ao hospital cedinho e encontrei meu anjo sozinho no quarto. Perguntei pela mãe. A resposta que recebi, ainda hoje, não consigo contar sem vivenciar profunda emoção.
— Tio, — disse-me ela — às vezes minha mãe sai do quarto para chorar escondido nos corredores... Quando eu morrer, acho que ela vai ficar com muita saudade. Mas, eu não tenho medo de morrer, tio. Eu não nasci para esta vida!
Indaguei:
— E o que morte representa para você, minha querida?
— Olha tio, quando a gente é pequena, às vezes, vamos dormir na cama do nosso pai e, no outro dia, acordamos em nossa própria cama, não é? (Lembrei das minhas filhas, na época crianças de 6 e 2 anos, com elas, eu procedia exatamente assim.)
— É isso mesmo.
— Um dia eu vou dormir e o meu Pai vem me buscar. Vou acordar na casa Dele, na minha vida verdadeira!
Fiquei "entupigaitado", não sabia o que dizer. Chocado com a maturidade com que o sofrimento acelerou, a visão e a espiritualidade daquela criança.
— E minha mãe vai ficar com saudades — emendou ela.
Emocionado, contendo uma lágrima e um soluço, perguntei:
— E o que saudade significa para você, minha querida?
— Saudade é o amor que fica!
Hoje, aos 53 anos de idade, desafio qualquer um a dar uma definição melhor, mais direta e simples para a palavra saudade: é o amor que fica!
ATITUDE É TUDO!!!
Seja mais humano e agradável com as pessoas.
Cada uma das pessoas com quem você convive está travando algum tipo de batalha.
- Viva com simplicidade.
- Ame generosamente.
- Cuide-se intensamente.
- Fale com gentileza.
- E, principalmente, NÃO RECLAME!
Enviado por Paulo Segundo da Costa, Salvador/Ba
O alzheimer, pelo paciente que é um médico
Arthur Rivin - O Estado de S.Paulo de 03/02/2010
Sou médico aposentado e professor de medicina. E tenho Alzheimer. Antes do meu diagnóstico, estava familiarizado com a doença, tratando pacientes com Alzheimer durante anos. Mas demorei para suspeitar da minha própria aflição.
Hoje, sabendo que tenho a doença, consegui determinar quando ela começou, há 10 anos, quando estava com 76. Eu presidia um programa mensal de palestras sobre ética médica e conhecia a maior parte dos oradores. Mas, de repente, precisei recorrer ao material que já estava preparado para fazer as apresentações. Comecei então a esquecer nomes, mas nunca as fisionomias. Esses lapsos são comuns em pessoas idosas, de modo que não me preocupei.
Nos anos seguintes, submeti-me a uma cirurgia das coronárias e mais tarde tive dois pequenos derrames cerebrais. Meu neurologista atribuiu os meus problemas a esses derrames, mas minha mente continuou a deteriorar. O golpe final foi há um ano, quando estava recebendo uma menção honrosa no hospital onde trabalhava. Levantei-me para agradecer e não consegui dizer uma palavra sequer.
Minha mulher insistiu para eu consultar um médico. Meu clínico-geral realizou uma série de testes de memória em seu consultório e pediu depois uma tomografia PET,que diagnostica a doença com 95% de precisão. Comecei a ser medicado com Aricept,que tem muitos efeitos colaterais. Eu me ressenti de dois deles: diarreia e perda de apetite. Meu médico insistiu para eu continuar. Os efeitos colaterais desapareceram e comecei a tomar mais um medicamento, Namenda.Esses remédios, em muitos pacientes, não surtem nenhum efeito. Fui um dos raros felizardos.
Em dois meses, senti-me muito melhor e hoje quase voltei ao normal. Demoramos muito tempo para compreender essa doença desde que Alois Alzheimer, médico alemão, estabeleceu os primeiros elos, no início do século 20, entre a demência e a presença de placas e emaranhados de material desconhecido.
