"Assembleia para para ver o voo dos pinguins". A partir de 1º de janeiro de 2009, essa frase se escreverá assim: sem trema, sem acento agudo no ditongo "ei" e sem circunflexo no grupo "oo". As mudanças são algumas entre as trazidas pelo novo acordo ortográfico da língua portuguesa, assinado pelo presidente Luís Inácio Lula da Silva em 29 de setembro.
Em Portugal, o mesmo texto havia passado pelo parlamento em 16 de maio. O objetivo da reforma é unificar o padrão escrito dos países que usam o português, uma idéia (ou melhor, ideia) que linguistas dos dois lados do Atlântico tentam pôr em prática desde 1975, quando surgiu o primeiro projeto de acordo ortográfico comum para brasileiros e portugueses.
"A ONU produz materiais em inglês, espanhol e alemão, mas não em português. Como temos duas grafias, acabamos deixados de lado. É um prejuízo sem tamanho para a divulgação da língua", disse o gramático brasileiro Evanlido Bechara no início do ano.
Para o português do Brasil, apenas 0,8% das palavras passarão a ser escritas de maneira diferente. Em Portugal o impacto é maior: muda 1,3% dos vocábulos, principalmente pela queda das consoantes não pronunciadas (os portugueses escrevem "óptimo" e "acto").
Prazo para entrar em vigor
O decreto presdencial 6.583 prevê um prazo de transição de três anos para que o Brasil adote a nova ortografia. Até 2012, as duas regras valerão.
quinta-feira, 1 de janeiro de 2009
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