O ácido acetil salicílico (AAS) é prescrito de forma rotineira para indivíduos com alto risco cardiovascular, no entanto seu uso não deve ser indiscriminado em pessoas que ainda não sofreram infarto do coração ou derrame cerebral.
De acordo com um estudo meta-análise que envolveu mais de 95 mil pessoas, apesar do AAS comprovadamente reduzir a chance de um infarto ou derrame, o medicamento deve ser reservado aos pacientes em que esse risco é maior do que o de ter sangramentos.
O risco de eventos cardiovasculares (infartos e derrames) caiu de 0,57% para 0,51% por ano com o uso do AAS, mas, por outro lado, o remédio aumentou a chance de sangramentos importantes de 0,07% para 0,10% por ano, o que, segundo o estudo, é estatisticamente significante.
Sabe-se que o uso do AAS traz o risco de graves hemorragias digestivas, do estômago ou do intestino grosso, que podem ocorrer de forma rápida ou lenta, e até mesmo imperceptível.
Mas existem situações em que o AAS continua sendo indispensável. É o caso dos quadros de angina. Nesses pacientes, o medicamento pode ser determinante para evitar que o trombo que causa dor provoque uma obstrução e evolua para um infarto do miocárdio.
O que ninguém discute é o valor do AAS na chamada prevenção secundária, isto é, quando o paciente já sofreu um infarto ou AVC. Nesses casos, todos devem usar o remédio para evitar um segundo evento. Hoje costuma-se receitar uma dose diária de 100 mg.
Fonte: www.bancodesaude.com.br
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