Hoje sabemos que esse material é o acúmulo de uma proteína chamada beta-amiloide. A hipótese principal para o mecanismo da doença de Alzheimer é que essa proteína se acumula nas células do cérebro, provocando uma degeneração dos neurônios. Hoje, há alguns produtos farmacêuticos para limpar essa proteína das células.
No entanto, as placas de amiloide podem ser detectadas apenas numa autópsia, de modo que são associadas apenas com pessoas que desenvolveram plenamente a doença. Não sabemos se esses são os primeiros indicadores biológicos da doença.
Mas há muitas coisas que aprendemos. A partir da minha melhora, passei a fazer uma lista de insights que gostaria de compartilhar com outras pessoas que enfrentam problemas de memória: tenha sempre consigo um caderninho de notas e escreva o que deseja lembrar mais tarde.
Quando não conseguir lembrar de um nome, peça para que a pessoa o repita e então escreva. Leia livros. Faça caminhadas. Dedique-se ao desenho e à pintura.
Pratique jardinagem. Faça quebra-cabeças e jogos. Experimente coisas novas. Organize o seu dia. Adote uma dieta saudável, que inclua peixe duas vezes por semana, frutas e legumes e vegetais, ácidos graxos ômega 3.
Não se afaste dos amigos e da sua família. É um conselho que aprendi a duras penas. Temendo que as pessoas se apiedassem de mim, procurei manter a minha doença em segredo e isso significou me afastar das pessoas que eu amava. Mas agora me sinto gratificado ao ver como as pessoas são tolerantes e como desejam ajudar.
A doença afeta 1 a cada 8 pessoas com mais de 65 anos e quase a metade dos que têm mais de 85. A previsão é de que o número de pessoas com Alzheimer nos EUA dobre até 2030.
Sei que, como qualquer outro ser humano, um dia vou morrer. Assim, certifiquei-me dos documentos que necessitava examinar e assinar enquanto ainda estou capaz e desperto, coisas como deixar recomendações por escrito ou uma ordem para desligar os aparelhos quando não houver chance de recuperação. Procurei assegurar que aqueles que amo saibam dos meus desejos. Quando não souber mais quem sou, não reconhecer mais as pessoas ou estiver incapacitado, sem nenhuma chance de melhora, quero apenas consolo e cuidados paliativos.
ARTHUR RIVIN FOI CLÍNICO-GERAL E É PROFESSOR EMÉRITO DA UNIVERSIDADE DA CALIFÓRNIA
Enviado por Arildo Almeida, Fortaleza/Ce
Sou médico aposentado e professor de medicina. E tenho Alzheimer. Antes do meu diagnóstico, estava familiarizado com a doença, tratando pacientes com Alzheimer durante anos. Mas demorei para suspeitar da minha própria aflição.
Hoje, sabendo que tenho a doença, consegui determinar quando ela começou, há 10 anos, quando estava com 76. Eu presidia um programa mensal de palestras sobre ética médica e conhecia a maior parte dos oradores. Mas, de repente, precisei recorrer ao material que já estava preparado para fazer as apresentações. Comecei então a esquecer nomes, mas nunca as fisionomias. Esses lapsos são comuns em pessoas idosas, de modo que não me preocupei.
Nos anos seguintes, submeti-me a uma cirurgia das coronárias e mais tarde tive dois pequenos derrames cerebrais. Meu neurologista atribuiu os meus problemas a esses derrames, mas minha mente continuou a deteriorar. O golpe final foi há um ano, quando estava recebendo uma menção honrosa no hospital onde trabalhava. Levantei-me para agradecer e não consegui dizer uma palavra sequer.
Minha mulher insistiu para eu consultar um médico. Meu clínico-geral realizou uma série de testes de memória em seu consultório e pediu depois uma tomografia PET,que diagnostica a doença com 95% de precisão. Comecei a ser medicado com Aricept,que tem muitos efeitos colaterais. Eu me ressenti de dois deles: diarreia e perda de apetite. Meu médico insistiu para eu continuar. Os efeitos colaterais desapareceram e comecei a tomar mais um medicamento, Namenda.Esses remédios, em muitos pacientes, não surtem nenhum efeito. Fui um dos raros felizardos.
