Um renomado pesquisador da UFMG, professor titular da Sociologia, fez um levantamento, em toda Minas Gerais, para saber qual seria o objeto de desejo do homem mineiro...
Em todos os rincões das Gerais, os homens respondiam de bate pronto:
—Dinheiro e mulher.
Não dava outra, a resposta era sempre a mesma.
Não dava outra, a resposta era sempre a mesma.
Quase ao final da pesquisa, ele encontrou em Santo Antônio das Roças Grandes, um mineirinho de uns setenta anos, franzino, sentado de cócoras no pondions(*), na beira da estrada, pitando um cigarrim de palha.
—Bom dia! O mineirinho deu uma tragada, cuspiu de lado e, sem olhar, respondeu:
—Diiia, sô!
—Diiia, sô!
—Estou fazendo uma pesquisa para saber quais as coisas que o homem mineiro mais gosta...
O senhor pode me responder quais são as coisas do seu agrado? O mineirim deu mais uma pitada, mais uma cuspida de banda e disse:
—Uai, sô! As coiss qui eu mais apreceio é 'o dinheiru, as muié e... o bicho di pé!'.
O pesquisador, estranhando a inclusão do item "bicho de pé" na resposta, perguntou:
—Olha, todos respondem "dinheiro e mulher".
Mas, e o bicho de pé? Mais uma pitada e mais uma cuspida, o mineirinho retruca:
—Uai, sô! Pra que qui serve nóis tê dinheiru e muié, se o "bicho" num fica di pé?
(*) "Pondions", em mineirês, quer dizer "ponto de ônibus".
(*) "Pondions", em mineirês, quer dizer "ponto de ônibus".
Enviado por Arnaldo Almeida, Fortaleza/Ce
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