22 de outubro de 2010 (Bibliomed). Um estudo do Instituto Nacional de Saúde Mental dos Estados Unidos sugere que as novas mamães apresentam modificações no cérebro que podem ajudá-las a enfrentar essa nova fase da vida. Avaliando imagens de exames de ressonância magnética do cérebro de 19 mulheres que tiveram filhos, os cientistas descobriram que o cérebro das “mães de primeira viagem” tem um aumento significativo de volume em áreas associadas à motivação materna, ao processamento das emoções, à integração sensorial e a razão e julgamento.
A comparação das imagens retiradas do cérebro das novas mães de duas a quatro semanas e de três a quatro meses após o nascimento mostrou que a massa cinzenta havia crescido um pouco - mas significativamente - em diversas regiões do cérebro. E aquelas que classificavam seu bebê como especiais, bonitos, ideais e perfeitos eram mais propensas a desenvolver mais a região central do cérebro do que as mães “menos corujas”.
Segundo os cientistas, mudanças hormonais após o nascimento e o estímulo sensorial do contato com o bebê podem ser os fatores responsáveis pelo desenvolvimento em algumas áreas do cérebro dos adultos - o que permite que as novas mães “orquestrem um novo e maior repertório de comportamentos interativos complexos com os bebês”.
“A motivação para cuidar de um bebê e os traços característicos da maternidade podem ser menos uma resposta instintiva e mais um resultado da construção ativa do cérebro”, escreveu o neurocientista Craig Kinsley, em editorial da revista Behavioral Neuroscience, onde o estudo foi publicado.
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