Em dois meses, senti-me muito melhor e hoje quase voltei ao normal. Demoramos muito tempo para compreender essa doença desde que Alois Alzheimer, médico alemão, estabeleceu os primeiros elos, no início do século 20, entre a demência e a presença de placas e emaranhados de material desconhecido.
Hoje sabemos que esse material é o acúmulo de uma proteína chamada beta-amiloide. A hipótese principal para o mecanismo da doença de Alzheimer é que essa proteína se acumula nas células do cérebro, provocando uma degeneração dos neurônios. Hoje, há alguns produtos farmacêuticos para limpar essa proteína das células.
No entanto, as placas de amiloide podem ser detectadas apenas numa autópsia, de modo que são associadas apenas com pessoas que desenvolveram plenamente a doença. Não sabemos se esses são os primeiros indicadores biológicos da doença.
Mas há muitas coisas que aprendemos. A partir da minha melhora, passei a fazer uma lista de insights que gostaria de compartilhar com outras pessoas que enfrentam problemas de memória: tenha sempre consigo um caderninho de notas e escreva o que deseja lembrar mais tarde.
Quando não conseguir lembrar de um nome, peça para que a pessoa o repita e então escreva. Leia livros. Faça caminhadas. Dedique-se ao desenho e à pintura.
Pratique jardinagem. Faça quebra-cabeças e jogos. Experimente coisas novas. Organize o seu dia. Adote uma dieta saudável, que inclua peixe duas vezes por semana, frutas e legumes e vegetais, ácidos graxos ômega 3.
Não se afaste dos amigos e da sua família. É um conselho que aprendi a duras penas. Temendo que as pessoas se apiedassem de mim, procurei manter a minha doença em segredo e isso significou me afastar das pessoas que eu amava. Mas agora me sinto gratificado ao ver como as pessoas são tolerantes e como desejam ajudar.
A doença afeta 1 a cada 8 pessoas com mais de 65 anos e quase a metade dos que têm mais de 85. A previsão é de que o número de pessoas com Alzheimer nos EUA dobre até 2030.
Sei que, como qualquer outro ser humano, um dia vou morrer. Assim, certifiquei-me dos documentos que necessitava examinar e assinar enquanto ainda estou capaz e desperto, coisas como deixar recomendações por escrito ou uma ordem para desligar os aparelhos quando não houver chance de recuperação. Procurei assegurar que aqueles que amo saibam dos meus desejos. Quando não souber mais quem sou, não reconhecer mais as pessoas ou estiver incapacitado, sem nenhuma chance de melhora, quero apenas consolo e cuidados paliativos.
ARTHUR RIVIN FOI CLÍNICO-GERAL E É PROFESSOR EMÉRITO DA UNIVERSIDADE DA CALIFÓRNIA
Enviado por Arildo Almeida, Fortaleza/Ce
domingo, 12 de setembro de 2010
Além de sono, bocejo também pode ser alerta para problemas de saúde
Fadiga constante pode significar que algo de errado está acontecendo com seu corpo
Bocejo está sim relacionado ao sono, mas não é somente o sinal de uma noite mal dormida. Esse ato quase que involuntário, está associado ao baixo metabolismo do corpo, como se fosse uma forma de enganar o sono.
Mas segundo o WebMD, o bocejo pode ser também um alerta de outros problemas que podem passar despercebidos. Confira algumas razões que podem influenciar que ele apareça para você. Mas lembre-se, o ideal é procurar um médico antes de tomar alguma medicação.
Alergia alimentar
Se sua fadiga se intensifica depois das refeições, você pode ter uma intolerância leve a algo que está comendo. Pode não ser do tipo que causa coceira ou vermelhidão, mas te deixa cansado. A solução? Tente retirar do cardápio uma coisa de cada vez e observe se a fadiga some.
Infecção urinária
Você pode ter uma infecção urinária sem a coceira e a dor. “A infecção nem sempre avisa o corpo de forma óbvia”, diz especialistas do WebMD. Talvez a fadiga seja apenas um sinal do problema. A solução? Fazer exame de urina simples pode detectar a doença. Se for positivo, antibióticos podem acabar com ela.
