O sol da meia noite

Anotações do Mar Báltico

Copenhague é um bom exemplo de como vivem os nórdicos, estes habitantes do planeta onde a humanidade alcançou talvez o mais alto grau de desenvolvimento humano. Não há grandes "arranha-céus", na terra de Andersen, seu mais famoso escritor. As ruas da terra dos vickings geralmente são muito largas como também é intensa a utilizaçao da bicicleta para o lazer e principalmente como meio de transporte. Dessa forma, os engarrafamenos são muito raros, mesmo nos horários de pico. O Tivoli Park em uma tarde de sol é um local sedutor que agrada a pessoas de todas as idades e dos mais variados gostos. Nyhavn atrai pela singeleza e pela atmosfera doce criada pelo barcos e bares à margem desse tão bucólico local.


Em Estocolmo a parada de poucas horas do navio foi um tempo muito curto para conhecermos essa cidade da forma como ela merecia. A paisagem na chegada vista do navio é deslumbrante. Valeu o City tour, sobretudo a visita ao prédio da prefeitura local onde se realiza anualmente a festa do Oscar. É bom lembrar que a Suécia é uma monarquia parlamentarista e sua raínha, Sílvia, é brasileira


Helsinque num dia com tempratura ao redor dos vinte graus é uma festa. As ruas e parques se enchem de pessoas sorridentes e a música parece brotar de todos os lugares. O ensaio da sinfônica na catedral construída na pedra fincada no subsolo foi um som que meus ouvidos jamais irão esquecer. A acústica é impressionante.


Depois, veio São Petersburgo, cidade que por um bom tempo serviu de sede do império russo e assim onde foram construídos suntuosos palácios. Visitando o Hermitage e o Palácio de verão mandado construir por Pedro, o Grande, para sua amada Catarina, dá pra entender um pouco porque na revolução de 1.917 os bolchevistas quiseram eliminar literalmente os Romanoves. Esse palácio de verão chegu a ter mais de mil empregados. Por seu valor histórico, São Petersburgo foi o ponto alto dessa viagem.


Em Gdansk vimos fortes sinais dos horrores da guerra. Foi lá que em setembro de 1.939 um navio alemão em visita amistosa à cidade, disparou sua artilharia, após desfrutar por uma semana da hospitalidade da Polônia de João Paulo II. Esse epsódio deflagrou a II Guerra que custou milhões de vidas


Tallin, na Estônia, é uma graça. Tem seu lado moderno, mas preserva muito bem seu aspecto medieval. Sua história é marcada por muitas lutas com nações invasoras.


Enfim, a Noruega, o país de Ibsen, com a beleza exuberante de seus Fjords. Oslo é deslumbrante, mas caríssima. Toma-se um chopp por 9 Euros, isso é quase o preço de uma caixa de cerveja aqui no Brasil. O país é hoje grande produtor de petróleo em seu Mar do Norte e com o fruto dessa riqueza o governo norueguês criou um fundo que confere a cada cidadão um patrimônio superior a 60 mil Euros.

O inglês é falado largamete na escandinávia. Cheguei a pedir informação na rua até a lixeiro, que me respondeu com toda a desenvoltura. É em Oslo que se realiza a cerimônia do Prémio Nobel da Paz. Somente este prêmio Nobel acontece em Oslo. Os demais são em Estocolmo. Certamente, em 1o de dezembro ao ver pela TV a próxima cerimônia do prêmio criado por Alfred Nobel, a verei com o olho mais apurado graças a essa viagem.

A população dos países da escandinávia é pequena. A Suécia tem pouco mais de 9 milhões de habitantes, a Dinamarca 5 milhões e a Noruega 4 milhões. A população de suas prinipais cidades são 900 mil para Estocolmo e aproximadamente 500 mil habitantes para Oslo e também Copenhague. Mas com alto nível educacional são capazes de dar contribuições extraordinárias para a humanidade.

Como se aproxima o verão, o sol teima em não se por. E mesmo nas poucas horas que dura a noite, ainda se percebe um pouco de claridade ao horizonte.



Essa viagem foi pra mim mais uma constatação que da Europa as coisas boas são trazidas na lembança. Na bagagem, o melhor trazemos quando vamos ao USA.


Ainda teve na volta uma visita de quatro dias a já conhecida Lisboa, que já não é apenas uma "velha cidade", mas ainda preserva todo o seu encanto e beleza na parte moderna e sobretudo na antiga, que é muito bem cuidada.


Notícias do Brasil, as tivemos. A contratação do meia brasileiro Kaká pelo Real Madri. Teve o fatídico acidente da Air France em voo para Paris, procedente do Rio. Soube pela TV na cabine do navio tão logo a notícia foi divulgada pela CNN. Cheguei a receber ainda no navio votos de pesar de canadenses pelo acontecido ao saberem que sou brasileiro. Me cansei logo de sintonizar canais de TV do Brasil devido ao tipo de notícia. A violência de sempre. Ao saber da ocorrência entre dois seguranças da Granja do Torto em Brasilia, que vitimou um dos litigantes, minha paciência foi para o espaço.

Mas a grande notícia mesmo foi quando acessei a internet do navio e ver na edição do Jornal Diário do Nordeste o ilustre casal Carmen e Aldemir comprovado que no Brasil também há lugar para o amor.

Sérgio Almeida Franco, Salvador/Ba

Em tempo:

Essa viagem foi feita na companhia de um grupo de mais de 40 pessoas predominatemente de Salvador. A viagem até Copenhague e o retorno de Oslo foram feitos de avião. O restante, em cruzeiro marítimo.

Logo nos primeios dias fui acometido de uma forte gripe, que nesses tempos de influenza do tipo A, elevou um pouco o nível de stress. No avião na ida já comecei a sentir os primeiros sintomas. Mas com a companhia e dedicação da Ita, que também gripou um pouco, e de alguns solidários amigos acompanhantes, tive a condição necessária para tirar dessa viagem o mehor proveito possível.

No mais foi ver que nosso Blog nesse período de um pouco mais de três semanas teve grandes contribuições. Acho até que ele melhorou bastante. Peço às dedicadas colaboradoras, Paula, Bebel e Sofia que continuem. O Blog precisa de mais colaboradores.

Além de matar a saudade de comer rapadura e dormir de rede (coisa de cearense), estou curtindo bastante as netas que foram com a nora Patrícia nos apanhar no aeroprto de Salvador sexta à tarde.

Valeu ! ! !