quarta-feira, 30 de novembro de 2011

Síndrome da Passividade

Osvaldo Shimoda

Como você age diante de um problema?
1º) Ignora a sua existência, falando para si e/ ou para os outros que não tem problema?
Exemplo: Sua esposa (Seu marido) quer conversar para que vocês possam salvar o casamento, mas você se recusa, alegando que não há nenhum problema, que está tudo bem, negando a existência de dificuldades.
2º) Reconhece a existência do problema, mas distorce a sua dimensão, maximizando-a ou minimizando-a.
Exemplo: Seu casamento não vai bem, mas você alega que tudo vai passar (minimiza, desqualificando a gravidade do problema).
3º) Reconhece a existência do problema, avalia a sua dimensão de forma realista, mas desqualifica a possibilidade de solucioná-lo, achando que não tem solução.
Exemplo: Seu casamento vai de mal a pior, e você diz que não adianta conversar, que o seu cônjuge nunca vai mudar, que é um caso perdido.
Partindo do princípio de que uma pessoa saudável é aquela que responde (reage) adequadamente aos desafios da vida, procurando resolvê-los eficazmente, ao fazer o contrário, ignorando o problema, distorcendo (maximizando ou minimizando) a sua dimensão, ou não buscando uma solução por não se sentir capaz, tais comportamentos caracterizam um distúrbio psicológico, que a psiquiatra americana Jacqui Lee Schiff chamou de Síndrome da Passividade.
A Drª Schiff identificou quatro tipos de comportamentos passivos, que fazem parte do quadro clínico dessa Síndrome:
a) Não fazer nada (inércia, inoperância);
b) Super adaptação;
c) Agitação ou queixume;
d) Incapacitação ou violência.

a) Não fazer nada:
Diante de um problema, a pessoa fica inerte, passiva, paralisada, não toma nenhuma atitude para resolvê-la por se sentir impotente, incapaz.

b) Super adaptação:
É excessivamente obediente, submissa, servil, não luta pelos seus direitos, pois tem medo de ser rejeitada ou repreendida. Apresenta também muita dificuldade de dizer não, uma necessidade grande de aprovação alheia, de querer agradar.

c) Agitação ou queixume:
Em vez de refletir, parar para pensar como resolver o problema, fica agitada, inquieta, nervosa, ansiosa, queixosa, busca culpar a(s) pessoa(s) pelos seus problemas, sem resolvê-los. Costuma cultivar também o vitimismo (sente-se injustiçada, tem pena de si mesma, entra em depressão).

d) Incapacitação ou violência:
Diante de um problema, reage se sentindo impotente, desmaiando, somatizando no corpo em forma de doenças psicossomáticas (crises alérgicas, enxaqueca crônica, vômitos, etc.) ou com explosões de ira, agredindo, xingando ou quebrando objetos.
A meu ver, existe ainda uma outra forma de passividade, de inépcia - são aquelas pessoas confusas que não conseguem estabelecer metas em suas vidas e, se conseguem, não estabelecem metas claras, objetivas e atingíveis.
Nessa forma de passividade, é comum também encontrar pessoas que têm o hábito de fazer algo e não concluí-lo, deixando sempre pela metade o que fazem.
De todo jeito, o sentimento de impotência, frustração e incapacidade estão muito presentes na vida dos que sofrem de Síndrome da Passividade.


Fonte:http://somostodosum.ig.br

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