Hipotireoidismo
Essa glândula pequena que fica na base do seu pescoço pode também ser a culpada de muitos bocejos. A tireóide controla o metabolismo, que é responsável por transformar substâncias em energia. Quando a glândula tem algum tipo de problema, você pode sentir-se lento ou engordar. A solução? Se um teste de sangue confirmar que os hormônios da sua tireóide estão baixos, existe medicamento para tratar o mal.
Desidratação
Mesmo se você trabalha sentado, seu corpo precisa de água para ter energia. Se estiver com sede, pode ser sinal de desidratação. E uma vez desidratado, as chances dos bocejos multiplicarem são enormes. A solução? Tenha uma garrafa de água sempre por perto e beba cerca de dois litros por dia.
Problema cardíaco
Quando o cansaço te pega em atividades rotineiras como limpar a casa ou lavar o carro, pode ser que seu coração não esteja tão saudável assim. Se perceber que está muito difícil terminar tarefas que antes eram fáceis, converse com um médico.
Se você sofre de fadiga sem que seja relacionada a qualquer problema de saúde, talvez a solução seja fazer exercício físico. Pesquisas apontam que adultos saudáveis, mas cansados, podem conseguir recarregar as energias com treinos leves. Fazer um exercício aeróbico (andar de bicicleta ou caminhar) por cerca de 20 minutos, três vezes por semana, pode afastar a sensação de cansaço e os bocejos.
Fonte: Revista VEJA
Alimentos poderosos ou remédios?
Como você escolhe seus alimentos? Você pensa neles como nutriente ou como remédio? Afinal, a lista de feira de algumas pessoas, mais parece a gôndola de uma farmácia: berinjela para reduzir o colesterol, casca de maracujá para o diabetes, tomate para proteger contra o câncer de próstata, frutas vermelhas contra o envelhecimento...
São tantas as informações que a idéia de nutrição tem saído de moda e dado lugar aos alimentos super poderosos. Todos os dias nós ficamos sabendo de um novo super star. Nesse instante, as pessoas passam a incorporar o alimento em destaque ao seu cardápio diário, sempre com alegação de que tal alimento poderia reduzir a incidência ou tratar alguma doença. O restante do cardápio passa a ser negligenciado, pois afinal, aquele super alimento já o estaria defendendo de todos os males.
Estamos falando de alimentos quase mágicos. Além de nutrir, promovem saúde e previnem doenças. Assim são definidos os alimentos chamados “funcionais". Nos últimos dez anos, eles ganharam força e status de remédios. Saíram da natureza, onde inicialmente foram descobertos e ganharam as prateleiras dos supermercados e farmácias. Em meio a essa profusão de compostos potencialmente benéficos à saúde, as ciências médicas e nutricionais ainda tentam entender tais propriedades e procuram comprovar se elas realmente existem.
De qualquer forma, sendo eles reais ou não, seria impossível exercerem seus alegados efeitos em uma alimentação que não atenda às necessidades nutricionais. Quando há dieta saudável e alimento funcional juntos, ainda é impossível separarmos os benefícios de um e de outro.
Fonte: Blog Comer sem Culpa
São tantas as informações que a idéia de nutrição tem saído de moda e dado lugar aos alimentos super poderosos. Todos os dias nós ficamos sabendo de um novo super star. Nesse instante, as pessoas passam a incorporar o alimento em destaque ao seu cardápio diário, sempre com alegação de que tal alimento poderia reduzir a incidência ou tratar alguma doença. O restante do cardápio passa a ser negligenciado, pois afinal, aquele super alimento já o estaria defendendo de todos os males.
Estamos falando de alimentos quase mágicos. Além de nutrir, promovem saúde e previnem doenças. Assim são definidos os alimentos chamados “funcionais". Nos últimos dez anos, eles ganharam força e status de remédios. Saíram da natureza, onde inicialmente foram descobertos e ganharam as prateleiras dos supermercados e farmácias. Em meio a essa profusão de compostos potencialmente benéficos à saúde, as ciências médicas e nutricionais ainda tentam entender tais propriedades e procuram comprovar se elas realmente existem.
