Nota explicativa:
Esta postagem é de signifitiva importância para os integrantes da família Almeida. Foi escrita a dois dias dessa Convenção, por Paulo Segundo da Costa, nosso primo, um Almeida que reside em Salvador há mais de 60 anos.
Foi lida por mim na solenidade de abertura da Convenção e teve uma enorme repercussão, gerando interessados comentários.
Antes da leitura de sua mensagem, recomendo conhecer algumas informações biográficas de nosso estimado primo e amigo Paulo Segundo.
O título desta postagem é inspirado em um de seus livros sobre um eminente ex-governador da Bahia : "Octávio Mangabeira, um democrata irredutível".
Breve biografia:
Paulo Segundo da Costa engenheiro civil pela Escola Politécnica da UFBA; ex-Secretário de Urbanismo e Obras Públicas da Cidade do Salvador; membro fundador da Academia de Letras e Artes do Salvador – ALAS, titular da cadeira 18 que tem como patrono o urbanista Mário Leal Ferreira; sócio permanente do Instituto Geográfico e Histórico da Bahia; membro permanente do Instituto Genealógico da Bahia. Tem três livros publicados sobre a história da Santa Casa da Bahia e a biografia do ex-Governador da Bahia, sob o título de “Octávio Mangabeira – Democrata Irredutível”.
Paulo trabalha na secular (fundada em 1549) Santa Casa de Misericórdia da Bahia. Seu escritório fica instalado na biblioteca dessa prestigiada instituição. O nome da biblioteca: Paulo Segundo da Costa.
Leiam com atenção, pois a mensagem, através da história de Paulo, contem informações preciosas sobre nossa amada família.
Sérgio Almeida Franco
Salvador/Ba
Mensagem de Paulo Segundo :
Caro primo e amigo Sérgio,
Também pertenço ao grupo familiar Almeida. Sou filho de Waldemira de Almeida Segundo (*1891,+1968), aos 78 anos vividos. Casada com José Segundo da Costa (*1886+1934), meu pai, ambos já falecidos e sepultados em um modesto mausoléu no velho cemitério de Quixadá.
Papai e mamãe casaram-se no dia 17 de junho de 1912, na Fazenda Santa Clara, cujo proprietário era o velho Francisco Queiroz, pai de Francisco Queiroz Filho, fortes negociantes em Quixadá. Papai trabalhava em uma casa de negócio dos Queiroz, na Caiçarinha, distrito do município de Quixadá, onde também trabalhava Tio Zé Caetano, irmão mais velho de mamãe e seu amigo, quando então conheceu sua irmã Waldemira, com quem se casou. Após o casamento papai e mamãe foram morar na Caiçarinha, onde residiram até o início de 1918 e depois foram morar na Fazenda Umari, situada a cerca de dois quilômetros da Caiçarinha, fazenda instalada em terreno que papai havia comprado em 1.917, ao senhor Antônio Alves, de quem era amigo. O senhor Antônio Alves foi meu estimado padrinho. Era proprietário da Fazenda Feijão, limítrofe da Fazenda Umari.
Mamãe criou quatro filhos e cinco filhos: Neusa (*1915,+1993), Maria Violeta (*1915), Zilda (*1916,+1982), José (*1917,+2005), Pedro (*1918,+2009). Entre 1919 e 1923 mamãe teve dois filhos e uma filha, que faleceram ainda crianças. Depois, Luís (*1924,+1992), Paulo (*1925), Iracema (*1926, +1967) e Terezinha (*1930).
Tio Chico Antônio de Almeida, irmão de mamãe, em 1943, foi o responsável pela construção do açude da Fazenda Umari. Lembro-me dele: magro, alto, muito trabalhador e competente. No inverdo de 1944 o açude já acumulou parte do volume de água prevista, quando cheio, de 1.950.000 metros cúbicos.
Mamãe tinha muita consideração à sua irmandade. Tio Mundinha e Tia Petronília passavam temperadas no Umari, como convidades de mamãe. Tia Mundinha uma vez esteve lá uma semana acompanhada de Beatriz, jovem loura e bonita. Lembro-me dela.
Estou relatando esses fatos para significar que pertenço à família Almeida. Guardo lembranças de Tio José Caetano e filhos: Chiquinho, Geraldo, Elsa, Joãozinho. Do Tio Chico Antônio, principalmente de Geraldo, seu filho, meu primo e amigo. Geraldo era Oficial da Aeronáutica: atingiu o posto de Coronel e comandou a Base Aérea de Fortaleza. Guardo do Geraldo agradáveis momentos que passamos juntos. Estive inclinado a ir para a Aeronáutica, por influência dele, mas prevaleceram os conselhos de Pedro, meu irmão, brilhante estudante de engenharia, que em 1941, vindo do Ceará, fez o vestibular para ingressar no curso de engenharia da Escola Politécnica da Bahia e passou com destaque no primeiro lugar. Foi brilhante na Politécnica, da qual depois foi professor. Foi um dos fundadores da Escola de Engenharia da Universidade Católica de Salvador, e seu diretor por 12 anos consecutivos.
Luís Almeida, casado com Sinhazinha, foi diretor da AFA. Neusa, minha irmã, coletou muitas informações de nossa família, por ele solicitadas, para compor um livreto da AFA, do qual tenho um exemplar.
Caro Sérgio, você me convidou a participar da Convenção da AFA que ocorrerá no Hotel Pedra dos Ventos, em Quixadá, de 12 a 14 de outubro deste mês. Infelizmente estou impossibilitado de comparecer, como gostaria de fazê-lo, em virtude do grave problema de saúde de minha esposa Terezinha. Em fevereiro de 2011 ela foi vítuma de um grave AVC homorrágico que a deixou paralítica e praticamente muda e surda. No dia 15 próximo estará completando 83 anos de idade. Temos 60 anos de casados. Somos pai de uma filha e três filhos. Já faz tempo que nossos filhos programaram um encontro em nossa casa, em Salvador, para o dia 15, aniversário de Terezinha e não quero faltar a esse “acontecimento”.
Peço-lhe transmitir aos membros de nossa família AFA minha satisfação por tantos anos ver viva uma instituição familiar com o vigor de sempre.
Que Deus ilumine o caminho de todos os participantes do encontro deste ano de 2012.
Abraços,
Paulo Segundo da Costa
Salvador, 10 de outubro de 2012.
Um comentário:
Tive a oportunidade de encontrar Paulo Segundo em Quixadá na residência de sua irmã Violeta, trata-se de um senhor muito culto, educado e inteligente. Esperamos tê-lo em um Evento da AFA, será uma honra para todos nós.
Vera
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