De qualquer forma, sendo eles reais ou não, seria impossível exercerem seus alegados efeitos em uma alimentação que não atenda às necessidades nutricionais. Quando há dieta saudável e alimento funcional juntos, ainda é impossível separarmos os benefícios de um e de outro.
Fonte: Blog Comer sem Culpa
sábado, 11 de setembro de 2010
Acreditar que é possível ser mais inteligente realmente faz as pessoas mais inteligentes
Imaginar a inteligência como algo mutável e maleável, em vez de algo estável e fixo, pode resultar em melhor aproveitamento acadêmico, especialmente para pessoas que fazem parte de grupos que são vítimas de estereótipos sobre sua inteligência.
As pessoas podem ficar mais espertas? Alguns grupos são mais espertos que outros? Apesar de diversas evidências que provam o inverso, muitas pessoas acreditam que a inteligência é algo fixo e, por alguma razão, alguns grupos raciais ou sociais são mais inteligentes que outros. E a simples verbalização de que um determinado grupo é inferior (como mulheres ou afrodescendentes) pode influenciar negativamente a performance acadêmica dos membros desses grupos. A psicóloga social Claude Steele e outros autores, em um trabalho publicado em 2002, chamaram isso de “a ameaça do estereótipo no desempenho intelectual”.
Outro grupo de pesquisadores (Aronson, Fried e Good, em um trabalho de 2001) desenvolveu um possível “antídoto” para esse tipo de ameaça. Eles indicaram grupos de estudantes de minorias (entre eles, estudantes negros e descendentes de europeus que estudavam nos EUA) a entender a inteligência como algo mutável, em contraposição a uma ideia de inteligência fixa – algo que diversos estudos indicam ser verdadeiro. Um segundo grupo de estudantes, usado como controle – para efeito de comparação dos resultados – não recebeu esse tipo de informação.
Aqueles estudantes que aprenderam sobre a plasticidade da inteligência melhoraram suas notas, em comparação aos estudantes que não sabiam sobre a teoria. O grupo principal do estudo também passou a valorizar mais o aprendizado. E o mais interessante foi que os estudantes negros pareceram se beneficiar mais ainda das informações sobre a plasticidade da inteligência do que os outros grupos, demonstrando o efeito protetor desse tipo de intervenção para contrapor a ameaça do estereótipo.
A pesquisa mostrou um modo relativamente fácil de nivelar positivamente a diferença entre os desempenhos acadêmicos observados entre grupos étnicos vítimas de estereótipos. Entender que a inteligência pode ser modificada pode realmente melhorar os desempenhos intelectuais de alguns indivíduos, especialmente entre aqueles grupos vistos de forma estereotipada como menos inteligentes (a exemplo do que acontece com as mulheres, vistas como menos hábeis com matemática e ciências exatas).
Aplicações práticas
Esse experimento foi replicado por outro grupo de pesquisadores (Blackwell, Dwek e Trzesniewski em 2002). O grupo aplicou os mesmos métodos indicados em estudos anteriores em estudantes dos últimos anos ao ensino fundamental. Durante oito semanas esses alunos aprenderam sobre a plasticidade intelectual, lendo e discutindo sobre artigos científicos sobre o desenvolvimento da inteligência. Um grupo controle também se reunia, mas aprendia sobre memória e estratégias mnemônicas de retenção de informação.
Quando comparados ao grupo controle, estudantes que haviam aprendido sobre plasticidade intelectual apresentavam maior motivação acadêmica, melhores níveis de comportamento e maiores notas em matemática. Aliás, os estudantes membros de grupos vulneráveis à ameaça de estereótipo melhoraram consideravelmente suas notas em matemática após a intervenção, enquanto os estudantes do grupo controle viram suas notas diminuírem com o passar do tempo. No caso das meninas, essa melhora nas notas foi ainda mais evidente comparada às garotas do grupo controle (que tiveram desempenho muito abaixo dos garotos do mesmo grupo).
Os dados são especialmente relevantes, pois a intervenção foi considerada breve (apenas três horas no total). O custo-benefício desse tipo de método para melhorar a motivação e engajamento acadêmico é, portanto, extremamente positivo, finalizam os autores.
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Créditos: este material aparece originalmente em inglês como Believing You Can Get Smarter Makes You Smarter.
As pessoas podem ficar mais espertas? Alguns grupos são mais espertos que outros? Apesar de diversas evidências que provam o inverso, muitas pessoas acreditam que a inteligência é algo fixo e, por alguma razão, alguns grupos raciais ou sociais são mais inteligentes que outros. E a simples verbalização de que um determinado grupo é inferior (como mulheres ou afrodescendentes) pode influenciar negativamente a performance acadêmica dos membros desses grupos. A psicóloga social Claude Steele e outros autores, em um trabalho publicado em 2002, chamaram isso de “a ameaça do estereótipo no desempenho intelectual”.
Outro grupo de pesquisadores (Aronson, Fried e Good, em um trabalho de 2001) desenvolveu um possível “antídoto” para esse tipo de ameaça. Eles indicaram grupos de estudantes de minorias (entre eles, estudantes negros e descendentes de europeus que estudavam nos EUA) a entender a inteligência como algo mutável, em contraposição a uma ideia de inteligência fixa – algo que diversos estudos indicam ser verdadeiro. Um segundo grupo de estudantes, usado como controle – para efeito de comparação dos resultados – não recebeu esse tipo de informação.
Aqueles estudantes que aprenderam sobre a plasticidade da inteligência melhoraram suas notas, em comparação aos estudantes que não sabiam sobre a teoria. O grupo principal do estudo também passou a valorizar mais o aprendizado. E o mais interessante foi que os estudantes negros pareceram se beneficiar mais ainda das informações sobre a plasticidade da inteligência do que os outros grupos, demonstrando o efeito protetor desse tipo de intervenção para contrapor a ameaça do estereótipo.
A pesquisa mostrou um modo relativamente fácil de nivelar positivamente a diferença entre os desempenhos acadêmicos observados entre grupos étnicos vítimas de estereótipos. Entender que a inteligência pode ser modificada pode realmente melhorar os desempenhos intelectuais de alguns indivíduos, especialmente entre aqueles grupos vistos de forma estereotipada como menos inteligentes (a exemplo do que acontece com as mulheres, vistas como menos hábeis com matemática e ciências exatas).
Aplicações práticas
Esse experimento foi replicado por outro grupo de pesquisadores (Blackwell, Dwek e Trzesniewski em 2002). O grupo aplicou os mesmos métodos indicados em estudos anteriores em estudantes dos últimos anos ao ensino fundamental. Durante oito semanas esses alunos aprenderam sobre a plasticidade intelectual, lendo e discutindo sobre artigos científicos sobre o desenvolvimento da inteligência. Um grupo controle também se reunia, mas aprendia sobre memória e estratégias mnemônicas de retenção de informação.
Quando comparados ao grupo controle, estudantes que haviam aprendido sobre plasticidade intelectual apresentavam maior motivação acadêmica, melhores níveis de comportamento e maiores notas em matemática. Aliás, os estudantes membros de grupos vulneráveis à ameaça de estereótipo melhoraram consideravelmente suas notas em matemática após a intervenção, enquanto os estudantes do grupo controle viram suas notas diminuírem com o passar do tempo. No caso das meninas, essa melhora nas notas foi ainda mais evidente comparada às garotas do grupo controle (que tiveram desempenho muito abaixo dos garotos do mesmo grupo).
Os dados são especialmente relevantes, pois a intervenção foi considerada breve (apenas três horas no total). O custo-benefício desse tipo de método para melhorar a motivação e engajamento acadêmico é, portanto, extremamente positivo, finalizam os autores.
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Créditos: este material aparece originalmente em inglês como Believing You Can Get Smarter Makes You Smarter.
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